Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário romance Capítulo 125

~ANNELISE~

O som da música eletrônica pulsava pelo bar enquanto tomava mais um gole da minha caipirinha, observando Amanda tentar chamar a atenção do bartender gostoso que estava claramente mais interessado no próprio reflexo no espelho atrás do balcão.

— Mandy, desiste. Esse aí está mais apaixonado por ele mesmo do que qualquer mulher conseguiria estar — disse, rindo quando ela fez uma careta exagerada.

— Fala isso porque você já tem seu italiano particular — ela respondeu, se virando para mim com um sorriso malicioso. — Aliás, cadê o Marco? Pensei que vocês estivessem grudados ultimamente.

— Ele está na Europa trabalhando. — Encolhi os ombros, pegando uma azeitona do pratinho entre nós. — E a gente não está grudado. Só... nos divertimos quando ele está na cidade.

— Ah, tá. — Amanda revirou os olhos. — "Se divertindo". É assim que vocês chamam agora?

— É exatamente isso que é. — Insisti, embora sentisse uma pontada estranha no peito. — Marco é ótimo, mas não é como se a gente estivesse planejando o futuro juntos. Somos dois adultos que curtem a companhia um do outro sem compromisso.

Amanda me estudou por um momento, girando o canudo na bebida.

— Sabe, Anne, tem uma diferença entre não ter compromisso e fingir que não se importa.

— Eu não estou fingindo nada — protestei, talvez rápido demais. — Olha, eu gosto do Marco. Ele é divertido, carinhoso, e... bem, você já viu ele. Mas não é como se estivéssemos namorando de verdade.

— E por que não?

A pergunta me pegou desprevenida. Por que não? Por que eu sempre evitei relacionamentos sérios? Por que gostava da minha liberdade? Ou por que tinha medo de me machucar?

— Porque somos pessoas diferentes em fases diferentes da vida — respondi finalmente. — Ele tem trinta anos e age como se tivesse dezoito. E tudo bem, porque eu meio que também estou nessa vibe adolescente ainda. Mas e quando eu crescer? E quando quiser algo mais estável?

— Você acha que ele não quer estabilidade?

— Não sei. — Admiti, brincando com o guardanapo. — E também não sei se eu quero. Pelo menos não ainda. Quer dizer, olha onde estamos. É sábado à noite, estamos livres para fazer o que quisermos, flertar com quem aparecer...

— Mas você está aqui falando do Marco em vez de aproveitar essa liberdade toda — Amanda apontou com um sorriso.

Ela tinha razão. Em vez de estar aproveitando a noite, eu estava filosofando sobre um cara que provavelmente estava em algum bar em Milão fazendo exatamente o que eu deveria estar fazendo aqui.

— Tá bom, você ganhou. — Ri, levantando as mãos em rendição. — Talvez eu goste do Marco um pouquinho mais do que deveria para algo casual.

— E isso te assusta?

— Um pouco — confessei. — Sabe como é, Amanda. Vendo minha irmã e o Christian, mesmo com todos os altos e baixos, eles têm algo real. Algo sólido. São uma equipe de verdade.

Pensei em Zoey, em como ela havia mudado desde que se casou. Não era só por estar com Christian, mas por ter encontrado alguém que a complementava. E agora, com a gravidez...

Me detive antes de dizer o pensamento em voz alta. Não era meu segredo para contar, mas ver minha irmã construindo uma família me fazia questionar o que eu realmente queria para mim.

— Anne? — Amanda acenou a mão na frente do meu rosto. — Você sumiu de novo.

— Desculpa. — Balancei a cabeça, sorrindo. — Estava pensando na Zoey.

— Como ela está? Faz tempo que não a vejo.

— Bem. Casada, feliz... você sabe como é. — Forcei um tom despreocupado, mesmo sabendo que Zoey não estava bem depois da briga com Christian. — Vida de casada e tal.

— Eles não sabem o que os espera. — Sorri maliciosamente, já me preparando para me levantar.

Estava prestes a tomar o último gole quando meu telefone tocou. Olhei para a tela e vi o nome de Marco, sentindo uma pontada de surpresa misturada com algo que preferi não analisar muito profundamente.

— Por falar em homem gato... — disse para Amanda, mostrando o telefone. — Deve estar entediado lá na Europa.

— Atende logo e fala que está ocupada flertando com outros homens — Amanda riu. — Vai fazer bem para o ego dele.

Deslizei o dedo na tela, colocando o telefone no ouvido sem sair da mesa.

— Marco Bellucci — atendi com voz dramática. — Para que devo o prazer da sua ligação internacional? Está com saudades das minhas habilidades incomparáveis na cama?

Amanda engasgou com a bebida, rindo.

— Anne... — A voz dele soou estranha, mais séria que o normal, mas não percebi imediatamente.

— Porque tenho que te contar, estou aqui num bar cheio de homens bonitos e disponíveis — continuei, fazendo Amanda rir ainda mais.

— Anne, por favor. — Havia algo na voz dele agora que me fez parar. — É sobre Christian.

O tom mudou completamente. Senti um aperto no estômago que não tinha nada a ver com o álcool.

— O que tem o Christian?

— Preciso da sua ajuda. Eu não posso deixar que meu avô saiba até eu chegar no Brasil. Você vai precisar falar com a Zoey.

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