GRÁVIDA DE UM ALFA POR ACIDENTE romance Capítulo 298

POV AMÉLIA.

Se passaram duas semanas, e os quadrigêmeos estão se desenvolvendo fortes. Agora, Magnos permite que o restante da família se aproxime deles. Antes, ele só deixava minha bisavó Morgana se aproximar, o que me surpreendeu muito, pois Magnos e Morgana nunca se deram bem. Mas não questionarei. É ótimo, para mim, ter a ajuda dela. Morgana me salvou nessas duas semanas com meus filhotes.

A alcateia está em festa com a chegada dos filhotes. Magnos me contou que foi a maior euforia quando ele fez o comunicado sobre o nascimento dos quadrigêmeos. Os Uivantes ficaram surpresos por serem quatro filhotes em vez de um. E vibraram com os sexos dos quadrigêmeos. Toda a alcateia tem enviado presentes para eles, assim como as alcateias aliadas dos Uivantes Negros.

Cassius, Eulália, Cecília e Jake estão cada dia mais apaixonados pelos quadrigêmeos, e cada um deles sempre está cuidando de um deles para me ajudar, já que Morgana e Aurora estão ocupadas com o feitiço de quebra da maldição da infertilidade dos lobos. Falando de maldição, Magnos me contou sobre o interrogatório de Héctor. Bem, eu achei mais uma conversa que eles tiveram.

Lamento que Héctor tenha sofrido tanto e que tenha sido criado por um monstro, mas isso não justifica suas ações, nem o libera de suas responsabilidades. Magnos me disse que não matará Héctor depois do ritual. Ele acha que a morte é um fim misericordioso para Héctor. Magnos pensa que manter o que sobrar de Héctor trancado numa cela, numa prisão onde ele viverá esquecido, é o destino perfeito para ele.

E eu concordo. Nem sempre a morte é o caminho certo. Acho que monstros como Héctor precisam pagar em vida pelos seus crimes, onde suas vítimas e seus familiares possam vê-lo sendo punido. Bem, hoje é o dia do ritual que quebrará a maldição, e toda a alcateia está agitada.

A noite chegou, e a maldição tem que ser desfeita nas mesmas condições em que foi feita: numa noite sem lua e com aqueles que a lançaram. Morgana conseguiu acordar a bruxa Eloá, que fez o feitiço que virou maldição. Ela também será condenada e punida por fazer algo tão hediondo. Milhares de filhotes foram mortos por causa dessa maldição.

Estava uma noite escura e quieta, não se ouviam os animais noturnos da natureza. Uma sombra parecia ter caído sobre a floresta, e se sentia um ar pesado e sufocante pairando. Toda a alcateia estava presente, e, quando Héctor foi trazido, houve uma grande comoção. Os Uivantes queriam destroçá-lo, mas sabiam que não podiam, pois precisavam dele.

Héctor nem parecia o alfa que conheci, que me raptou e protegeu de Verônica. Falando nela, Verônica conseguiu fugir e não foi encontrada para responder pelo crime de sequestro e tentativa de homicídio contra mim.

Morgana e Aurora montaram tudo na clareira para o ritual. Héctor foi colocado no centro do círculo, com a bruxa Eloá. Ele a olhou e a bruxa ficou assustada. O círculo do ritual estava iluminado apenas pelas velas dispostas ao redor, suas chamas trêmulas projetando sombras fantasmagóricas. No centro, Héctor permanecia ajoelhado, abatido, com os olhos fixos no chão. Ao seu lado, Eloá estava igualmente exausta, mas seus olhos ainda carregavam medo e culpa.

Morgana começou a murmurar as primeiras palavras do ritual, suas mãos segurando o coração de Lys que brilhava, canalizando a antiga magia. De repente, um grito cortou o silêncio, interrompendo o feitiço.

— Héctor! — a voz aguda de Verônica ecoou pela clareira. Virei na direção do som e vi Verônica emergir da floresta, seus olhos desesperados. Ela correu em direção ao círculo. Magnos deu um passo à frente, os olhos atentos a cada movimento dela, mas deixou que ela se aproximasse.

— Vou te tirar daqui! — ela gritou, arfando de tanto correr. Seus olhos estavam fixos em Héctor, seu olhar alucinado de devoção era quase perturbador.

— Você é meu companheiro! Vou te libertar dessa prisão! Fugiremos juntos! — Falou desesperada. Héctor, que até então não demonstrara nenhuma emoção, levantou lentamente a cabeça e, para minha surpresa, riu. Uma risada amarga, cheia de desprezo, que ecoou pela clareira.

— Companheiro? — ele zombou, sua voz rouca e cansada. — Você realmente acreditou nisso, Verônica? — Perguntou. Ela parou abruptamente, os olhos arregalados, claramente confusa com a reação de Héctor.

CAPÍTULO DUZENTOS E NOVENTA E SETE: O FIM DA MALDIÇÃO E O DESTINO DE HÉCTOR. 1

CAPÍTULO DUZENTOS E NOVENTA E SETE: O FIM DA MALDIÇÃO E O DESTINO DE HÉCTOR. 2

Eloá, ao seu lado, estava do mesmo jeito. Então, num instante, tudo parou. O brilho entrou no coração de Lys desaparecendo, os corpos de Héctor e Eloá ficaram inertes. Eles caíram no chão com um baque seco, como se todo o peso da maldição tivesse sido retirado deles de uma vez.

— Eles estão… mortos? — perguntei, minha voz quase um sussurro. Morgana se aproximou de Héctor, agachando-se ao lado dele. Ela colocou a mão em sua testa e fechou os olhos por um momento, sentindo a energia ao redor dele.

— Não — respondeu ela, levantando-se lentamente. — Eles estão em coma. Não acordarão… a menos que um grande amor os traga de volta. Mas… — ela suspirou — a única que talvez poderia salvar Héctor, ele fez odiá-lo. — Comentou.

Todos os olhos se voltaram para Verônica, que ainda estava sentada, o rosto molhado de lágrimas. Ela olhou para Héctor com uma expressão de desespero, mas o ódio em seus olhos era claro, o feitiço tinha sido desfeito.

— Nunca — ela murmurou, a voz trêmula. — Ele pode ir para o inferno. — Disse Verônica.

— Então não haverá salvação para ele. — Ela se virou para Magnos. — Agora, ele é seu prisioneiro, para sempre. — Falou Morgana. Magnos olhou para Héctor, sem qualquer traço de piedade. Seus olhos frios, decididos. Ele fez um sinal para que os guardas o levassem.

CAPÍTULO DUZENTOS E NOVENTA E SETE: O FIM DA MALDIÇÃO E O DESTINO DE HÉCTOR. 3

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