Aliança Provisória - Casei com um Homem apaixonado por Outra romance Capítulo 26

(Alessandro)

Sentei sozinho na sala de estar, o silêncio ao meu redor parecia ensurdecedor. Eu esperava ansiosamente pelo retorno de Larissa, mas à medida que as horas passavam e a noite caía, a sensação de solidão e frustração se aprofundava dentro de mim.

Peguei meu celular e disquei o número de Larissa, mas ela não atendeu. Tentei novamente mais tarde, mas fui recebido pelo silêncio impiedoso do outro lado da linha.

A raiva começou a borbulhar dentro de mim, misturada com uma dor lancinante que eu lutava para entender.

No domingo de manhã, tentei novamente ligar para ela, mas mais uma vez fui ignorado. A rejeição queimava em meu peito. Me perguntava onde ela estava, o que ela estava fazendo, com quem ela estava.

Enquanto me afundava em pensamentos, meu telefone tocou, interrompendo meus devaneios.

Vi o nome de Chiara piscando na tela, mas eu não tinha energia para falar com ela. Minha mente ainda estava atormentada pelas palavras de Larissa, pela maneira como ela me enfrentou com tanta coragem e determinação.

Rejeitei a ligação de Chiara, deixando o telefone de lado com um suspiro pesado. Meus pensamentos continuavam voltando para Larissa, para a maneira como ela me desafiou, a força em sua voz quando ela pediu o divórcio.

O dia amanheceu e nada de Larissa, ela não deu nenhuma notícia nem para Margarida. Mas hoje eu a encontrarei na empresa. Tomei um banho e me preparei para ir trabalhar.

Caminhei pelos corredores da empresa, com a intenção de falar com Larissa assim que chegasse, mas uma série de reuniões e questões urgentes surgiram, mantendo-me ocupado até a tarde.

Finalmente, quando uma breve pausa surgiu em minha agenda lotada, decidi que era hora de resolver as coisas. Chamei minha assistente, Liliane e pedi para que ela mandasse Larissa para minha sala imediatamente.

Alguns minutos se passaram e a porta de minha sala se abriu, revelando a figura de Larissa parada no limiar. Ela parecia tensa, os olhos encontrando os meus com uma mistura de apreensão e determinação.

一 Sr. Alessandro, você queria me ver? - perguntou, sua voz suave carregada com uma pitada de raiva.

Assenti, convidando-a a entrar e fechar a porta atrás dela.

一 Você precisa voltar para casa imediatamente. - Ordenei, minha autoridade transbordando em cada palavra.

Larissa ergueu o queixo, seus olhos faiscando com determinação.

一 Eu não vou voltar para casa só porque você está ordenando, Alessandro. - ela retrucou, sua voz firme apesar da tempestade de emoções que fervilhava em seu olhar.

Franzi o cenho, minha paciência se esgotando rapidamente.

一 Você não está entendendo. Não estou perguntando se você quer, eu estou ordenando.

Ela deu um passo à frente, seus olhos brilhando com raiva.

一 Não vou te obedecer dessa vez, Alessandro. Eu posso cuidar de mim mesma e não vou voltar para casa só porque você acha que é o dono da verdade.

Cerrei os punhos, lutando para manter a calma diante da teimosia dela.

一 Se você não voltar para casa imediatamente, vou garantir que todos que você ama paguem por isso.

一 Você não ousaria. - Larissa retrucou, sua voz tremendo com raiva contida.

Levantei e caminhei até ela, parando em sua frente e me inclinando ligeiramente.

Diogo me encarou sério, sem piscar.

— Porque eu sabia que isso ia mexer com você. - falou sem nem piscar. — Eu sabia que você sente alguma coisa por ela, Alessandro.

Fechei as mãos, sentindo o controle escorrer pelos dedos. Ele podia até estar certo... mas ouvir isso do próprio Diogo só piorava tudo.

— Isso não te dá o direito de se meter na minha vida. - falei entre os dentes, segurando a raiva.

Ele levantou uma sobrancelha, ainda com aquela calma irritante.

— E você tem o direito de se meter na vida dela? - mandou de volta, sem nem levantar o tom.

Fiquei em silêncio por um segundo. Aquilo me acertou em cheio. Era verdade. Eu estava tentando controlar tudo... e ela não merecia isso.

— É complicado, cara. Eu nem sei o que tô sentindo direito... e ainda tem a Chiara. - falei mais baixo, meio perdido no meio da confusão que era a minha cabeça.

Diogo assentiu, mais compreensivo agora.

— Eu sei. Mas, olha... tenta pegar mais leve. Você tá afastando a Larissa. E se continuar assim, quando se tocar do que realmente sente... pode ser tarde demais.

As palavras dele ficaram martelando na minha mente. Eu sabia. No fundo, eu sabia que ele estava certo. Mas encarar isso... doía pra caramba.

E talvez... talvez já estivesse mesmo ficando tarde demais.

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