— Finalmente em casa — suspirei, destrancando a porta do apartamento enquanto Christian me seguia.
— Em casa — concordou ele, me puxando para um beijo suave antes mesmo de fecharmos a porta. — Onde quer que você esteja.
Sorri contra seus lábios, sentindo aquela familiar onda de calor. Claro que ele não ia ficar aqui para sempre - apenas até estar liberado para viagens de avião, provavelmente uma semana ou duas. Então voltaríamos para a rotina de ele na Serra Gaúcha e eu no Rio. Mas por enquanto, por estes poucos dias preciosos, teríamos uma rotina doméstica real, sem horários de hospital ou enfermeiras interrompendo.
— Como é bom estar fora daquele lugar — disse ele, respirando fundo como se estivesse inalando liberdade. — Acordar sem o som de monitores, dormir sem alguém checando sinais vitais a cada duas horas...
— E ter sua própria enfermeira particular — acrescentei com um sorriso malicioso.
— Muito melhor que as do hospital — murmurou, roubando outro beijo.
Foi então que ele parou abruptamente, franzindo o cenho enquanto olhava para as paredes e o tapete.
— Meu Deus... — murmurou, apontando para as manchas roxas que ainda eram visíveis nas cortinas e no tapete, apesar de todos os meus esforços de limpeza. — Zoey, o que aconteceu aqui? Parece que alguém cometeu um assassinato com vinho tinto.
Senti meu rosto esquentar com vergonha.
— Ah, isso... — murmurei, evitando seu olhar. — Eu meio que... surtei. Depois que você saiu naquela noite. Quebrei as garrafas da Vale do Sol contra a parede.
— Você quebrou... — Christian parou, processando a informação, depois começou a rir. — Você literalmente atirou vinho na parede?
— Na minha defesa, eu estava muito brava — protestei. — E chateada. E possivelmente com hormônios da gravidez fora de controle. E você havia me acusando de te trair.
— Pelo qual me desculpo novamente — disse ele, sua expressão se suavizando momentaneamente antes de voltar ao divertimento. — Mas bem, pelo menos você podia ter usado vinho de qualidade se queria redecorar. Vale do Sol? Sério, Zoey? Minha reputação está arruinada só de ter essas manchas na casa da minha esposa.
— Desculpa por não ter usado um Barolo de 1985 para o meu surto emocional — respondi sarcasticamente, mas não consegui evitar sorrir.
— Da próxima vez que você quiser expressar sua raiva através de violência vínica — disse ele, me puxando para seus braços — pelo menos use algo da nossa própria vinícola. É melhor para nossa imagem de marca.
— Da próxima vez? — erguei uma sobrancelha. — Você está planejando me deixar brava de novo?
— Deus me livre — disse ele, beijando minha testa. — Uma vez quase morto já é o suficiente para mim.
Christian deixou a mala no quarto - nosso quarto familiar, onde ele havia dormido tantas outras vezes - mas pude notar sua expressão quando olhou para a cama de casal normal.
— Vai ser interessante dormirmos juntos aqui por uma semana inteira — comentei, me divertindo com seu leve desconforto. — Você nunca ficou em um lugar tão pequeno por tanto tempo consecutivo, não é?
— Não é o tamanho que me preocupa — disse ele diplomaticamente, tirando alguns itens da mala. — É... aconchegante.
— Mas...? — insisti, sabendo que havia um "mas".
— Coitadinho — disse, brincando com o colarinho da sua camisa. — Talvez você devesse descansar um pouco. A Dra. Orsini disse que você precisa de muito repouso.
— Zoey, passei uma semana inteira deitado numa cama de hospital sem fazer absolutamente nada além de descansar — disse ele, frustração genuína em sua voz. — Se eu descansar mais um minuto, vou entrar em coma por puro tédio.
— Fica quietinho na cama e descansa — ordenei, empurrando-o gentilmente para deitar-se, mas ele me puxou para a cama com ele mesmo assim.
Caí em seus braços, rindo, mas minha risada morreu abruptamente quando senti sua ereção pressionada contra minha coxa. Meu corpo respondeu imediatamente, uma onda familiar de desejo e calor percorrendo minha pele.
— Christian... — comecei, minha voz saindo mais rouca do que pretendia.
— Eu sei — disse ele, suas mãos já encontrando o caminho sob minha blusa, dedos traçando a pele das minhas costas. — Eu sei que deveríamos ter cuidado, mas você não faz ideia de quanto senti sua falta.
— A Dra. Orsini não recomendou atividades... desgastantes — consegui dizer, embora meu corpo estivesse claramente em total desacordo com minhas palavras sensatas.
Christian riu baixinho, o som vibrando contra meu pescoço onde ele havia começado a depositar beijos suaves e provocativos.
— Tudo bem — murmurou contra minha pele, sua respiração quente me fazendo estremecer. — Porque você é a única pessoa que eu gosto quando fica no comando.
Antes que pudesse processar completamente o significado provocante de suas palavras, ele me puxou para um beijo que prometia exatamente o tipo de "descanso" que nenhum médico jamais recomendaria.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário
Já estou no capítulo 279 e o 280 não abre de jeito nenhum, já estou desanimada...
Como faço para comprar e ler o capítulo inteiro...
Não abre mais capítulos nem pagando deprimente...
Quem comprou,todos os capítulos custam 3 moedas ou vai aumentando o valor?...
Eu comprei mas agora dá erro pra acessar alguns capítulos. Desconta as moedas do saldo e mesmo assim não mostra. Não adiantou nada. Só gastei à toa....
Onde compro os capítulos bloqueados??...
Decepcionada, tem pagar pra continuar a ler....
Agora tem que pagar eita...
Sério que tem que pegar??...
Antes esse site era grátis agora tem q pagar,decepcionada...