GRÁVIDA DE UM ALFA POR ACIDENTE romance Capítulo 36

POV MAGNOS.

Assim que entrei em meu escritório, encontrei Ivan com os dois lobos fujões sentados de frente para a minha mesa de cabeça baixa. Quando me sentiram entrando, se levantaram e se curvaram em sinal de respeito. Passei pelos dois e pude sentir seus medos. É bom terem medo.

— Então vocês decidiram que iriam até uma cidade humana e sequestrariam duas mulheres e estaria tudo bem? — Perguntei.

— Desculpe, alfa, nós estávamos desesperados e quando ouvimos que uma humana ficou grávida do senhor, ficamos esperançosos. — Disse o loiro.

— E ouvimos que as humanas podem engravidar de nós. Então, quisemos garantir uma parceira para nós, antes que começasse a corrida por uma fêmea humana. — Falou o outro. Olhei para Ivan e ele começou a falar.

— Já estou averiguando tudo e logo saberei quem está espalhando essa história, alfa. — Explicou Ivan.

— Digam logo onde está o terceiro. Vocês iriam se encontrar, aonde? — Ordenei com minha voz de alfa. Os dois se mexeram um pouco e mostraram os pescoços.

— Ele está nos esperando no portal de pedra depois da fronteira leste, alfa. — Respondeu o loiro.

— Ivan, coloque esses dois na masmorra por uma semana para aprenderem a não colocar a alcateia em risco. Vocês acharam que sequestrariam uma humana e ficaria tudo bem? Esqueceram de que hoje temos câmeras em vários lugares, que há sempre alguém com um celular pronto para filmar ou fotografar. Os humanos são fracos, mas não subestimem sua capacidade de ser cruéis e covardes. Se descobrirem nosso mundo, com toda certeza mandaram a sua pior bomba sobre nós. — Falei irritado com a burrice desses dois. Dois sentinelas entraram e levaram os dois fugitivos para a masmorra.

— Prepare cinco guerreiros para nos acompanhar. Caçaremos o terceiro fugitivo. — Ordenei a Ivan.

— Sim, alfa. — Falou Ivan, se curvou e saiu.

— Eu sabia que, quando nosso povo soube de Amélia, alguns pensariam em sequestrar humanas. — Falou Cosmo em minha mente.

— Isso também passou por minha cabeça. Mas não esperava que começassem a tentar tão cedo. — Falei.

— Não subestime um lobo desesperado. O que planeja fazer? Não pode ficar mandando lobos para a masmorra. Temos que puni-los para servir de exemplo para que os outros não queiram fazer igual. — Falou Cosmo.

— Sim, mas quero saber quem está espalhando rumores e então punirei todos juntos. — Respondi. Ivan voltou e estava acompanhado com mais quatro guerreiros.

— Alfa, estamos prontos e esperando suas ordens. — Informou Ivan.

— Então vamos. — Falei. Eu saí do escritório, seguido por eles.

Chegamos ao lado de fora e começamos a nos transformar, dessa vez tirei minha roupa antes. Me tornei um grande lobo preto e comecei a correr. Após uma corrida curta, estávamos nos aproximando do posto da fronteira leste, quando Cosmo começou a falar em minha mente, preocupado.

— Magnos tem algo errado. — Falou Cosmo agitado.

— O que aconteceu? — Perguntei.

— Sinto que está acontecendo algo com nossos filhotes. — Falou Cosmo. Esse lobo possessivo e sua obsessão em ficar perto dos filhotes.

— Cosmo, isso é só sua possessividade. — Falei, já ficando irritado.

— Foi só uma brincadeira, filho. — Falou minha mãe que havia voltado a forma humana, ela riu nervosa.

Tomado por uma fúria, me aproximei de minha mãe e a peguei pelo seu pescoço e a prendi contra a parede. Minha mãe ficou assustada com meu ato violento contra ela. Eu não admitirei que ninguém coloque meus filhotes em risco. Meu pai se desesperou e tentou me questionar, mas o coloquei em seu lugar. Ele não era mais o alfa.

Eu queria torcer o pescoço dela, a raiva de Cosmo estava se sobressaindo sobre mim. Me controlei e pude impedir que meu soco acertasse minha mãe. Não posso culpar Cosmo por estar com ódio e querer puni-la. Eu a soltei e me afastei, pude ouvir meu pai e Cecilia suspirarem de alívio. Eulália tremia de medo diante de mim. Olhei para Amélia e ela estava muito assustada e chorava. Cosmo ficou ainda mais zangado, assim como eu.

— Amélia está com medo. — Rosnou Cosmo na minha mente. Eu senti uma grande raiva e olhei de volta para Eulália. Eu queria matá-la, mas ela era minha mãe. Mas precisa puni-la por ameaçar meus filhotes e colocá-los em risco.

— Mande que ela se submeta à Amélia. Se ajoelhar diante de um humano é uma grande humilhação para um lobisomem. — Disse Cosmo.

— Ótima punição. Para Eulália, a qual é uma ex-luna, será uma vergonha imensa. Assim, ela apreenderá sua lição. — Concordei com Cosmo. E, como esperado, minha mãe não gostou e quis me questionar. Mas depois teve que fazer, pois eu não a estava dando opção e sim ordenando.

Minha mãe se ajoelhou e implorou o perdão de Amélia falsamente. Eu podia sentir sua raiva. Amélia, sendo uma humana ingenua, acreditou e aceitou as desculpas de minha mãe. Após o pedido de desculpas, de minha mãe, coloquei todos para fora do quarto.

— Agora saiam todos. E um aviso, se ameaçar a vida de meus filhotes mais uma vez. Esquecerei o fato de ser minha mãe. E vou te matar. — Fiz uma promessa. Meu pai me olhou com desagrado, mas não disse nada. Ele sabe que mando aqui e deve me respeitar, assim como eu o respeitava quando ele era alfa da nossa antiga alcateia.

Assim que eles saíram, eu me aproximei da cama de Amélia, eu precisava saber se meus filhotes estavam bem. E também me preocupei com ela. Me senti estranho quando a vi chorando.

— Você está bem? — Perguntei. Pude ver surpresa em seu olhar. Devo confessar que também estava. Eu não sabia se era a possessividade de Cosmo que havia me contaminado. Eu só sabia que tinha a necessidade de estar perto e saber se a mãe dos meus filhotes estava bem.

— E, por que agora estou me referindo a ela como mãe dos meus filhotes? Algo está muito errado aqui. — Pensei.

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