Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário romance Capítulo 149

Duas semanas haviam se passado desde que minha família se mudara para a mansão, e a propriedade parecia ter ganhado uma vida completamente nova. Era incrível como a presença dos meus pais e irmãos havia transformado aqueles corredores enormes em algo que realmente se sentia como um lar.

Meu pai havia se tornado o melhor amigo de Giuseppe, passando horas nos vinhedos discutindo técnicas de cultivo e monitorando de perto a produção dos vinhos orgânicos. Era tocante ver dois homens de gerações diferentes compartilhando paixões similares, Giuseppe finalmente tendo alguém que realmente entendia seu amor pela terra.

Minha mãe, por sua vez, estava radiante de uma forma que eu não via há anos. Livre das preocupações financeiras e das funções cotidianas de manter uma casa, ela agora passava seus dias lendo nos jardins, fazendo longas caminhadas com Annelise, e até mesmo aprendendo sobre vinhos com Giuseppe. Era como se um peso tivesse sido tirado de seus ombros.

Annelise e Matheus estavam sendo treinados intensivamente pela equipe da Bellucci no Brasil. Por enquanto, eles permaneceriam aqui até o bebê nascer - uma decisão que havia aliviado profundamente nossos pais. Marco já havia partido para a Ásia na semana anterior, deixando uma ausência perceptível, especialmente para Anne, embora ela tentasse esconder.

Giuseppe havia voltado a se dedicar seriamente aos seus tratamentos médicos. Depois de nossa conversa sobre o cobertorzinho, ele finalmente havia concordado em marcar a cirurgia cardíaca para daqui a dois meses. Os médicos estavam otimistas, mas todos sabíamos que seria um período delicado.

Quanto a mim, eu estava oficialmente com vinte semanas de gestação - cinco meses - e minha barriga finalmente começava a mostrar de forma mais evidente. O bebê havia começado a se mexer há algumas semanas, pequenos chutes que me faziam sorrir a qualquer hora do dia.

Naquela manhã especificamente, entrei no escritório de Christian praticamente vibrando de empolgação, carregando uma pasta que continha algumas das informações mais importantes que havíamos coletado até agora.

— Christian — chamei, mal conseguindo conter minha animação.

Ele levantou os olhos dos documentos que estava analisando, um sorriso automático se formando ao ver minha expressão.

— Pelo seu rosto, imagino que tenha boas notícias — disse, recostando-se na cadeira.

— Mais que boas — respondi, me aproximando da mesa. — Tenho mantido contato com Eduardo, passando algumas informações falsas para que ele continue acreditando que sou uma informante. E consegui arrancar algumas confissões muito interessantes.

Coloquei a pasta na mesa e a abri, revelando uma série de e-mails impressos e documentos organizados cronologicamente.

— O que é isso? — Christian perguntou, se inclinando para examinar melhor.

— Eduardo finalmente admitiu algo crucial — expliquei, apontando para um dos e-mails. — Eles não tiveram tempo suficiente para produzir e colher uvas verdadeiramente orgânicas para o desenvolvimento da linha de vinhos que copiaram da Bellucci.

Christian franziu o cenho, pegando o e-mail para ler mais de perto.

— Como assim?

— A linha 'Raízes Sustentáveis' deles não tem absolutamente nada de orgânica — continuei, sentindo a adrenalina da descoberta. — Eles usaram fertilizantes sintéticos para acelerar artificialmente a produtividade do solo, e compraram documentos falsificados para obter a certificação orgânica.

Christian parou completamente o que estava fazendo, me olhando com intensidade total.

— Zoey, o que você está me dizendo é extremamente sério. Isso não é apenas concorrência desleal, é fraude comercial.

— Quantas pessoas você acha que precisaremos para a equipe? — perguntei, já mentalmente organizando listas de candidatos e estratégias.

— Você é a especialista — Christian respondeu, confiando completamente em meu julgamento profissional. — Mas quero que seja uma equipe sólida. Vamos precisar de especialistas em relações com a mídia, marketing digital, eventos corporativos...

— E especialistas em comunicação de crise — acrescentei. — Porque quando isso explodir, a Vale do Sol vai tentar contra-atacar.

— Perfeito — ele assentiu. — Você tem carta branca para contratar quem precisar. Orçamento ilimitado.

— Christian — comecei, hesitante. — Tem certeza de que quer fazer isso tão publicamente? Uma vez que tornemos essas acusações públicas, não há como voltar atrás.

Ele me olhou com uma determinação que me lembrou exatamente por que me apaixonei por ele.

— Zoey, seja lá quem forem os verdadeiros envolvidos em tudo isso... não é sobre a Bellucci. Eles quase me mataram. Ameaçaram você e nosso filho. Roubaram nossa propriedade intelectual e enganaram milhares de consumidores. — Sua voz era baixa, mas carregada de uma intensidade impressionante. — Não apenas quero fazer isso publicamente. Quero que seja impossível para eles se esconderem do que fizeram.

Assenti, sentindo uma mistura de admiração e determinação.

— Então vamos fazer com que se arrependam profundamente de terem mexido com a família Bellucci — disse, minha voz carregada da mesma determinação.

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