POV AMÉLIA.
Quando ouvi sua voz em meu ouvido, não aguentei e todas minhas barreiras foram desfeitas. Eu senti uma contração em meu centro entre minhas pernas. Minha calcinha ficou úmida e uma grande excitação me consumiu.
Aquela voz me fazia sentir sensações incríveis. Maldito seja Magnos com essa voz rouca e sedutora. Eu estava perdida em minhas sensações, quando senti uma mão segurar minha nuca. Olhei para aquele verde-esmeralda em seus olhos e me perdi.
Magnos tomou meus lábios com firmeza e intensidade. Fechei meus olhos instantaneamente. Ele, aproveitando que minha boca estava entreaberta, introduziu sua língua ágil e explorou cada canto dela. Magnos beija muito bem, que beijo gostoso. Eu não posso pensar assim. Me condenava por estar gostando.
Mas devo admitir que o beijo desse ogro é gostoso. Magnos aumentou a intensidade do beijo quando eu gemi. Espera, eu gemi mesmo?
Agora, sua boca explorava a minha com mais ousadia, urgência e intensidade. Eu gostava desse jeito bruto dele. Aprecio muito homem assim, não me condenem, mas gosto dessa pegada bruta e selvagem.
Minha calcinha já se encontrava encharcada nesse momento. Eu estava ofegante e necessitada de ar. De repente senti seus lábios abandonarem os meus, meu corpo lamentou por perder aquelas sensações maravilhosas. Mantive meus olhos fechados apreciando e me recuperando desse beijo avassalador. Nunca pensei que seu beijo podia ser tão bom.
Abri meus olhos lentamente e me deparei com Magnos me observando bem de perto. Seu rosto estava a centímetros do meu rosto. Eu sentia sua respiração contra minha pele. Me perdi na imensidão verde de seus olhos. Tentava me recuperar do beijo e me encontrava confusa com seu ato. Por que ele me beijou?
Magnos quebrou o silêncio constrangedor com sua voz rouca maravilhosa.
— Vou levá-la até a sala de refeição para alimentar meus filhotes. Você não ficará o dia todo nessa cama, deixando meus filhotes preguiçosos. — Falou ele, como sempre rude. Sua boca só era agradável quando estava beijando. Por que ele tem que falar comigo desse jeito? Estou com raiva da maneira como ele me trata, mas não brigarei. Serei mais esperta de agora em diante. Mas isso não significa que serei sempre obediente e submissa.
— Eu só preciso ir ao banheiro fazer minhas necessidades antes. — Falei. Eu estava precisando ir ao banheiro com urgência. Bexiga de grávida se enche rápido. Magnos me pegou em seus braços e me levou ao banheiro e saiu.
Enquanto estava lá dentro, não parava de pensar no beijo. Como olharei para ele agora? Esse beijo foi um grande erro. Devo me lembrar que Magnos quer tirar meus filhos. Tenho que focar em um meio de impedir que ele faça isso. As leis dos homens não se aplicam aqui. Magnos está acima das leis humanas. Usarei as muletas para explorar essa casa e descobrir algo que me ajude.
Preciso conhecer esse mundo e suas leis. Tenho que encontrar uma maneira de ficar com meus filhos. Deve haver uma breja que eu possa usar. Mas sei que ninguém aqui vai me ajudar e ficar contra o alfa. Terei que fazer isso sozinha, preciso ser dissimulada para conseguir que me deem informações. Terminei tudo que tinha que fazer e chamei o ogro que beija bem.
— Ótimo, leve-o para meu escritório, que quero conversar com ele. Pode se retirar. E peça para sua companheira vir até aqui para ficar de companhia com Cecília cuidando da humana. — Ordenou Magnos. Espera, a humana sou eu. Eu não preciso de babá.
— Sim, Alfa. — respondeu o capanga e se retirou. Vou chamá-lo assim até descobrir seu nome.
— Tenho trabalho a fazer. Cecília e Ana lhe farão companhia e lhe auxiliarão. Comporte-se ou vou lhe punir. E você não gostará. — Falou, me ameaçando. Eu sempre me comporto. E quem é Ana? Será que é dela que Magnos falava antes?
— Eu sempre me comporto. — Respondi toda inocente, com a boca cheia de comida. A expressão de Magnos era de nojo com as minhas maneiras. Sou muito educada e conheço as leis da boa etiqueta. Mas, no momento, estou pouco me importando para a etiqueta. Fiquei contente em deixá-lo desconfortável com meu ato.
Magnos se levantou e saiu da sala de jantar sem olhar para trás. Fiquei sozinha comendo. E senti paz e sossego. Mas logo Cecilia entrou e se sentou em minha frente. Ela parecia se sentir culpada. Antes que ela começasse a falar, resolvi quebrar o silêncio e seu desconforto.
— Cecília, eu estive pensando. Já que ficarei aqui por tempo indeterminado. Acho que devo conhecer as leis e costumes desse lugar. Você pode me ajudar? — Perguntei gentil e colocando meu plano em prática.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: GRÁVIDA DE UM ALFA POR ACIDENTE