GRÁVIDA DE UM ALFA POR ACIDENTE romance Capítulo 235

POV MAGNOS.

Três dias se passaram desde a consulta do pré-natal de Amélia. Ela aparenta estar calma, mas, por trás daquele olhar sereno, sinto sua ansiedade e preocupação, como uma nuvem invisível pairando sobre nós. Estou sempre ao seu lado, apoiando-a e dando carinho, pois me tornei um lobo carinhoso somente para minha esposa e meus filhotes. Para os demais, continuo o mesmo: rude, frio, cruel e rabugento.

Aurora levantou uma nova barreira há três dias. Essa é mais forte que a anterior, e ninguém consegue sair ou entrar. Ela criou um véu de percepção que transforma nossa alcateia em uma fortaleza. Quem está do lado de fora, tudo o que se vê é uma escuridão impenetrável. Héctor está desesperado para recuperar a m*****a bruxa dele.

Mandou alguns lobos tentarem atravessar a barreira, mas eles foram mortos instantaneamente, eletrocutados pela força implacável da magia de Aurora. Ele nunca mais verá aquela bruxa, e eu e Cosmo mal podemos esperar para extravasar nossa raiva torturando aquela infeliz. Mas, no momento, estou muito atarefado para fazer uma visita a ela.

Nos últimos dias, estamos vasculhando toda a alcateia atrás do espião. Aquele maldito é esperto e sabe se esconder. Eu e Ivan estávamos correndo pela floresta, com nossos sentidos aguçados e cada fibra dos nossos corpos em alerta máximo. Não podemos deixar nenhum lugar sem ser conferido, e como os melhores olfatos eram o meu, o de Ivan, o do meu pai e da minha mãe. Nos dividimos para farejar, em busca de qualquer poeira de magia. Se houvesse, nós a encontraríamos.

— Alfa, aqui não há nada. O que fazemos? — perguntou Ivan através da nossa ligação mental, sua voz ressoando em minha mente enquanto minhas patas paravam de se mover.

— Ele está certo, Magnos. Não existe nada aqui. O espião não deixou nenhum rastro para ser seguido. Acho que só estamos perdendo nosso tempo correndo atrás do nosso rabo — disse Cosmo, irritado, em minha mente.

— Você está certo. Devemos voltar e nos concentrar na área povoada da alcateia — falei, concordando mentalmente com Cosmo. Era inútil continuar ali.

— Você está certo, Ivan. Não há nada aqui. Vamos voltar — ordenei.

— Sim, alfa. Mas me permite falar o que eu penso? — perguntou Ivan mentalmente.

— Diga — respondi.

— Penso que devemos procurar esse espião nas áreas que o alfa e Amélia frequentam. Porque percebi que o interesse do espião é em vocês dois. Então, ele ficará próximo aos locais onde vocês estão — disse Ivan, sua percepção aguçada me surpreendendo.

— Você está certo, Ivan. Devemos nos concentrar nos locais próximos a mim e Amélia. Merda — falei, a preocupação crescendo em meu peito como um fogo.

— O que aconteceu, Magnos? — perguntou Cosmo, sua voz cheia de tensão.

— Se esse ser está mirando em mim e na Amélia, significa que ele está em algum lugar perto da nossa casa. Amélia não tem saído de casa nos últimos dias — falei, a urgência e o medo se misturando em minhas palavras.

— Então ele está lá em casa. Temos que ir agora — gritou Cosmo em minha mente. Rosnei de raiva, a determinação queimando em minhas veias.

— Temos que saber como eles estão — falei, a determinação e o medo misturando-se em meu coração.

Assim que passei pela porta, o cheiro azedo ficou mais forte, quase sufocante. Olhei para a sala e a vi sentada confortavelmente no sofá de frente para mim. Ela parecia ser dona da casa, de tão à vontade que estava. Reconheci-a de cara, não pode ser, essa m*****a aqui, como?

Me aproximei com cautela, meus sentidos em alerta máximo, pois meu inimigo era astuto. Agora reconhecia aquele cheiro. Faz tanto tempo, mas eu me lembro dele. Essa bruxa não mudou nada, continua do mesmo jeito que me lembro. A m*****a sorriu para mim, seu olhar cheio de provocação. Cosmo rosnou com sua provocação, nossa raiva refletida em cada movimento meu.

— Você. O que faz aqui e como conseguiu entrar? — perguntei, minha voz um trovão de fúria, e ela somente riu com uma gentileza fingida. Mas continuou em silêncio, seu olhar desafiador.

— Fale logo, sua m*****a — ordenei, minha paciência se esgotando.

— Que péssimos modos, Magnos. Sua querida mãe não lhe ensinou a ser um lobinho educado com os mais velhos? Que feio, rapazinho. Você era mais educado quando criança. Aliás, você cresceu e se tornou um belo e gostoso lobinho. Você está mais lindo que seu pai — falou, olhando meu corpo com desejo estampado em seu rosto. Que nojo, eu quase vomitei em pensar que essa m*****a está tendo pensamentos eróticos comigo. Eu nunca quis tanto estar vestido.

— Diga logo o que você quer aqui, Morgana, e como conseguiu entrar? — falei, rosnando, impaciente e irritado com a sua enrolação. Ela descruzou as pernas e cruzou novamente, se ajeitando no sofá, se acomodando mais ainda.

— Essa infeliz está nos provocando — falou Cosmo em minha mente, sua raiva espelhando a minha.

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