POV MAGNOS.
Como essa humana é irritante, não para de falar e gritar. Eu carregava ela nos meus ombros. E ela lutava para se libertar. Ordenei que meus soldados arrumassem qualquer bagunça na casa. E que tinha que parecer que Amélia viajou. Eles foram ordenados a fazer uma mala com os pertences dela e pegar documentos, dinheiro e cartões. Ninguém poderia desconfiar que Amélia foi raptada. Me comunicando mentalmente com os meus guerreiros, dei a ordem do que deveriam fazer.
— Faça ela se calar. Não estou aguentando mais esses gritos. — Reclamou Cosmo em minha mente.
— A única maneira de fazê-la se calar é deixando a inconsciente. — Falei.
— E você está esperando o que para fazer isso? Só não a machuque. — Falou Cosmo.
Ele estava certo, seus gritos estavam me irritando, e não podia machucá-la, tinha que pensar no meu filhote. Então falei com Amélia que não adiantava gritar, pois ninguém escutaria. E ela me desafiou, o que irritou a mim e a Cosmo. Por um momento, perdi a razão e avancei até Amélia. Minha vontade era estrangular aquela humana, mas ela estava gerando meu filhote, então me controlei com a ajuda de Cosmo. Me comuniquei com um dos soldados que estava sentado no banco da frente.
— Me dê um pano com clorofórmio. — Ordenei e fui logo atendido.
Pude sentir o corpo de Amelia ficar rígido e senti o cheiro de seu medo quando ela viu o pano em minha mão. Ela resistiu quando coloquei o pano sobre seu nariz. E sua resistência me surpreendeu. Mas logo ela desmaiou em meus braços. A deitei e deixei o mais confortável possível.
Eu consegui ouvir o suspiro de alívio dos meus soldados no carro. Os dois olhavam pelo espelho retrovisor e observavam Amélia com admiração, ela estar grávida era um milagre. Os dois sabiam a importância da segurança dela. Amélia estava gerando meu herdeiro e futuro alfa da alcateia Uivantes Negros.
— Podemos ir agora. — Ordenei e o carro começou a se movimentar.
Peguei meu tablet e comecei a trabalhar, cobrindo nosso rastro. Todos deviam pensar que Amélia saiu de férias para cuidar da gravidez que era de risco. O que não deixava de ser verdade. Eu não sabia como seria para uma humana gerar um filhote com metade do DNA de lobisomem. Logo terminei e guardei meu tablet. Olhei para o rosto de Amélia e depois meu olhar se direcionou para seu abdômen, eu queria tocá-lo.
— Toque na barriga dela, Magnos. Quero sentir nosso filhote, preciso estabelecer um elo com ele. — Falou Cosmo ansioso. Eu também estava, sentiria pela primeira vez nosso filhote.
Aproximei minha mão da barriga de Amélia e a toquei. Eu senti meu filhote e sua força era impressionante, ele tinha força de quatro filhotinhos. Senti muito orgulho do meu herdeiro.
Aqui na alcateia Uivantes Negros, os lobisomens vivem em harmonia com a natureza e o conforto moderno, as residências são todas elegantes. As casas da alcateia são verdadeiras obras de arte arquitetônica. Feitas de materiais sofisticados, como vidro, aço e madeira nobre, elas se destacam na paisagem. Cada residência possui no máximo três andares com janelas amplas que permitem a entrada da luz da lua.
Temos escolas localizadas em edifícios modernos, com salas de aula equipadas com tecnologia de ponta. Onde os jovens lobisomens aprenderão a controlar suas transformações enquanto desfrutam do conforto e de quadros interativos. Ver nossas escolas vazias é a pior dor para todos nós. Preciso encontrar uma cura para essa doença, só assim veremos essas escolas cheias de jovens.
Nosso hospital combina tecnologia médica avançada com elementos naturais. Os lobisomens são tratados em quartos muito bem equipados e confortáveis, com vista para a floresta, onde a luz da lua acalma e cura. Temos butiques e cafés, a rua principal abriga lojas sofisticadas, cafés e galerias de arte. Meus guerreiros treinados mantêm a segurança da alcateia, usando uniformes modernos e dispositivos de comunicação de última geração.
O carro parou na entrada da minha casa, Ivan saiu e abriu a porta, para mim. Saí do carro carregando Amélia. A porta principal foi aberta por um dos meus ômegas. Os ômegas ficavam responsáveis pelo serviço domésticos, agrícolas e de limpeza. Na minha alcateia, os ômegas são tratados com respeito e dignidades. É obrigação dos mais fortes cuidar dos mais fracos. Eles são membros da alcateia e fazem os serviços que os betas, gamas e deltas não querem. Valorizo meus lobisomens pelo que eles são, não pelo que está escrito que eles devem ser.
Entrei e subi a escada e fui em direção ao quarto ao lado do meu, entrei e coloquei Amélia na cama. Dei-lhe uma olhada e ela continuava dormindo. Me virei e saí do quarto, trancando a porta. Não queria que ela saísse, nem que ninguém entrasse.
Caminhei em direção ao meu escritório, precisava conversar com Ivan e os outros que estavam com ele no aeroporto. Sei que nenhum deles contaria sobre Amélia, mas é bom lembrá-los do que acontece se falarem demais sobre meus assuntos.
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Os comentários dos leitores sobre o romance: GRÁVIDA DE UM ALFA POR ACIDENTE