Aliança Provisória - Casei com um Homem apaixonado por Outra romance Capítulo 155

Depois, já com os corpos relaxados e as roupas de volta no lugar, estávamos terminando de nos vestir quando o celular da Larissa começou a vibrar.

— É o Gabriel — ela disse, animada, mostrando a tela com a chamada de vídeo.

— Vamos atender — falei, já indo me sentar com ela na beira da cama.

Ela atendeu, e a imagem tremeu um pouco, provavelmente estava segurando o celular todo torto, como sempre fazia.

— Mãe! Tio Alessandro! — a voz dele ecoou animada.

— E aí, campeão! — sorri, me aproximando da câmera. — Tá tudo bem por aí?

— Tá sim! Como foi o avião? Já chegaram? O hotel é bonito? Tem piscina? Tem comida boa?

— Calma, Gabi! — Larissa riu. — Um de cada vez!

— O avião foi tranquilo — falei. — A sua mãe quase dormiu no meu ombro.

— Mentira! — ela riu, me empurrando de leve com o ombro. — Ele que dormiu primeiro.

Gabriel gargalhou.

— Queria estar aí também… mas o vô disse que a gente vai fazer um bolo de chocolate hoje.

— Aproveita, hein — falei. — Depois quero foto, viu?

Ele assentiu com tanta força que quase derrubou o celular.

— Aaaah! Caiu! — ouvimos ele reclamar enquanto ajeitava de novo. — Voltei!

— A gente te ama, filho — Larissa disse, com os olhos doces.

— Também amo vocês. Tio Alessandro… você vai me ensinar a nadar mesmo?

Meu peito apertou de um jeito bom.

— Claro que vou. A gente já marca isso quando voltar, fechado?

— Fechado!

Larissa me olhou com um sorriso cheio de carinho. Era assim que eu queria a vida daqui pra frente. Ela. Gabriel. Essa conexão que crescia a cada dia.

Ficamos mais alguns minutos ouvindo as histórias do dia dele, até que a ligação caiu porque ele apertou algum botão sem querer. Nós dois rimos.

— Esse menino... — Larissa balançou a cabeça, encantada.

Eu encostei minha testa na dela e sussurrei:

— A gente já é uma família, né?

Ela apenas assentiu, com aquele sorriso bobo que eu já sabia que era pra mim.

Na manhã seguinte, o auditório já estava movimentado. Stands montados, painéis digitais prontos, café sendo servido. Era uma correria, mas tudo estava sob controle.

— Nervosa? — perguntei, me aproximando de Larissa.

Ela ajeitou o crachá com o nome dela e soltou um suspiro.

— Um pouco. Mas é aquele nervosismo bom. De querer dar tudo certo.

— Vai dar. A gente se preparou e você está incrível.

Ela sorriu, e eu quis beijar ela ali mesmo, mas segurei. Trabalho era trabalho. Quase sempre.

No palco, durante a apresentação, ela começou a falar sobre a fusão de ideias e objetivos entre as empresas. A clareza dela impressionava. Cada palavra, cada dado, cada gráfico… tudo no tempo certo.

Quando chegou minha vez, peguei o microfone, respirei fundo e olhei pro público.

— A verdade é que a ideia de parceria veio da pessoa mais inteligente dessa sala — falei, olhando pra Larissa. — E eu só tive a sorte de aceitar.

A plateia riu leve, e dali em diante, tudo fluiu. Falamos sobre expansão, impacto, metas ousadas, e sobre como estávamos prontos pra um novo ciclo. Ao final, aplausos. Muitos.

— Foi perfeito — ela sussurrou, do meu lado, assim que saímos do palco.

— Você foi perfeita — corrigi, e ela abaixou o rosto, corada.

E então começaram a vir os investidores.

— Alessandro Moratti! — um deles, um sujeito alto de cabelo grisalho, apertou minha mão. — Impressionante. Aquela parte da integração entre os setores foi genial.

— Mérito da nossa equipe. E, claro, da Larissa — indiquei.

— O trabalho de vocês está impecável. Quero conversar com mais calma. Estamos abrindo nova rodada de investimentos e tenho certeza de que há sinergia entre nossas empresas — ele disse, entregando o cartão.

Outros vieram também. Uma mulher da área de inovação do Sul, um grupo europeu com sede no Brasil… todos interessados.

Larissa sorria, orgulhosa. Eu sabia o quanto aquele momento era importante pra ela e pra mim também.

Quando a maioria já tinha se dispersado, ela se aproximou devagar, ainda com um brilho no olhar.

— Você tá bombando, hein?

— A gente tá. Isso aqui só é o que é por sua causa também.

— Foi só trabalho em equipe.

— E a equipe aqui — falei, puxando ela de leve pelo braço — é uma das coisas que eu mais amo na minha vida agora.

Ela me olhou com aquele jeito dela, meio desconfiado, meio risonho.

— Cuidado, a gente ainda tá em evento. Vai que alguém escuta?

— Tomara que escute. — Sorri. — Quero deixar bem claro que é com você que eu tô. E que quero construir tudo isso. Com você e com o Gabriel.

Ela segurou minha mão, apertando de leve.

— Eu também quero isso.

Ficamos em silêncio por alguns segundos, só trocando aquele olhar que diz tudo.

***

A casa estava uma correria gostosa. Gente subindo, descendo, montando decoração, som de risadas ecoando. Mas o que mais me fazia sorrir era a cena ali na minha frente: Gabriel correndo pelo corredor, só de cuequinha, enquanto Larissa tentava, sem sucesso, colocar nele a roupa da fantasia.

— Gabriel! Volta aqui agora! — ela chamou, entre risos e exaustão, com aquele tom que só mãe sabe usar.

O pequeno gargalhava alto, desviando de almofadas pelo chão como se fosse um super-herói em fuga.

— Deixa comigo! — anunciei, surgindo atrás dele e pegando ele no colo de surpresa.

— Aaaaah! — ele gritou, rindo, jogando a cabeça pra trás. — Isso é traição!

— Isso é missão de emergência. Sua mãe já tá quase arrancando os cabelos. — Brinquei, jogando ele por cima do ombro como um saco de batatas.

— Me solta, grandão! — ele esperneava entre gargalhadas.

— Agora é comigo, monstrinho. Vou te deixar tão bonito que até a Alegria vai pedir uma selfie com você.

Larissa apareceu na porta com a fantasia nas mãos, sorrindo.

— Tem certeza que dá conta?

— Pode ir tranquila. Vou deixar esse furacão prontinho.

Ela arqueou a sobrancelha, duvidando um pouco, mas sorriu.

— Boa sorte então.

Entrei com Gabriel no quarto e o sentei na cama. Ele olhou pra fantasia do Raivoso com um brilho nos olhos.

— É a melhor de todas! Eu vou gritar bem alto igual ele!

— Vamos tentar deixar esse grito pro palco, combinado? — ri, pegando o creme e começando a passar nas perninhas dele. — Mas o Raivoso também tem que estar cheiroso.

— Ah não, cheiroso não! — ele reclamou, rindo.

— Cheiroso sim! Tem convidados importantes hoje, sabia? Vai que vem a Tristeza ou a Nojinho…

— Se a Nojinho chegar, eu mostro minha careta de bravo!

— Eu duvido. Vai treinar pra mim?

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