Aliança Provisória - Casei com um Homem apaixonado por Outra romance Capítulo 156

O sol dourava o jardim e fazia a decoração brilhar como um cenário tirado de um sonho. As cores vivas do mundo de Divertidamente estavam em todo canto: mesas com personagens infláveis, balões flutuando, docinhos personalizados, e o enorme bolo de três andares com todas as emoções sorrindo no topo. Era impossível olhar tudo aquilo e não sorrir feito um bobo.

Larissa estava ao meu lado, com aquele vestido alegre que parecia feito sob medida pra ela. E Gabriel? Gabriel era o dono do mundo naquele momento, correndo descalço pela grama com a capa vermelha do Raivoso balançando nas costas.

Segurei a mão da Larissa e fomos em direção ao jardim, onde os primeiros convidados já estavam chegando. Assim que passamos pelo arco de balões, minha tia surgiu do meio da decoração, sorrindo largo, vestida com uma blusa florida e olhos brilhantes.

— Tia! — abri os braços, e ela me envolveu num abraço apertado.

— Meu Deus, Alessandro… que lugar lindo. Que festa maravilhosa!

— Foi tudo pra ele — respondi, olhando pra Gabriel que agora pulava na piscina de bolinhas. — Tia, quero te apresentar…

Virei para Larissa, que se aproximou com aquele sorriso acolhedor de sempre.

— Essa é a Larissa, e esse furacãozinho ali — apontei pro Gabriel, que já nos espiava de longe — é o Gabriel.

Minha tia olhou para Larissa com carinho e estendeu a mão.

— Já ouvi tanto sobre você. Fico muito feliz em finalmente te conhecer.

— O prazer é meu — Larissa respondeu com gentileza.

— E você deve ser o famoso Gabriel! — minha tia chamou, e ele correu até ela, curioso. — Eu sou a tia do seu pai!

Ele olhou pra ela com um sorrisinho tímido.

— Você trouxe presente?

— Claro que trouxe! — ela riu, puxando um pacote enorme com uma embalagem brilhante. — Acho que vai gostar.

Ele arrancou o laço com ansiedade e, quando viu o robô interativo dentro, gritou.

— MÃÃÃE! Olha o que eu ganheeeeei!

Larissa riu e fez sinal pra ele brincar com cuidado. Aquele sorrisão dele era meu maior troféu. De verdade.

Aos poucos os outros convidados chegaram. Não eram muitos, só os mais próximos. Os amiguinhos da escola começaram a correr em volta dos brinquedos: escorregador inflável, piscina de bolinhas, cama elástica, até um touro mecânico adaptado pras crianças. Rafael e Diogo, claro, estavam disputando quem caía mais rápido no touro.

Tereza e Lúcio apareceram pouco depois, trazendo lembrancinhas e salgadinhos. Lúcio já foi direto brincar com Gabriel, os dois deitados montando bloquinhos enquanto Tereza se maravilhava com cada detalhe da decoração.

— Menino, vocês se superaram! — ela disse, me abraçando. — Essa festa tá mais bonita que casamento de novela!

— Eu só queria ver o Gabriel feliz.

— E a Larissa? — ela perguntou baixinho, com aquele olhar esperto.

— Ela é meu começo e meu recomeço — respondi, sem precisar pensar muito.

O tempo passou rápido, rindo, brincando, comendo. E então, chegou o momento do parabéns.

A música cessou por um instante e todos se reuniram em volta da mesa com o bolo. Eu fiquei mais afastado, perto do Diogo. A mesa estava cheia, colorida, linda. Gabriel foi colocado numa cadeirinha em frente ao bolo, com a coroa de papel na cabeça e um sorriso de orelha a orelha.

Eu ia continuar ali, só observando de longe, até que vi ele procurando alguém com o olhar e pousar em mim.

— PAPAI! VEM!

Tudo parou dentro de mim e o tempo congelou.

Meu coração deu um salto tão forte que eu precisei de um segundo pra entender. Me virei, achando que era minha imaginação.

Mas não era.

Ele estava com a mãozinha estendida pra mim, os olhos brilhando, um sorrisão no rosto.

— Vem, papai! Aqui do lado!

Olhei pra Larissa, que me olhava com os olhos cheios d’água. E foi aí que tudo dentro de mim desabou. Um turbilhão de coisas, um nó na garganta, o peito tão apertado e cheio ao mesmo tempo.

Meu filho me chamou de pai.

A primeira vez.

De verdade, em voz alta, na frente de todo mundo.

Me aproximei devagar, sentindo os olhos em mim, mas não ligando pra nenhum deles. Gabriel me puxou pela mão e me colocou do lado dele, como se aquele fosse meu lugar desde sempre. E era.

— Agora pode começar! — ele gritou, animado.

E todo mundo começou:

🎵 "Parabéns pra você, nessa data querida…" 🎵

Eu bati palmas meio perdido, com os olhos molhados. A voz embargava, mas eu cantei. Porque aquele momento era o meu milagre.

— É pique! É pique! É pique é pique é pique! — gritavam as crianças.

— É hora! É hora! — Rafael e Diogo gritavam juntos, bagunçando tudo.

— Rá-tim-bum!

— GABRIEEEEEEEL! — todos cantaram, e o pequeno fez um pedido e assoprou a vela com força.

Aplausos, confetes, risadas.

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