~ Nathaniel ~
Com mãos que tremiam ligeiramente, virei a tela do meu celular para mostrar a Tori a mensagem que havia acabado de receber. Uma única palavra brilhava na conversa com Anne, enviada apenas segundos minutos antes.
— Alcachofra — disse simplesmente, observando a expressão confusa de minha irmã.
— O quê? — Tori piscou várias vezes, claramente não entendendo a relevância.
— Lembra daquele dia na pizzaria em Bath? — expliquei rapidamente, minha mente já trabalhando a mil por hora para conectar os pontos. — Quando Oliver mencionou minha pizza favorita? Brincamos depois que essa seria nossa palavra de segurança.
A expressão de Tori mudou gradualmente de confusão para algo entre nojo e incredulidade.
— Eca, ela quer que você... participe? — perguntou, fazendo uma careta.
— Vitória! — explodi, minha paciência finalmente se esgotando completamente. — Não é nesse sentido! Anne está em perigo! Ela não enviaria essa palavra por qualquer outro motivo!
Já estava me dirigindo rapidamente para a recepção do hotel, minha mente correndo através de possibilidades e cenários, todos eles ruins. Tori me seguiu de perto, seus saltos altos ecoando contra o mármore polido do lobby enquanto tentava acompanhar meu passo acelerado.
As fotos que havia visto ainda estavam queimando na minha mente, mas agora sob uma luz completamente diferente. Se Anne havia enviado nossa palavra de segurança, então algo estava muito, muito errado. Aquelas imagens não mostravam uma traição - mostravam uma situação perigosa, possivelmente criminosa.
Cheguei ao balcão de recepção e imediatamente peguei meu celular, procurando rapidamente por uma foto de Anne. Encontrei uma que havíamos tirado durante nossa estadia em Bath - ela estava sorrindo, com o cabelo solto, usando o suéter azul que tanto gostava.
— Esta mulher — disse para a recepcionista, uma jovem loira que parecia genuinamente prestativa apesar do horário tardio. — Preciso saber em qual quarto ela está. É urgente.
A recepcionista olhou para a foto, franzindo ligeiramente a testa.
— Senhor, o hotel está muito cheio para a festa de Ano Novo. Temos centenas de hóspedes hoje. Não consigo me lembrar especificamente de cada pessoa que passou por aqui.
Respirei fundo, tentando controlar a frustração crescente. Sabia que havia algo de errado nessa situação toda, e tinha certeza de que Alessandra estava envolvida. As "coincidências" eram muitas - ela sendo a primeira a ver as fotos, ela informando Tori, ela sempre aparecendo no momento certo para causar problemas.
— Alessandra Bellucci — disse, mudando de estratégia. — Qual o número do quarto dela?
— Senhor, não posso fornecer informações particulares sobre nossos hóspedes — respondeu a recepcionista automaticamente, claramente recitando política da empresa. — É política do hotel manter a privacidade de...
Já estava mexendo no meu celular antes mesmo dela terminar a frase. Encontrei o contato que procurava e virei a tela para mostrar o nome e a foto claramente visíveis.
— Kara Milani — disse calmamente, observando os olhos da recepcionista se arregalarem instantaneamente. — Milani como esse hotel. Sabe quem é, eu espero. Ou você me diz o quarto da Alessandra Bellucci ou eu ligo para Kara neste exato instante. E céus, se eu conheço bem aquela garota e sei como ela gosta de uma festa, não vai ficar nada feliz em ser interrompida no meio do réveillon.
— Que carteirada! — Tori murmurou ao meu lado, um comentário que teria me feito rir em qualquer outra situação. Minha irmã sabia perfeitamente que eu detestava usar meus contatos pessoais para conseguir favores ou exercer pressão sobre pessoas que estavam apenas tentando fazer seu trabalho. Era exatamente o tipo de comportamento privilegiado e arrogante que sempre critiquei em outros executivos. Mas a situação exigia medidas desesperadas.
A recepcionista ficou visivelmente relutante, olhando nervosamente entre mim e a tela do telefone. Obviamente sabia exatamente quem era Kara Milani - a herdeira de toda a rede Milani pelo mundo, a pessoa que tecnicamente assinava os salários de todos os funcionários daquele hotel.
— Eu... eu preciso chamar o gerente — gaguejou, claramente dividida entre seguir o protocolo e evitar uma situação potencialmente catastrófica com a proprietária.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário
Os capitolos acabam no 312 , mas o livro nao acaba , e agora faz o que ?...
Já estou no capítulo 279 e o 280 não abre de jeito nenhum, já estou desanimada...
Como faço para comprar e ler o capítulo inteiro...
Não abre mais capítulos nem pagando deprimente...
Quem comprou,todos os capítulos custam 3 moedas ou vai aumentando o valor?...
Eu comprei mas agora dá erro pra acessar alguns capítulos. Desconta as moedas do saldo e mesmo assim não mostra. Não adiantou nada. Só gastei à toa....
Onde compro os capítulos bloqueados??...
Decepcionada, tem pagar pra continuar a ler....
Agora tem que pagar eita...
Sério que tem que pegar??...