Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário romance Capítulo 126

A garrafa voou através da sala e se estilhaçou contra a parede, espalhando vinho tinto e vidro pelo chão. O som da destruição me deu uma satisfação momentânea, um alívio pequeno para a fúria que fervia dentro de mim desde que Alex havia ido embora.

Peguei a segunda garrafa da caixa da Vale do Sol, pesando-a na mão. Seis garrafas de vinho de quinta categoria que alguém havia enviado para destruir minha vida. Que Christian havia encontrado e usado como evidência contra mim.

— Vai à merda — murmurei, atirando a segunda garrafa com mais força ainda.

O barulho do vidro se despedaçando ecoou pelo apartamento novamente, manchas vermelhas escorrendo pela parede branca como sangue. Era satisfatório de uma forma primitiva, destrutiva. Cada garrafa quebrada era um pouco da minha raiva sendo liberada.

Estava pegando a terceira quando ouvi a chave girando na fechadura. Merda. Havia dado uma cópia para Anne semanas atrás, mas esqueci completamente.

A porta se abriu e Anne entrou falando:

— Zoey, a gente precisa... AAAHHH!

Ela soltou um gritinho quando a terceira garrafa voou pela sala e explodiu contra a parede, enviando uma chuva de vidro e vinho em todas as direções.

— Desculpa! — disse rapidamente, largando a quarta garrafa na mesa. — Estou só... descontando a raiva.

Anne olhou ao redor da sala, os olhos arregalados diante da devastação. Havia vidro por toda parte, manchas vermelhas pingando pelas paredes, o cheiro forte de vinho enchendo o ar.

— Zoey... — disse lentamente — você sabe que é você mesma quem vai ter que limpar essas manchas de vinho depois, né?

Olhei feio para ela. Sério? Era isso que ela estava preocupada no momento?

Anne ergueu as mãos em rendição.

— Tá, tá. Se você quer continuar destruindo seu próprio apartamento, vai em frente. Não sou eu quem vai ter que explicar para o síndico.

Peguei a quarta garrafa novamente, mas hesitei. Parte de mim queria continuar quebrando coisas até não sobrar nada inteiro neste apartamento. Mas Anne tinha razão - eu é que teria que lidar com a bagunça depois.

— Se você veio perguntar se eu contei para Christian sobre a gravidez, não, eu não contei — disse, apertando a garrafa com força. — E o culpado...

Atirei a garrafa contra a parede com toda a força que tinha.

— É essa merda desse vinho de quinta categoria!

— Zoey, você precisa se acalmar — Anne disse, se aproximando cautelosamente como se eu fosse um animal selvagem prestes a atacar.

— Como eu posso me acalmar? — Virei-me para encará-la, gesticulando freneticamente. — Tem alguém armando contra mim, Anne! Alguém querendo fazer parecer que eu estou roubando informações da Bellucci para a Vale do Sol!

Peguei a quinta garrafa, mas Anne estendeu a mão em minha direção.

— Zoey...

— Descobri hoje que alguém mandou e-mails se passando por mim — continuei, ignorando sua tentativa de me interromper. — E-mails com informações confidenciais da empresa do meu marido. E sabe qual é a pior parte?

— Zoey, escuta...

— E se ele não perceber? — Ergui o rosto para olhá-la, os olhos vermelhos e inchados. — E se ele já decidiu que não pode confiar em mim? E se...

Parei quando vi a expressão no rosto de Anne. Havia algo diferente ali. Não era apenas preocupação ou pena. Era algo mais pesado. Mais sério.

— Anne? — Uma nova onda de pânico começou a se formar no meu peito. — O que foi? Por que você está me olhando assim?

Ela engoliu em seco, suas mãos se apertando no colo.

— Anne... Aconteceu alguma coisa? São nossos pais? Nossos pais estão bem? — perguntei rapidamente, minha mente indo imediatamente para o pior cenário possível.

— Sim, sim. Nossos pais estão bem — ela disse rapidamente, balançando a cabeça. — Não é sobre eles.

— Então o que...? — Minha voz falhou quando vi a expressão de dor nos olhos dela. — Anne, você está me assustando.

— É sobre Christian — disse ela suavemente, suas palavras caindo como uma bomba no silêncio do apartamento.

Senti meu coração parar por um segundo, depois voltar a bater em ritmo descontrolado.

— O que tem o Christian? — As palavras saíram como um sussurro desesperado.

Anne respirou fundo, suas mãos apertando as minhas.

— Ele sofreu um acidente, Zoey. Está no hospital.

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