GRÁVIDA DE UM ALFA POR ACIDENTE romance Capítulo 271

POV AMÉLIA.

— Vamos começar com algo leve — disse Magnos com um sorriso encorajador, posicionando-se ao meu lado. Ele pegou uma faixa elástica, esticando-a entre as mãos e mostrando o movimento que eu deveria fazer. — Só isso, amor. Você puxará devagar e soltará. Fácil, não? — falou, cheio de confiança.

Cruzei meus braços, bufando. — Fácil para você, que é um lobo superforte. Sou só uma humana grávida e cansada — resmunguei. Ele soltou uma risada baixa, o som profundo que sempre fazia meu coração derreter, mas eu me recusei a facilitar para ele dessa vez.

— Você consegue, Amélia — disse ele, aproximando-se para pegar minhas mãos com gentileza, posicionando a faixa elástica entre elas. — Vamos lá, um pouquinho de força, só para começar. Estou aqui com você — acrescentou, me incentivando com o tom calmo de sempre.

Suspirei, sabendo que ele não iria desistir facilmente. Comecei a puxar a faixa elástica, sentindo os músculos dos braços reclamarem. Depois de algumas repetições, o simples ato de esticar a faixa parecia um esforço hercúleo, e meus ombros começaram a doer.

— Magnos… — gemi, interrompendo o exercício e soltando a faixa. — Não dá, estou exausta. Isso é demais para mim — admiti, quase ofegante.

Ele balançou a cabeça, ainda sorrindo, paciente. — Você mal começou, amor. Mais algumas repetições, e depois fazemos algo mais suave, eu prometo — disse ele, como se estivesse negociando. Eu sabia que não tinha escapatória, então continuei. Cada puxada na faixa vinha acompanhada de um suspiro alto de cansaço.

— Você é cruel, sabia? — resmunguei, sentindo meus braços arderem. — Isso deveria ser considerado tortura — acrescentei com um olhar irritado. Magnos riu outra vez, seus olhos brilhando com aquele humor característico que ele conseguia transmitir sem dizer uma palavra.

— Não estou sendo cruel, só persistente — provocou, largando a faixa e se posicionando atrás de mim, suas mãos grandes repousando sobre meus ombros, massageando-os suavemente. — Vamos alongar um pouco antes de passar para a bola de pilates — sugeriu.

— Bola de pilates? — repeti com uma careta. — Não consigo nem sentir minhas pernas direito. Vou sair rolando se tentar subir naquela bola — brinquei, esperando que ele desistisse da ideia.

Quando finalmente terminamos os exercícios, eu estava exausta, mas de uma forma boa. Meu corpo parecia mais leve, e a dor nas costas havia diminuído. Magnos me pegou nos braços novamente, e eu deixei minha cabeça descansar contra seu peito firme, absorvendo o cheiro relaxante de jasmim-da-noite.

— Pronto, minha guerreira. Agora você pode descansar — disse ele, com um sorriso suave nos lábios, sua voz transbordando carinho. Sorri de volta, satisfeita por superar mais um desafio, mas sabendo que o crédito era todo dele. Sei que não sou uma aluna fácil; estou sempre reclamando e fazendo corpo mole.

— Só se você ficar comigo — sussurrei, já quase adormecendo nos braços dele.

— Sempre — ele respondeu, beijando minha testa mais uma vez antes de me levar de volta ao nosso quarto, onde, finalmente, eu poderia me render ao sono tranquilo.