GRÁVIDA DE UM ALFA POR ACIDENTE romance Capítulo 35

POV AMÉLIA.

Que pergunta é essa? Porque ela sentiria meu cheiro se estou limpa e sem perfume e sem meus cremes hidratantes. E outra, o que importa se ela não consegue sentir meu cheiro?

— A senhora não sente meu cheiro, porque estou limpa e sem perfume. — Falei intrometendo na conversa. Cecília começou a rir se divertindo com o que falei. Eu a olhei sem entender porque do riso. Parece que Cecília, a que pensei que fosse a única normal nessa família, é louca assim como o irmão.

— Posso saber o que tem de engraçado? — Perguntei impaciente. Esse povo me tratam como prisioneira, invisível e agora como palhaça. Eu já estou ficando irritada.

— Desculpe Amélia. Mas minha mãe não está se referindo ao seu odor corporal, mas à sua essência. Todos os seres têm um cheiro único que chamamos de essência. E em você não conseguimos senti-lo — Explicou Cecília. Fiquei impressionada de que eles podiam sentir isso. Até que lobisomens são seres interessantes, isso quando não estão me aterrorizando.

— E vocês podem sentir essa essência? Isso é incrível. — Falei admirada. Mas me arrependi de ter mencionado minha opinião. Eu não queria que esses lobisomens loucos achassem haverem me encantado.

— Você não é uma bruxa, é? — Perguntou Eulália com desconfiança.

Já me chamaram de várias coisas, mas bruxa, é a primeira vez. Posso ter aceitado que lobisomens existem, já que vi com meus próprios olhos. Mas aceitar a existência de bruxas é demais para mim.

— Que eu saiba, sou humana. — Respondi.

— Bruxas também são humanas, mas usuárias de magia. Você não tem cheiro, bruxas costumam usar feitiço de ocultação para esconder seu cheiro de nós. Elas não são bem-vindas na nossa alcateia. — Disse Cassius. Pelo jeito, não são só os humanos que não são bem vindos a esse lugar.

— Deveríamos fazer alguns testes para saber se Amélia não é uma bruxa. — Falou Eulália. Essa velha resolveu me perseguir.

— Vocês me perdoem, mas bruxas e magia, são demais para que eu acredite. O que mais vão dizer que existe: vampiros, fadas e alienígena? — Falei rindo. Eles me olharam como seu eu fosse louca, eles que falam de bruxas e me olham assim.

— Alienígenas, não sei se existe, mas vampiros, são nossos inimigos mortais. As fadas vivem na floresta da sombra e não são muito sociáveis. Então nunca confie em uma. Se ver uma fada fuja. Elas também não gostam de humanos. Tem a ver com o fato de humanos destruírem a natureza. — Falou Cecília. Só pode ser brincadeira, eu devo estar num hospício.

— Você está dizendo que fadas e vampiros existem? — Perguntei incrédula. Eu não consigo acreditar nessa loucura. Mas não discutirei com maluco.

— Sim. Você ainda não acredita no mundo sobrenatural, após ter nos conhecidos e visto nossa transformação? — Perguntou Cecília.

— Sou uma cientista e uma religiosa. Minha parte, cientista, acredita em que pode ser comprovado. Já minha parte religiosa acredita que existem muitas coisas inexplicáveis nesse mundo. E que a fé move montanhas. Mas esse mundo que estão me apresentando é um tanto surreal. Eu só acreditarei vendo. — Falei.

— Chega dessa conversa toda. Você não acredita? Deixe que eu te mostrei. — Eulália falou e começou a se transformar em minha frente, não demorou muito para terminar.

Eulalia era rápida em sua transformação, mas não tanto quanto o seu filho. Diante de meus olhos estava agora um grande lobo marrom raivoso. Ela rosnava e mostrava os dentes para mim. E começou a se aproximar de mim. Eu não consegui me controlar e gritei. O que serviu para irritar aquela velha m*****a.

— Já chega querida. Você está assustando a humana. — Eu ouvi Cassius falar. Mas aquela m*****a continuou se aproximando de mim. Parecia se divertir com meu medo.

— O quê? Isso nunca… — Começou falar Eulália, mas foi interrompida pelo filho.

— Vai ousar me desafiar. Você, melhor que qualquer lobisomem, sabe qual é a pena por ameaçar um herdeiro do alfa. — Falou Magnos. Vi Eulália ficar pálida.

— Magnos sou sua mãe. — Falou Eulália.

— Por ser minha mãe, não te mato por colocar meus filhotes em risco. A gravidez de Amélia é de risco e não sabemos como é uma gestação híbrida. Todo cuidado é pouco para manter meus herdeiros bem. Todos aqui na, Uivantes Negros sabem como os quatro são importantes para nosso futuro. E você, sendo minha mãe, deveria zelar por eles. — Gritou Magnos.

Eulália olhou em minha direção, assustada quando ouviu seu filho. Eu até fiquei com um pouco de pena dela. Mentira, ela mereceu. Quem mandou me assustar? Ela caminhou até perto da minha cama e se ajoelhou. Pude ver raiva em seu olhar quando me observava. Será que arrumei uma inimiga?

— Amélia me perdoe. Eu não deveria ter brincado desse jeito. Não foi minha intenção te fazer mal. Me perdoe. — Falou Eulália. Por que eu não senti firmeza nesse pedido de desculpa? Essa velha é falsa.

— Aceito seu pedido de desculpa. — Falei inocentemente. Velha m*****a. Eu seria uma pessoa malvada se dissesse que estou amando ver Eulália ajoelhada me implorando perdão?

— Agora saiam todos. E um aviso, se ameaçar a vida de meus filhotes mais uma vez. Esquecerei o fato de ser minha mãe. E vou te matar. — Prometeu Magnos. Seu pai olhou com desagrado para ele, mas não disse nada. É a hierarquia, aqui eles levam muito a sério isso. Depois que eles saíram. Magnos se aproximou da cama e me observou com atenção, como se estivesse me analisando.

— Você está bem? — Perguntou ele. O que aconteceu com esse ogro? Me perguntava espantada com sua preocupação.

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