Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário romance Capítulo 134

— Sofia é um nome bonito — disse Christian da sua cama. — Em homenagem à minha nonna.

— Sofia Bellucci — murmurei da cadeira perto da janela, testando como soava. — Tem um certo charme italiano. Mas e se for menino?

—Giuseppe?

— Giuseppe Bellucci Neto? — Ri, imaginando um bebezinho com o rosto sério do bisavô. — Muito formal para uma criança. Que tal algo mais moderno? Gabriel? Matteo?

— Matteo... — Christian repetiu pensativamente. — Gosto. Matteo Giuseppe Bellucci. O Giuseppe no meio, em homenagem ao bisavô. — Ainda não consigo acreditar que vamos ser pais — confessou ele. — Quando penso que quase perdi isso... quase perdi você...

— Não pense nisso — disse firmemente. — Estamos aqui, estamos juntos, e vamos ter nosso bebê. É tudo que importa.

— Você está certa. E vamos dar ao nosso filho tudo que não tive dos meus pais. Presença, atenção, amor incondicional...

— Uma família de verdade — concordei, sentindo lágrimas de felicidade ameaçarem cair.

Estávamos tão perdidos em nossa bolha de contentamento que quase não ouvimos os passos acelerados no corredor. Foi só quando a porta do quarto foi aberta abruptamente, batendo contra a parede, que voltamos bruscamente à realidade.

— Christian! Meu Deus, que susto você me deu!

Francesca entrou como um furacão, seus saltos altos repicando no chão do hospital. Sem qualquer hesitação, ela se jogou nos braços de Christian, abraçando-o com uma familiaridade que fez meu sangue ferver instantaneamente.

— Francesca, o que...? — Christian começou, claramente chocado, mas ela o interrompeu.

— Como você pôde não me avisar? — disse ela, sua voz carregada de indignação e preocupação. — Tive que descobrir pelos noticiários! Quando vi que você tinha sofrido um acidente...

— Que consideração tocante — interrompi sarcasticamente, me levantando da poltrona. — Realmente comovente ver como você se importa.

Francesca virou-se para mim como se acabasse de notar minha presença, seus olhos me estudando com uma mistura de surpresa e desdém.

— Ah — disse ela, sua voz destilando falsa doçura. — Você ainda está aí.

A frase me atingiu como um tapa na cara. A audácia desta mulher de entrar no quarto do meu marido, abraçá-lo como se fossem íntimos, e depois falar comigo como se eu fosse uma intrusa no meu próprio relacionamento.

— Saia de perto do meu marido — disse, minha voz baixa mas carregada de uma raiva que surpreendeu até a mim mesma.

Francesca ergueu uma sobrancelha perfeitamente delineada, um sorriso condescendente brincando em seus lábios.

— Quem você pensa que é para pensar que pode me dar ordens? — disse ela, cruzando os braços. — Christian e eu temos uma história muito antes de você aparecer na vida dele.

— Uma história que terminou — repliquei, dando um passo em sua direção. — Ou você esqueceu que ele escolheu se casar comigo?

— Por favor — Francesca riu, um som frio e calculado. — Você realmente acha que conhece Christian? Que sabe o que ele gosta, o que ele precisa?

— Sei o suficiente para estar aqui como esposa dele enquanto você está aí como... o quê mesmo? — Cruzei os braços, espelhando sua postura. — Uma ex que não consegue aceitar que foi substituída?

— Substituída? — Seus olhos brilharam perigosamente. — Querida, você é apenas uma distração temporária. Uma fase que vai passar quando ele se cansar de brincar de casinha.

— Engraçado — sorri com falsa doçura. — Para uma "distração temporária", ele parece bem comprometido.

Francesca abriu a boca para responder, mas Christian foi mais rápido.

— Chega! — disse ele firmemente, fazendo ambas pararem de discutir. — Francesca, ninguém te avisou porque você não é mais ninguém na minha vida. Não sei como conseguiu entrar aqui sem autorização, mas vai sair agora mesmo e parar de incomodar minha esposa, ou vou chamar a segurança.

O rosto de Francesca mudou completamente, a máscara de preocupação carinhosa caindo para revelar uma expressão de fúria pura.

— A notícia não vazou na mídia, Christian. Marco vem controlando tudo, o hospital é extremamente discreto sobre pacientes VIPs. Vocês até inventaram que você está em uma viagem para o Japão e não pode falar muito por causa do fuso horário, para que Giuseppe não descubra.

Christian franziu o cenho, claramente chegando à mesma conclusão que eu.

— Então como Francesca soube do acidente?

— Exatamente. — Sentei-me na beirada da cama, encarando-o. — Como ela soube que você estava aqui? Como conseguiu passar pela segurança? Como soube em qual quarto você estava?

— Você acha que Francesca tem algo a ver com tudo que vem acontecendo? — perguntou ele, sua voz ficando mais séria.

— Esse seria um bom palpite — respondi. — Mas vamos ter muitos pontos para ligar quando voltarmos para casa. A história do Alex, a sabotagem, os e-mails falsos, e agora Francesca aparecendo misteriosamente...

Christian assentiu, mas então seus olhos se suavizaram e ele estendeu o braço em minha direção.

— Vem cá — disse ele. — Toda essa conversa sobre conspiração pode esperar mais algumas horas.

— Pode? — perguntei, me aconchegando contra ele.

— Pode. Porque tenho outros planos para quando voltarmos para casa.

Havia algo na forma como ele disse isso, uma promessa implícita em sua voz, que fez meu coração acelerar por motivos que não tinham nada a ver com medo ou preocupação.

— Que tipo de planos? — perguntei, sabendo que provavelmente não queria realmente saber a resposta no meio de um hospital.

Christian sorriu, aquele sorriso travesso que sempre me fazia esquecer de tudo ao redor.

— Do tipo que envolve você, eu, nossa cama, e nenhuma interrupção por pelo menos quarenta e oito horas.

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