Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário romance Capítulo 143

Quando cheguei ao café, Alex já estava me esperando na mesma mesa da última vez. Ele havia se arrumado mais do que o normal — cabelo perfeitamente penteado, camisa social azul, aquele perfume que costumava usar quando queria me impressionar. Era óbvio que tinha vindo com segundas intenções.

— Zoey — ele se levantou quando me viu, tentando me beijar no rosto, mas eu me afastei.

— Alex — respondi secamente, me sentando sem cerimônia.

— Você está linda — disse, seu sorriso carregado de nostalgia e algo que reconheci como esperança. — Esse vestido fica perfeito em você.

— Obrigada — respondi mecanicamente, colocando a bolsa na mesa entre nós como uma barreira física.

— Fico feliz que tenha ligado — continuou, se inclinando ligeiramente para frente. — Pensei muito sobre nossa última conversa, sobre tudo que conversamos. Sobre nós.

— Alex — interrompi, minha voz cortante. — Vamos jogar limpo aqui.

Ele piscou, claramente surpreso com meu tom.

— Eu sei que Elise provocou o acidente que quase matou meu marido — disse diretamente, observando sua expressão mudar. — Sei que ela fez isso com seu carro, e sei que você só se aproximou de mim porque de alguma forma vocês precisavam tirar Christian do caminho para "cuidar" — fiz as aspas com as mãos — de mim.

O rosto de Alex empalideceu instantaneamente, seus olhos se arregalando em choque genuíno.

— O que você está falando? — perguntou, sua voz subindo um tom. — Zoey, que loucura é essa?

— Não é loucura, Alex. Temos provas.

— Provas do quê? — ele se inclinou para trás, como se eu tivesse o esbofeteado. — Você acha que eu... que eu tentaria machucar alguém? Que eu usaria você dessa forma?

— Não sei o que pensar — respondi honestamente. — Por isso estou aqui. Para descobrir se você é cúmplice ou vítima.

— Cúmplice? — Alex repetiu, sua voz carregada de indignação. — Zoey, eu te amei. Ainda amo. Você acha mesmo que eu seria capaz de algo assim?

— Você me traiu com minha melhor amiga — lembrei friamente. — Então, francamente, não sei mais do que você é capaz.

Ele recuou como se eu tivesse o atingido fisicamente.

— Isso é diferente e você sabe disso — disse, sua voz ficando defensiva. — Eu cometi um erro terrível, o pior erro da minha vida, mas nunca... nunca tentaria machucar você ou qualquer pessoa próxima a você.

— Então me explique por que seu carro foi usado para tentar matar meu marido.

— Eu não sei! — explodiu, passando as mãos pelos cabelos. — Meu carro foi batido, eu já disse isso. A Elise bateu, foi ela quem cuidou do conserto...

Sua voz foi diminuindo conforme as palavras saíam, como se ele mesmo estivesse começando a conectar os pontos.

— Alex — disse mais suavemente —, pense. Realmente pense sobre tudo que aconteceu nas últimas semanas.

— Não — ele balançou a cabeça vigorosamente. — Não, isso não faz sentido. Por que ela faria algo assim? Por que ela...

— Porque ela me odeia — respondi simplesmente. — Sempre odiou. E agora que me casei com alguém importante, rico...

— Isso é loucura, Zoey. Você está paranoica — disse, sua voz ficando mais alta. — Completamente paranoica e...

— Ela o quê, Alex? — perguntei suavemente.

— Ela tentou me incriminar — disse, sua voz saindo rouca. — Quero dizer, se algo tivesse dado errado... era meu carro. Tecnicamente, seria fácil jogar a culpa em mim.

Senti uma mistura de alívio e satisfação sombria. Alívio porque confirmava que Alex era inocente no acidente, e uma satisfação que não me orgulhava de sentir ao ver Alex descobrindo que Elise, a mulher com a qual ele havia me traído, era capaz de coisas muito piores do que infidelidade.

— Ótimo — disse, minha voz mais gentil agora. — Então agora você sabe quem ela realmente é.

Alex assentiu lentamente, ainda olhando para os documentos como se não conseguisse acreditar no que estava vendo.

— O que vocês querem de mim? — perguntou finalmente.

— Sua cooperação — Christian respondeu. — Você vai nos ajudar por bem ou por mal.

Alex o encarou por um longo momento, então suspirou profundamente.

— O que posso fazer é conseguir uma cópia do HD da Elise e entregar para vocês — disse. — Ela guarda tudo no computador, e-mails, documentos, conversas...

— Preciso de tudo — Christian o interrompeu. — Todos os acessos a e-mails, senhas, backup do celular, histórico de navegação. Tudo.

— Posso tentar — Alex disse hesitantemente. — Talvez demore um pouco, mas...

— Você tem três dias — Christian o interrompeu novamente, sua voz fria como gelo.

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