GRÁVIDA DE UM ALFA POR ACIDENTE romance Capítulo 41

POV MAGNOS.

Eu podia sentir o calor que irradiava dela, o feromônio me envolvendo e dominando meus sentidos, sua respiração estava descompensada. Eu segurava sua nuca com firmeza e sentia seu cabelo sedoso. Quando nossos lábios se encontraram, eu senti como se um choque elétrico percorresse meu corpo. Amélia correspondia meu beijo, e a sensação dos seus lábios era maravilhoso. Eu explorava aquela boca gostosa com desejo e urgência.

Aprofundei ainda mais meu beijo bruto e intenso. Amélia gemeou em apreciação. Me perdi em sensações a muito esquecida. Eu transava sempre que queria me aliviar, mas nunca beijei outra fêmea desde aquela traidora. O beijo é algo intimo para mim. Eu queria continuar, mas recobrei minha razão quando lembre de Cátia. Eu não posso me envolver com essa humana. Tenho uma companheira de segunda chance em algum lugar me esperando.

Finalizei o beijo e Amélia respirava rápido. Olhei para seu rosto e ela estava adorável. Ela estava com os olhos fechados e a boca entreaberta, sua bochecha estava ruborizada. Aos pouco, Amélia abriu os olhos, ela estava um pouco atordoada. Percebi, pelos seus belos olhos violetas, que ela estava confusa com meu ato. Não vou lhe dar satisfação desse beijo. Eu quis beijá-la e beijei, ponto final. Eu pego o que desejo.

— Vou levá-la até a sala de refeição para alimentar meus filhotes. Você não ficará o dia todo nessa cama, deixando meus filhotes preguiçosos. — Falei para acabar com o clima estranho que se estalou no quarto. Uma carranca dominou seu rosto, a deixando ainda mais atraente. Percebi que ela não gostou do que falei. Mas não brigou comigo, o que foi novidade. Arquei minha sobrancelha estranhando seu comportamento, obediente.

— Eu só preciso ir ao banheiro fazer minhas necessidades antes. — Falou Amélia. A peguei nos meus braços e a levei até o banheiro, deixando-a e saindo para lhe dar privacidade. Voltei para o quarto e parei em frente à janela, olhando para minha alcateia. Então Cosmo começou a me perturbar em minha mente.

— O beijo de Amélia é bom. Você não acha? — Perguntou Cosmo.

— Não quero conversar sobre isso Cosmo. Esse beijo foi um erro e não vai se repetir. Não posso me envolver com Amélia.

— Pois acho que você deveria reconsiderar. — Falou Cosmo em minha mente.

— O que você quer dizer com isso? — Perguntei.

— Você percebeu que ela ficou excitada só em ouvir sua voz no ouvido dela. E liberou feromônio que nos deixou louco. Isso significa que o apetite sexual dela está começando a crescer. Você não quererá um macho qualquer tendo relações sexuais com Amélia enquanto ela gera nossos filhos, vai? — Perguntou Cosmo, um tanto irritado em pensar nessa possibilidade.

Só em imaginar, eu rosnei. Não permitirei que Amélia tenha relações sexuais com qualquer macho. Ela me pertence, está carregando meus filhotes.

— Isso nunca. — Falei rosnando. Não deixarei colocar meus filhotes em risco.

— Então seria uma boa ideia se você estivesse disposto a saciar as necessidades sexuais de Amélia quando ela tiver precisada. Sabemos como as fêmeas ficam descontroladas quando estão excitadas no período de gestação. — Argumentou Cosmo.

— Entendo seu ponto, Cosmo, mas não sei se será uma boa ideia me envolver com Amélia dessa maneira. — Falei, achando essa ideia boa, mas perigosa.

— Será somente sexo Magnos. Você estará ajudando Amélia e a mantendo longe dos outros machos. Você percebeu como o feromônio que exalava dela nos deixou necessitado. Os machos solteiros ficaram atrás dela enlouquecidos, e nossos filhotes estarão em perigo. — Falou Cosmo. Ele estava certo em tudo, mas ainda acho que terei muitos problemas se aceitar essa ideia.

— Eu já tenho a Susane que me alivia quando estou precisando. — Falei.

— Que seja. Só não quero você fazendo sujeira. Pois dessa vez você limpará. Agora fiquei quieta e alimente meus filhotes famintos. — Falei, não me importando com a sua reclamação. Senti o cheiro de Ivan se aproximando.

— Alfa. — Ouvi Ivan me chamando da porta da sala de jantar. E se curvando.

— E então? — Perguntei, me virando para ele.

— Capturamos o terceiro lobo fugitivo. E o deixei trancado na masmorra. — Informou Ivan. Ele deu uma breve olhada em Amélia, mas logo desviou o olhar.

— Ótimo, leve-o para meu escritório, que quero conversar com ele. Pode se retirar. E peça para sua companheira vir até aqui para ficar de companhia com Cecília cuidando da humana. — Ordenei.

— Sim, Alfa. — Disse Ivan e se retirou.

— Tenho trabalho a fazer. Cecília e Ana lhe farão companhia e lhe auxiliarão. Comporte-se ou vou lhe punir. E você não gostará. — Falei, alertando-a.

— Eu sempre me comporto. — Disse Amélia toda inocente, com a boca cheia de comida. Fiz uma expressão de nojo. Estes humanos não têm modos à mesa. Depois, os selvagens somos nós, os lobisomens. Levantei-me da cadeira e saí da sala de jantar rumo ao meu escritório. Tinha um lobo para interrogar.

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