Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário romance Capítulo 119

O interfone tocou exatamente às sete da noite, como sempre. Christian era pontual até quando estava vindo para momentos casuais. Apertei o botão para liberar a entrada, meu coração acelerando enquanto verificava minha aparição no espelho do hall uma última vez.

Havia passado a tarde toda preparando o jantar, escolhendo cada detalhe cuidadosamente. O risotto alla milanese – seu prato preferito – estava perfeito, cremoso na medida exata. Tinha demorado quase duas horas para ficar no ponto certo, mexendo constantemente para que o arroz absorvesse o caldo lentamente, como minha mãe havia me ensinado anos atrás. A mesa estava posta com velas, nada muito exagerado, mas romântico o suficiente para o momento que havia planejado.

Durante toda a semana, desde que descobri sobre a gravidez, havia ensaiado mentalmente como contaria a ele. Imaginei cenários românticos, palavras perfeitas, sua reação de alegria. Mas agora que o momento estava próximo, sentia meu estômago embrulhado de nervosismo.

Ouvi seus passos no corredor antes mesmo da batida na porta. Abri antes que ele pudesse tocar a campainha.

— Oi — disse simplesmente, mas o sorriso que se espalhou pelo meu rosto foi impossível de conter.

— Oi. — Ele me puxou para um beijo antes mesmo de entrar completamente no apartamento, suas mãos encontrando minha cintura de uma forma que me fez esquecer momentaneamente de tudo, inclusive do nervosismo que havia me consumido durante toda a semana.

O beijo foi mais intenso do que de costume, como se ele estivesse buscando algo em mim, algum tipo de ancoragem. Quando finalmente nos separamos, pude vê-lo melhor. Havia algo tenso em seus ombros, uma rigidez sutil em sua postura que reconheci imediatamente. Algo o estava incomodando.

Christian raramente trazia problemas de trabalho para casa, mas quando fazia, era porque algo realmente sério estava acontecendo. Sua mandíbula estava ligeiramente contraída, e mesmo tentando esconder, percebi as pequenas rugas de tensão ao redor de seus olhos.

— Tudo bem? — perguntei, tocando levemente seu rosto.

— Agora sim. — Ele cobriu minha mão com a sua, fechando os olhos por um segundo. — Foi uma semana complicada, mas quero deixar tudo relacionado ao trabalho de lado pelo fim de semana. Só eu e você.

Assenti, entendendo. Fosse lá qual fosse o problema, ele me contaria quando estivesse pronto. Por enquanto, eu tinha minha própria revelação para fazer.

— Perfeito, porque preparei algo especial para você.

Christian franziu o cenho, claramente intrigado. Uma curiosidade genuína substituiu parte da tensão em seu rosto.

— A tal surpresa?

— Parte dela. — Sorri misteriosamente, pegando sua mão e o guiando para a sala. — O resto vem depois do jantar.

— Misteriosamente sexy. Gosto disso em você. — Ele sorriu, e parte da tensão em seus ombros pareceu diminuir.

Observei-o relaxar ligeiramente, seus ombros descendo alguns centímetros, seu rosto suavizando. Era incrível como conseguíamos nos acalmar mutuamente. Desde o início, mesmo quando nosso relacionamento era apenas um contrato, havia essa capacidade de encontrar paz na presença um do outro.

— Senta-se, relaxa. Só preciso dar os toques finais na cozinha.

— Christian... — murmurei, tentando manter o foco na comida, mas perdendo completamente a concentração quando ele se posicionou atrás de mim, suas mãos encontrando minha cintura.

A proximidade dele era intoxicante. Podia sentir o calor de seu corpo através do fino tecido do meu vestido, seu perfume familiar envolvendo-me como um abraço. Minhas mãos tremeram ligeiramente enquanto tentava continuar servindo o risotto.

— Você fica muito sexy assim — sussurrou contra meu pescoço, seus lábios roçando suavemente minha pele. — Cozinhando para mim, neste vestido...

Fechei os olhos, permitindo-me absorver a sensação de tê-lo tão perto. Uma de suas mãos subiu lentamente pelo meu braço, enviando arrepios por toda minha pele. A outra permaneceu em minha cintura, seu polegar traçando pequenos círculos através do tecido.

— A comida vai esfriar — protestei fracamente, mas inclinei a cabeça para dar-lhe melhor acesso ao meu pescoço.

— Então vamos esquentar depois — murmurou, mordiscando levemente o lóbulo da minha orelha.

Um suspiro escapou dos meus lábios antes que pudesse contê-lo. Senti suas mãos se firmarem em minha cintura, me virando lentamente até ficarmos frente a frente. Seus olhos estavam escuros, intensos, percorrendo meu rosto como se quisesse memorizar cada detalhe.

— Você não faz ideia do que provoca em mim — sussurrou, sua testa encostando na minha.

Antes que pudesse responder, seus lábios capturaram os meus em um beijo faminto, urgente. Suas mãos se enredaram em meus cabelos enquanto me pressionava contra a bancada da cozinha.

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