Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário romance Capítulo 133

— O que foi? — Marco perguntou imediatamente, sua voz carregada de urgência. — Zoey, o que você viu?

— Este adesivo — disse, apontando para o canto do para-brisa traseiro onde o pequeno adesivo estava claramente visível. — Eu reconheço este adesivo.

Anne se aproximou da tela, franzindo o cenho enquanto estudava a imagem.

— Espera... é aquele adesivo do clube de surfe de Búzios — disse ela lentamente, e então seus olhos se arregalaram. — Foi você quem colou aquele adesivo lá, não foi? Lembra? Você disse que o para-brisa estava muito liso e que precisava de alguma personalidade.

A memória voltou como uma bofetada: um final de semana em Búzios, quando Alex e eu ainda estávamos juntos. Ele havia reclamado que o carro novo estava muito "sem graça" e eu, brincando, havia colado o adesivo que comprei numa barraquinha na praia. Ele brigou comigo na época por “estragar o carro”, mas depois acabou rindo e nunca o removeu.

— Peraí, peraí — Marco levantou as mãos, claramente perdido. — De quem vocês estão falando? De quem é esse carro?

— É do Alex — murmurei, quase sem conseguir acreditar nas próprias palavras.

— Alex quem? — Marco insistiu.

— Meu ex-noivo — respondi, sentindo náusea subir pela garganta.

— Seu ex...? — Marco olhou entre mim e Anne, processando a informação. — O cara que te traiu?

— Mas isso não faz sentido — disse rapidamente, balançando a cabeça. — No dia seguinte do acidente, mesmo antes de eu ficar sabendo o que tinha acontecido, Alex apareceu na minha porta.

— Ele foi na sua casa? — Marco franziu o cenho.

— Sim, no sábado quando voltei do escritório do Eduardo, ele estava lá me esperando. Disse que estava se arrependendo de tudo, que queria pedir perdão... — Minha voz falhou quando percebi como isso soava suspeito. — Ele parecia genuinamente... não sei, chateado.

— Claro que parecia — Marco disse, sua voz ficando mais dura. — Provavelmente foi verificar pessoalmente se você já sabia de alguma coisa. Ver como estava reagindo, se havia suspeitas.

— Ou se você tinha descoberto alguma evidência — Anne acrescentou, começando a andar pelo escritório. — Tipo, sei lá, se havia alguma coisa na sua casa que pudesse incriminá-lo.

— Mas por quê? — perguntei, ainda lutando para aceitar o que estávamos sugerindo. — Por que Alex faria isso? O que ele ganharia tentando matar Christian?

Anne parou de andar e me encarou.

— Sério, Zoey? Você realmente não consegue imaginar?

— Não — respondi firmemente. — Ele se casou com Elise. Tem uma vida nova. Por que...?

— Porque talvez ele tenha percebido que fez a escolha errada — Anne interrompeu. — Você disse que ele apareceu falando que se arrependia de tudo.

— Isso não significa que ele ia tentar matar meu marido!

— Não? — Marco se aproximou, sua expressão cética. — Zoey, pensa bem. Se Christian morresse no acidente, o que aconteceria?

— Eu... — comecei, mas as palavras morreram na minha garganta quando percebi onde ele queria chegar.

— Você ficaria viúva, vulnerável, devastada — continuou Marco implacavelmente. — E quem apareceria para te consolar? Para estar ao seu lado na hora mais difícil?

— Alex — sussurrei, horror se espalhando pelo meu peito.

— Gente! — gritei, fazendo ambos pararem. — Podemos focar no problema real aqui?

Mas enquanto eles me olhavam, algo dentro de mim insistia que estávamos perdendo alguma coisa importante. A teoria sobre Alex fazia sentido superficialmente, mas havia nuances que não se encaixavam.

— Eu sinto que não é só sobre Alex — disse finalmente. — Quer dizer, pode ser o carro dele, mas... tem algo mais aqui. Algo que ainda não estamos vendo.

— Como o quê? — Marco perguntou, sua irritação com Anne ainda evidente na voz.

— Não sei. Mas a complexidade da sabotagem, os e-mails técnicos, a precisão do timing... — Passei as mãos pelos cabelos. — Alex não tem acesso às informações da Bellucci.

— Ele poderia ter ajuda — sugeriu Anne, mais calma agora.

— De quem?

— Essa é a pergunta de um milhão — disse Marco. — E o quê nosso informante ganharia com a morte do meu primo.

— A única forma de descobrir... — comecei, uma ideia perigosa se formando em minha mente.

— A única forma de descobrir o quê, Zoey? — Anne perguntou, me estudando com cuidado.

Respirei fundo, sabendo que eles não iam gostar do que eu estava prestes a sugerir.

— Só tem um jeito de descobrir: fingindo que caí na dele e chamando Alex para um café.

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