Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário romance Capítulo 120

— Comida primeiro — disse, me afastando com força de vontade que não sabia que possuía. — Diversão depois.

Ele sorriu, aquele sorriso travesso que sempre me fazia esquecer meu próprio nome.

— Está bem. Mas só porque estou realmente faminto. E não só de você.

Virei-me para terminar os pratos, mas senti suas mãos em minha cintura novamente. Tentei me concentrar no risotto, mas era impossível ignorar o calor que irradiava de seu corpo ou a forma como seus dedos traçavam pequenos círculos na minha pele através do tecido do vestido.

— O risotto vai grudar na panela se eu não mexer — protestei fracamente, mas já estava me derretendo em seus braços.

— Então mexe — sussurrou contra meu ouvido. — Eu fico aqui mesmo.

Tentei obedecer, pegando a colher de pau para mexer o arroz, mas quando suas mãos encontraram a curva dos meus quadris, minha concentração se desfez completamente. A colher quase escorregou dos meus dedos quando ele mordiscou suavemente o lóbulo da minha orelha.

— Você está me sabotando — acusei, virando-me em seus braços para encará-lo.

— Estou apenas apreciando a vista — disse, seus olhos percorrendo meu rosto antes de descer lentamente. — E que vista...

Havia algo diferente na forma como ele me olhava. Uma intensidade nova, como se estivesse vendo algo que não havia notado antes. Quando seus olhos se fixaram no decote do meu vestido, senti meu coração acelerar.

— Você está linda esta noite — murmurou, suas mãos subindo para enquadrar meu rosto. — Mas há algo diferente em você.

— Diferente? — A palavra saiu mais aguda do que pretendia, e eu me forcei a relaxar. — Diferente como?

Em vez de responder com palavras, ele me beijou. Não foi um beijo suave ou exploratório, mas algo urgente, carregado de saudade e desejo contido. Minhas mãos se agarraram à sua camisa, puxando-o para mais perto enquanto correspondia com a mesma intensidade.

Quando finalmente nos separamos para respirar, ambos estávamos ofegantes. Seus olhos estavam escuros, pupilas dilatadas, e havia uma tensão em sua mandíbula que reconheci como autocontrole sendo testado.

— Muito diferente — repetiu, sua voz rouca. — Mais... sensual. Como se você estivesse brilhando por dentro.

Antes que pudesse questionar o que ele queria dizer, suas mãos encontraram minha cintura, me erguendo facilmente e me colocando sentada na bancada da cozinha. O mármore frio contra minhas coxas nuas contrastava com o calor que emanava do seu corpo quando ele se posicionou entre minhas pernas.

— Christian... — comecei, mas as palavras morreram quando ele beijou meu pescoço, sua língua traçando o caminho da minha clavícula.

— Você tem certeza de que não podemos comer depois? — murmurou contra minha pele, suas mãos deslizando pelas minhas coxas, empurrando a barra do vestido para cima.

O toque de seus dedos na parte interna das minhas coxas me fez arquear involuntariamente, um suspiro escapando dos meus lábios. Era incrível como ele conseguia me reduzir a sensações puras com apenas alguns toques estratégicos.

— O jantar... — tentei protestar novamente, mas minha voz falhou quando seus lábios encontraram aquele ponto sensível logo abaixo da minha orelha.

— Pode esperar — disse, suas mãos subindo para encontrar o zíper nas minhas costas. — Senti sua falta demais esta semana.

— Está perfeito — disse ele quando me aproximei, se referindo tanto ao prato quanto ao ambiente. — Você realmente se superou.

— Espero que goste — respondi, sentando-me à sua frente e observando-o dar a primeira garfada.

A expressão de prazer que se espalhou por seu rosto me disse tudo que precisava saber.

— Está exatamente como minha nonna fazia — murmurou, e o elogio me aqueceu por dentro. Sabia que as lembranças culinárias de sua infância na Itália eram sagradas para ele. Ele deu mais algumas garfadas, claramente saboreando, mas então franziu ligeiramente o cenho. — Não tem vinho? — perguntou, olhando ao redor da mesa posta.

Meu garfo parou no meio do caminho até minha boca. Havia evitado álcool completamente nos últimos dias, mas apenas agora percebi como seria óbvio para Christian que não havia vinho na mesa.

— Ah, esqueci de colocar na mesa — disse, tentando soar casual. — Mas você pode pegar na dispensa se quiser.

Christian assentiu e se levantou, beijando levemente minha testa antes de voltar para dentro. Ouvi seus passos na cozinha, o som da dispensa sendo aberta. Poucos minutos depois, ouvi sua voz vindo da cozinha, com um tom que imediatamente me deixou alerta. Havia algo diferente, uma mudança súbita que fez todos os meus instintos se ativarem.

— Zoey?

— Sim? — respondi, já me levantando da cadeira, meu estômago se contraindo com apreensão.

— Por que tem uma caixa de vinho da Vale do Sol na sua dispensa?

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