GRÁVIDA DE UM ALFA POR ACIDENTE romance Capítulo 234

POV AMÉLIA.

Eles me olhavam com atenção, eu sabia que todos estavam ansiosos para saber se minha gestação era lupina, já que me revelei ser metade loba.

— Minha gestação é lupina — revelei. Houve um silêncio repentino na sala, enquanto todos processavam a informação. Sei agora qual é o receio dessa família. Eles têm medos de algo de ruim aconteça no parto. E posso apostar que Magnos deve ter proibido todos os lobos dessa alcateia, a não comentar sobre o parto lupino perto de mim.

— Está explicado porque meu irmão está tão territorialista. Faltam poucos meses para o nascimento — disse Cecília, tentando suavizar o momento tenso.

— Você e Magnos merecem toda essa felicidade — falou meu irmão, sorrindo para dissipar o clima estranho que havia se instaurado na sala. Acredito que todos estavam preocupados depois da notícia, talvez sabendo dos riscos para mim e os filhotes.

— Obrigada — respondi com carinho, sorrindo para Jake, que mantinha uma distância respeitosa, mas solidária.

— Estaremos aqui sempre, para o que precisarem, maninha — disse Jake, com sua voz grave e reconfortante.

— Vocês não contaram o principal. Qual é o sexo dos filhotes? — perguntou Cecília, animada. Magnos soltou um rosnado insatisfeito, inconformado por não conseguir ver os sexos dos bebês.

— Por que está rosnando agora, filho? — perguntou Eulália, preocupada.

— Nossos filhotes se recusaram a se mostrar para nós. Os quatro esconderam suas partes íntimas, impossibilitando-nos de ver — disse Magnos, contrariado. Jake começou a rir, assim como Cassius.

— É assim mesmo, Magnos. Eles, às vezes, ficam numa posição difícil de se ver o sexo — disse Jake, divertido.

— Na verdade, acredito que fizeram isso por culpa de Amélia — disse Magnos, sério, mas com um brilho de humor nos olhos.

— Minha culpa? O que tenho a ver com isso? — perguntei, indignada com sua acusação.

Depois de mais alguns momentos de conversa, olhei para meu marido, e ele estava com uma expressão carrancuda. Magnos sugeriu que subíssemos para descansar um pouco. Eu sabia que ele queria um momento para nós dois e se livrar dos outros. Magnos não estava mais acostumado a ter essas conversas animadas em família.

Enquanto subíamos as escadas, senti sua mão firme nas minhas costas, guiando-me com cuidado. Eu sabia que, apesar de todo o poder que ele possuía, Magnos estava tão vulnerável quanto eu naquele momento. E isso nos unia ainda mais.

Ao entrarmos no quarto, ele fechou a porta atrás de nós, criando um pequeno santuário onde podíamos estar apenas nós dois. Magnos me beijou, um beijo que carregava todas as promessas que havíamos feito reciprocamente, toda a esperança e o amor que nos conectava. Senti seus braços envolverem minha cintura, puxando-me para mais perto dele, como se quisesse me fundir a ele.

— Estou apaixonado por você, Amélia — murmurou Magnos contra meus lábios, sua voz rouca e carregada de emoção. Suas mãos deslizaram até minha barriga, onde os bebês se mexeram, respondendo ao toque e à presença do pai. Meu coração saltou uma batida quando ouvi sua declaração.

— Eu te amo, Magnos. Nunca duvide disso — respondi, olhando em seus olhos, que refletiam a intensidade de seus sentimentos. Esse momento era só nosso, e eu queria gravá-lo em minha memória para sempre. Os olhos de Magnos mudaram de cor por um momento, ficando verde e amarelo-ouro. Ele sorriu e foi um sorriso que me fez amá-lo ainda mais.

Com um sorriso, encostei minha cabeça em seu peito, ouvindo os batimentos acelerados de seu coração, e deixei que o conforto de seu abraço me envolvesse. Ali, nos braços de Magnos, eu me sentia a híbrida mais feliz do mundo. Eu já consegui que ele se apaixonasse. Agora falta ele me amar.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: GRÁVIDA DE UM ALFA POR ACIDENTE