A primeira coisa que registrei ao começar a voltar à consciência foi uma dor de cabeça absurda, como se alguém estivesse martelando repetidamente dentro do meu crânio. Em seguida veio a tontura - uma sensação nauseante de que o mundo estava girando em círculos lentos e irregulares, acompanhada de uma vontade desesperadora de vomitar que se intensificava a cada pequeno movimento que tentava fazer.
Tentei me orientar, piscando várias vezes para tentar focar a visão que parecia embaçada nas bordas. Onde estava? A última lembrança clara que tinha era de estar na festa do Hotel Milani, conversando com Tori, me sentindo progressivamente mal... e então? Nada. Um vazio completo na memória que me assustava tanto quanto minha condição física atual.
Olhei ao redor lentamente, cada movimento da cabeça enviando ondas de dor através do meu crânio. Estava em um quarto. Um quarto de hotel, pelo que conseguia distinguir através da visão turva. As cortinas estavam fechadas, bloqueando qualquer luz natural que pudesse me ajudar a estimar o horário. Uma única lâmpada de cabeceira fornecia iluminação suave, criando sombras que dançavam de forma perturbadora nas bordas da minha visão comprometida.
Tinha subido com Nate? Mas se fosse isso, onde ele estava agora? Por que me sentia como se tivesse sido atropelada por um caminhão? Não me lembrava de ter bebido tanto assim durante a festa. Apenas uma taça de vinho. Não era suficiente para me deixar nesse estado deploravelmente debilitado.
Tentei me concentrar, forçando minha mente confusa a repassar os eventos da noite. Lembrava de ter conversado com aquele homem alemão... Klaus. Klaus Reinhardt. Ele havia me oferecido vinho, tínhamos conversado, e então...
Foi quando ouvi uma voz masculina vinda do outro lado do quarto, próxima a uma mesa onde não havia notado antes que alguém estava sentado.
— Relaxa, ela ainda está apagada — dizia a voz ao telefone, mastigando algo audível entre as palavras.
Meu sangue gelou. Onde estava o sotaque alemão refinado? A voz que ouvia agora era completamente diferente - mais áspera, com um sotaque que definitivamente não era alemão. Era como se Klaus Reinhardt tivesse sido substituído por uma pessoa completamente diferente.
— Eu só vou terminar esse banquete e depois... — a voz continuou, seguida por uma risada baixa que me fez sentir ainda mais enjoada — depois eu tenho a sobremesa esperando por mim.
A realização do que ele estava insinuando me atingiu como um soco no estômago. A vontade de vomitar se intensificou dramaticamente, não mais pela dor de cabeça ou tontura, mas por puro terror.
Precisava sair dali. Precisava sair dali agora, neste exato momento, antes que ele terminasse sua conversa telefônica e decidisse que era hora da tal "sobremesa". Mas meu corpo não estava cooperando adequadamente com os comandos desesperados que minha mente estava enviando. Meus membros pareciam pesados e descoordenados, como se estivessem desconectados do meu cérebro.
Olhei discretamente ao redor, tentando não fazer movimentos bruscos que pudessem chamar sua atenção. Meu celular estava na mesinha de cabeceira, bem ao lado da cama. Deveria ser simples - apenas esticar o braço e pegar. Mas meu braço parecia ter vida própria, mole e descoordenado como se estivesse com uma câimbra estranha que se estendia por todo o membro.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário
Os capitolos acabam no 312 , mas o livro nao acaba , e agora faz o que ?...
Já estou no capítulo 279 e o 280 não abre de jeito nenhum, já estou desanimada...
Como faço para comprar e ler o capítulo inteiro...
Não abre mais capítulos nem pagando deprimente...
Quem comprou,todos os capítulos custam 3 moedas ou vai aumentando o valor?...
Eu comprei mas agora dá erro pra acessar alguns capítulos. Desconta as moedas do saldo e mesmo assim não mostra. Não adiantou nada. Só gastei à toa....
Onde compro os capítulos bloqueados??...
Decepcionada, tem pagar pra continuar a ler....
Agora tem que pagar eita...
Sério que tem que pegar??...