Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário romance Capítulo 100

— Vocês têm noção da confusão que criaram? — Marco estava em pé no meio da sala, gesticulando amplamente como só um italiano genuinamente exasperado consegue fazer. — Tive que inventar uma história ridícula sobre Antônio ter caído das escadas para explicar o nariz quebrado e o rosto ensanguentado!

Christian, agora usando uma camisa limpa de algodão azul-escuro, mantinha uma expressão impassível, embora o hematoma em sua bochecha e o corte na sobrancelha contassem uma história diferente.

— Giuseppe acreditou? — perguntou ele, ignorando a indignação dramática do primo.

— Nem por um segundo. — Marco deixou-se cair no sofá ao lado de Annelise. — Mas fingiu acreditar, o que talvez seja pior. E aqueles dois... — ele balançou a cabeça. — Victoria estava literalmente jogando as roupas nas malas. Saíram como se o lugar estivesse em chamas.

— Bom — declarou Christian, sentando-se na poltrona oposta, sua postura apenas ligeiramente revelando o desconforto das costelas machucadas. — Era exatamente o que eu queria. Eles fora daqui o mais rápido possível.

Sentei-me no braço da poltrona de Christian, ainda tentando processar tudo que havia acontecido – a briga, as acusações de Antônio e, mais recentemente, o momento interrompido no banheiro que deixou meus lábios formigando e meu coração acelerado.

— O que exatamente aconteceu no jardim? — perguntou Anne, olhando entre Christian e eu. — Marco só disse que houve um 'confronto'.

— Eu... — comecei, mas Christian me interrompeu suavemente.

— Antônio ultrapassou todos os limites. — Sua voz era controlada, mas pude sentir a raiva ainda pulsando sob a superfície. — Ele agarrou Zoey. Deixou marcas.

Levantei meu pulso, mostrando a Anne o hematoma em formato de dedos que começava a se formar. Seus olhos se arregalaram, e a expressão alegre habitual deu lugar a uma fúria que raramente via em minha irmã.

— Filho da p...

— Exatamente — concordou Christian, a sombra de um sorriso tocando o canto de seus lábios.

Marco soltou um suspiro pesado, passando a mão pelos cabelos.

— Entendo por que você reagiu assim. Também teria quebrado a cara dele. — Seu olhar se moveu para Anne por um breve momento, algo protetor em sua expressão. — Mas Christian, você é o CEO. Não pode simplesmente sair por aí quebrando narizes de membros do conselho europeu.

— Na verdade... — Christian ajustou sua posição na poltrona, seu ombro roçando levemente contra meu braço. — Ele não é mais membro do conselho.

Os olhos de Marco se arregalaram.

— O quê?

— Removi Antônio do conselho europeu. — A calma com que Christian fez o anúncio contrastava com a magnitude da decisão. — Os procedimentos formais começam amanhã.

Um silêncio atordoado caiu sobre a sala. Mesmo Anne, normalmente cheia de comentários espirituosos, parecia sem palavras.

— Você... — Marco finalmente quebrou o silêncio, inclinando-se para frente. — Você tem noção do que acabou de fazer? Antônio tem conexões em toda a Europa. Relacionamentos com distribuidores que construímos ao longo de décadas. Sem mencionar a parte dele na empresa...

— Já pensei em tudo isso. — Christian permaneceu inabalável. — E tomei minha decisão.

— Giuseppe vai surtar — murmurou Marco, recostando-se no sofá.

— Giuseppe vai entender. — A confiança na voz de Christian era absoluta. — Ele colocaria qualquer um de nós para fora se cruzasse certas linhas. Família é importante para ele, mas respeito vem primeiro.

— Depois da Festa da Colheita — respondeu Christian. — Precisamos de você aqui para o evento. Depois disso, você e Bianca assumem a Europa.

Observei Anne, que agora estudava suas próprias mãos com intensa concentração. Marco também notou, seu olhar suavizando.

— É apenas temporário, certo? — perguntou ele, a pergunta claramente direcionada tanto a Christian quanto a Anne.

— Por enquanto. — Christian assentiu. — Até reorganizarmos tudo.

Quando Marco e Anne saíram – ele para verificar Giuseppe, ela alegando cansaço – Christian permaneceu sentado, perdido em pensamentos, seus dedos ainda entrelaçados com os meus.

— Um centavo pelos seus pensamentos — murmurei, tentando trazê-lo de volta.

Ele me olhou então, a intensidade em seus olhos surpreendente.

— Estava pensando em nossa conversa interrompida. — Um sorriso lento se formou em seus lábios. — No banheiro.

Senti o calor subir pelo meu pescoço, memórias vívidas retornando.

— Ah, isso. — Tentei parecer casual, falhando miseravelmente.

— Sim, isso. — Ele levantou nossas mãos unidas, virando meu pulso para examinar as marcas deixadas por Antônio. A raiva voltou brevemente a seu rosto antes de suavizar-se em algo mais vulnerável. — Nunca mais deixarei ninguém te machucar, Zoey. Nunca.

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