Corri pelos corredores do Mercy Hospital como se minha vida dependesse disso, o coração batendo tão forte que mal conseguia respirar. As luzes fluorescentes passavam por mim em borrões, e o cheiro antisséptico me deixava ligeiramente nauseada - ou talvez fossem os hormônios da gravidez misturados com o pânico absoluto.
— Christian Bellucci — disse ofegante para a recepcionista do andar indicado. — Onde está Christian Bellucci?
— Um momento, por favor. — A mulher digitou algo no computador com uma calma que me irritou profundamente. — Ele está no quarto 412. Você é da família?
— Sou a esposa — disse rapidamente, já me afastando em direção aos quartos.
Anne estava logo atrás de mim, tentando acompanhar meu passo acelerado pelos corredores. Encontrei o número 412 e estava prestes a empurrar a porta quando uma voz me parou.
— Você deve ser a senhora Bellucci.
Virei-me e vi uma mulher de jaleco branco se aproximando. Era relativamente jovem, com cabelos ruivos presos em um rabo de cavalo e um sorriso gentil que tentava esconder a seriedade da situação.
— Sim, sou eu. — Minha voz saiu mais desesperada do que pretendia. — Sou Zoey, a esposa do Christian. Como ele está? Ninguém me explicou direito o que aconteceu...
— Sou a Dra. Alice Orsini, cirurgiã responsável pelo caso do seu marido. — Ela estendeu a mão, que apertei rapidamente. — Que bom você ter chegado. Estivemos em contato com o primo dele, Marco, mas é sempre melhor ter a família mais próxima aqui.
— Por favor, me diga como ele está — implorei, sentindo as lágrimas ameaçarem voltar. — Ninguém me contou os detalhes...
A Dra. Orsini fez um gesto para que nos afastássemos um pouco do quarto, assumindo aquela postura profissional que os médicos usam quando precisam dar notícias sérias.
— Seu marido chegou aqui ontem à noite após um grave acidente de carro. Ele sofreu trauma craniano, algumas costelas fraturadas, e hemorragia interna no abdômen. — Ela falava com calma, mas cada palavra era como uma facada. — Tivemos que levá-lo imediatamente para cirurgia de emergência para controlar o sangramento e reduzir a pressão intracraniana.
Senti meus joelhos bambearem e Anne imediatamente segurou meu braço.
— Mas ele vai ficar bem, certo? — perguntei, minha voz tremula. — Ele vai se recuperar?
— A cirurgia foi bem-sucedida. Controlamos a hemorragia e removemos o hematoma que estava pressionando o cérebro. — A doutora continuou com sua explicação profissional. — Mantivemos ele em coma induzido nas últimas horas para permitir que o cérebro descansasse e reduzisse o inchaço, mas já começamos a diminuir a sedação esta manhã.
— O que significa que...?
— Que ele deve acordar a qualquer momento. — Ela sorriu, dessa vez de forma mais genuína. — Na verdade, os sinais vitais dele têm melhorado consistentemente. Ele é jovem, forte, e respondeu muito bem ao tratamento.
Senti um alívio tão grande que quase desabei ali mesmo no corredor.
— Posso vê-lo? — perguntei urgentemente.
— Claro. Ele está no quarto ali mesmo. — A Dra. Orsini apontou para a porta 412. — Pode ficar com ele o tempo que quiser. Se ele acordar, tem um botão vermelho ao lado da cama para chamar a enfermagem, mas não se assuste se ele estiver confuso no início. É normal depois de um trauma craniano.
— Eu te amo tanto — continuei, as palavras saindo em soluços. — E sei que demorei para dizer isso, sei que deveria ter respondido quando você me disse no mirante, mas eu estava com medo. Com medo...
Passei a mão livre pelos cabelos, tentando me acalmar o suficiente para falar coerentemente.
— Mas é real. É mais real do que qualquer coisa que já senti na vida. E eu estava tão ansiosa para contar a você sobre... sobre nós. Sobre o futuro que poderíamos ter juntos.
Olhei para seu rosto pacífico, imaginando como seria quando ele abrisse os olhos. Se ele ficaria feliz em me ver ou se ainda estaria magoado pela nossa briga.
— Eu só queria que nós três pudéssemos ser felizes — sussurrei, colocando minha mão livre sobre meu abdômen ainda plano. — Eu, você e o bebê. Sei que você disse que não queria filhos, sei que isso pode não ser o que você planejou, mas...
— Bebê?
A voz fraca me fez saltar da cadeira, meu coração disparando. Por um segundo achei que havia imaginado, mas quando olhei para Christian, vi seus olhos entreabertos, confusos mas definitivamente conscientes, me fitando com uma mistura de perplexidade e algo que parecia esperança.
Lágrimas de alívio começaram a rolar pelo meu rosto. Ele estava acordado. Ele estava vivo e acordado e me olhando.
— Christian? — murmurei, me aproximando mais da cama, ainda segurando sua mão. — Você... você me ouviu?
— Bebê? — repetiu, sua voz rouca mas mais clara dessa vez, os olhos tentando focar em mim. — Zoey... você disse bebê?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário
Já estou no capítulo 279 e o 280 não abre de jeito nenhum, já estou desanimada...
Como faço para comprar e ler o capítulo inteiro...
Não abre mais capítulos nem pagando deprimente...
Quem comprou,todos os capítulos custam 3 moedas ou vai aumentando o valor?...
Eu comprei mas agora dá erro pra acessar alguns capítulos. Desconta as moedas do saldo e mesmo assim não mostra. Não adiantou nada. Só gastei à toa....
Onde compro os capítulos bloqueados??...
Decepcionada, tem pagar pra continuar a ler....
Agora tem que pagar eita...
Sério que tem que pegar??...
Antes esse site era grátis agora tem q pagar,decepcionada...