Aliança Provisória - Casei com um Homem apaixonado por Outra romance Capítulo 51

As palavras ecoaram na minha cabeça como um trovão. Eu congelei, o corpo todo gelado, sem saber como reagir.

Ele nunca falou comigo daquela forma. Nunca. Eu queria perguntar o que estava acontecendo, mas, antes que eu pudesse abrir a boca, ele se aproximou de mim de forma brusca, segurando meu braço com força e me puxando em direção a ele.

— Vai embora da minha casa agora!

Tentei puxar meu braço, sentindo a dor aumentando ainda mais. Ele realmente estava apertando para me machucar.

— Do que você está falando?

Ele riu, uma risada amarga, tão cheia de desprezo, aumentando ainda mais a força em sua mão. Um gemido baixo deixou meus lábios enquanto tentava me soltar. O que diabos tinha acontecido?

— Eu fui um tolo. Achei que podia viver com você... Eu realmente pensei que você me amasse... Mas tudo isso não passou de um plano. Um plano seu. Você e aquele enfermeirozinho.

Olhei para ele sem entender.

— O que você está dizendo? Me solta, você está me machucando, Alessandro.

Eu tentei puxar o braço de novo, mas ele me segurou com ainda mais força, machucando-me.

— Você me machucou primeiro. Eu confiei em você. Eu realmente confiei.

Eu senti as lágrimas queimando meus olhos, e a dor dentro de mim foi tão forte que me deu vontade de gritar.

— Eu não sei do que você está falando, Alessandro. Agora me solta!

Minha voz estava falhando, mas eu ainda não entendia o que estava acontecendo. Ele me empurrou com força, me fazendo cair no sofá.

Instintivamente, coloquei as mãos na minha barriga, com medo de machucar o meu filho. A ideia de ele machucar o bebê fez meu coração parar por um segundo.

Alessandro se inclinou para a frente, rindo de forma cruel.

— Está com medo de perder o filhinho, é isso? Vai perder mesmo, Larissa. Vai perder tudo o que você tentou construir.

Eu arregalei os olhos. Como… como ele descobriu?

Ele se aproximou ainda mais, apoiando as mãos no braço da poltrona, e se inclinou ficando próximo de mim.

— Eu descobri que você está grávida, Larissa. E que estava planejando me enganar. Dizer que esse filho era meu.

O empurrei com toda a força que eu tinha, me levantando do sofá.

— Eu não estou grávida!

Ele virou-se para Chiara, que estava ali observando com um sorrisinho contente no rosto.

— A pasta.

Chiara pegou algo da bolsa dela e, com um gesto quase casual, entregou a pasta a ele. Alessandro a abriu, tirando uns papeis de dentro e jogando na minha direção. Eu os peguei, e quando olhei, vi os resultados de um exame.

Meus olhos se arregalaram enquanto o choque tomava conta de mim. Era o meu exame de gravidez. E, junto com ele, havia fotos minhas entrando na clínica da obstetra. Eu fiquei ali, imóvel, segurando os papeis tentando entender como ele conseguiu. Meus olhos encontraram os de Chiara, que sorria vitoriosa. Essa desgraçada.

— Alessandro, eu posso explicar… O filho… Ele é seu, eu não… Não fui com mais ninguém. Eu estava escondendo porque tudo estava acontecendo, tudo… — A minha voz falhou.

Eu sentia meu coração bater forte, mas o medo e a angústia estavam me engolindo. Eu queria dizer mais, mas parei de falar quando vi o olhar dele.

Ele avançou na minha direção com uma fúria que me fez engolir em seco. Quando ele me pegou pelo queixo, forçando minha cabeça para trás, o choque foi tão grande que nem consegui reagir no começo.

Ele estava tão perto de mim, seus olhos cheios de ódio, de dor, de uma raiva pura que me fez sentir como se estivesse sendo cortada por uma faca.

Ele não disse nada no começo, apenas me segurou ali, me forçando a olhar para ele, e eu vi a lágrima que escorreu pelo seu rosto. Uma lágrima de tristeza, mas também de puro ódio.

— Vai embora da minha casa, Larissa. Você vai assinar o divórcio e não vai levar nada de mim. E se você ousar querer qualquer coisa, eu vou acabar com o Guilherme — ele disse, com a voz tão fria e cortante que me fez gelar por dentro.

Eu olhei para ele, sem acreditar nas palavras que saíam de sua boca. Meu peito estava apertado, como se a dor estivesse se espremendo contra os meus pulmões. Eu não conseguia respirar direito. Senti uma dor intensa na barriga, mais forte do que antes e me encolhi, gemendo de dor.

— Me ajuda… — pedi, sem conseguir controlar a voz que tremia. Mas ele apenas me olhou, com uma lágrima escorrendo do canto dos olhos que a limpou com tanta raiva, como se fosse algo a mais que o ferisse.

Eu fechei os olhos, tentando aguentar a dor, mas o que eu sentia era uma vertigem intensa. Meu corpo começou a enfraquecer, e minha visão ficou turva.

Foi quando ouvi os passos apressados de Margarida entrando correndo pela porta, chamando meu nome.

— Larissa, o que está acontecendo?

Alessandro, sem nem olhar para trás, simplesmente virou-se e pediu, com a voz fria como nunca antes:

— Leve-a para o hospital. Não quero vê-la aqui nunca mais.

A última coisa que vi antes de perder a consciência foi ele se abaixando no sofá e pegando Chiara no colo, indo em direção a escada.

***

Acordei com uma dor de cabeça tão forte que pensei que minha ela fosse explodir. A luz fraca do hospital parecia cortar minha visão e eu tentei abrir os olhos lentamente, sentindo uma leve vertigem.

Olhei ao redor e vi Catherine vindo na minha direção. Ela se aproximou, seu rosto cheio de preocupação e cansaço, e me olhou como se tentasse disfarçar o medo.

— Larissa, eu não sei se o meu coração aguenta tanto susto. — Ela tentou sorrir, mas o esforço era claro. Eu percebi que estava muito mais abalada do que imaginava.

Sentei devagar, ainda sentindo a dor no pé da barriga, como uma pressão constante. Minha mão foi instintivamente para lá, tentando aliviar a sensação de desconforto. Respirei fundo, tentando me acalmar.

— Como... Como está o meu filho? — Minha voz saiu baixa, trêmula, e eu senti meu corpo se contrair de medo.

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