GRÁVIDA DE UM ALFA POR ACIDENTE romance Capítulo 245

POV AMÉLIA.

Ir embora, deixar meu marido e minha nova família? Era isso que Margô estava sugerindo? Eu não podia fazer isso.

— Madrinha, eu não posso simplesmente partir com você. Mesmo que eu quisesse, Magnos nunca me permitiria ir embora com nossos filhotes — falei, nervosa.

— Se o problema for aquele alfa, eu posso resolver isso — respondeu ela. Arregalei os olhos, consciente do “jeito” que ela usaria contra Magnos.

— Não, por favor, madrinha, eu o amo. Não machuque meu lobo mau — pedi aflita.

— Parece que o ama de verdade. Mas, Lia, vai colocar seus filhos em risco por causa daquele alfa? — perguntou séria.

— Jamais, colocaremos alguém acima dos nossos filhotes, nem mesmo o lobo que amamos — disse Ravina, decidida.

— Sim, você está certa. Nossos filhos são tudo para nós, e não os arriscaremos por ninguém — concordei.

— Madrinha, faremos assim: se algo me colocar em perigo, a senhora pode me proteger como achar melhor, até mesmo me levando daqui. Mas, por enquanto, ficarei onde estou — declarei.

— Está bem, teimosa. Então terei que permanecer aqui por um bom tempo — comentou Margô, friamente. Eu sabia que ela estava pensando em mil maneiras de atormentar Cassius e Eulália.

— Madrinha, vamos mudar de assunto. Quero saber sobre meus pais e informar que eu e Ravina decidimos aprender tudo com a senhora para nos tornarmos poderosas e invencíveis. Quando nossos filhos nascerem, ensinaremos tudo a eles. Não vamos mais nos esconder. Se o mundo não concordar e vier contra nós, mataremos todos que tentarem nos ferir — falei, séria. Morgana sorriu sádica e começou a aplaudir.

— Esperei por esse momento por tanto tempo, quando você aceitaria sua verdadeira natureza. Vou lhe ensinar tudo o que sei, e meus netos serão meus aprendizes quando nascerem. Este mundo se curvará e tremerá diante de nós — disse Morgana, rindo sinistramente.

— Agora, conte sobre papai e mamãe — pedi, com um nó na garganta. Sempre me emocionava ao ouvir sobre eles, mas desta vez seria diferente, pois ouviria sobre um lado dos meus pais que nem imaginava existir.

— Quando Maia nasceu, foi uma grande alegria. Ela logo cedo despertou seus poderes. Sua mãe era linda, decidida e muito poderosa. Sempre soube o que queria, e assim foi quando conheceu seu pai e se reconheceram como companheiros. Mas Maia sempre teve medo de seu poder e se conteve para que ninguém soubesse como ela era poderosa e destrutiva. Eu sabia de toda a extensão de seu poder. Ela confiava em mim e mostrou do que era capaz. Tinha tanto potencial, mas escolheu ser apenas mãe e companheira de um lobo. Para Maia, isso bastava — contou Margô.

— Claro que não, eu nunca soube disso. Fui informada que foi um acidente. Foi isso que a polícia me contou — falei, nervosa, sem acreditar no que ouvia.

— Sinto muito, Amélia, mas seus pais foram mortos por caçadores. Eles foram enviados atrás deles. Achei que, agora que está aqui com Magnos, você já soubesse. Pensei que tivesse mandado investigar a fundo o acidente. Existiam muitas pontas soltas, e foi assim que desconfiei da conclusão da polícia. Fui atrás da verdade, encontrei os caçadores e os matei devagar, com muita crueldade — contou Margô.

Eu estava respirando com dificuldade, e meu corpo tremia. Meus amados pais foram assassinados por caçadores. Uma raiva crescia dentro de mim. Eu queria vingá-los. Alguém precisava pagar. Margô disse que os caçadores foram enviados. Preciso saber quem foi o mandante dessa atrocidade.

— A senhora disse que matou os caçadores. Eles revelaram quem os mandou? — perguntei, consumida pela raiva. Ravina estava igualmente furiosa dentro de mim.

— Eu os fiz falar antes de matá-los. E você não vai acreditar na coincidência: foi o alfa Héctor quem mandou os caçadores. Parece que ele não queria que ninguém soubesse que um casal de lobo e humano viveu em sua alcateia. Os caçadores procuravam seus avós paternos, mas não os encontraram. Por sorte ou azar, encontraram seu pai e sua mãe. Informaram ao alfa Héctor, que ficou feliz em eliminar o fruto de um amor proibido e ordenou que os matassem. Para Héctor, um lobo com um humano é algo abominável — revelou Margô.

— Vou matar Héctor, bem devagar — prometi, olhando para minha madrinha, que sorriu sinistramente.

— E eu estarei lá para ajudar — disse Margô.

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