Aliança Provisória - Casei com um Homem apaixonado por Outra romance Capítulo 16

Respirei fundo enquanto finalizava os últimos detalhes do design do novo projeto de creme para a pele. Havia trabalhado incansavelmente para garantir que cada aspecto do produto fosse perfeito, desde a embalagem até a identidade visual da marca.

Finalmente satisfeita com o resultado, levantei e fui até a sala do Sr. Oliveira.

一 Ah, Larissa, que bom que você está aqui. - disse o Sr. Oliveira com um sorriso falso no rosto. 一 O projeto está pronto?

Assenti com confiança.

一 Sim, Sr. Oliveira. Estou pronta para apresentar o design final.

O Sr. Oliveira assentiu e levantou-se, indicando que o seguisse até o escritório de Alessandro, onde a avaliação final seria feita.

Ao entrarmos na sala, me deparei com Alessandro sentado atrás de sua mesa, ao lado de um homem alto e bem vestido que reconheci imediatamente como Diogo, o melhor amigo dele.

Senti uma onda de desconforto ao vê-lo ali, sabendo que sua presença só complicaria as coisas.

一 Boa tarde, Alessandro. Boa tarde, Diogo. - cumprimentei-os, tentando manter uma expressão profissional.

Alessandro apenas acenou de forma distante, sua expressão fechada. Diogo, por outro lado, sorriu calorosamente para mim, seus olhos brilhando com interesse.

Desde quando conheci Alessandro, que Diogo se tornou presente, ele sempre foi gentil e eu gostava da sua companhia, mas Alessandro não gostava de nós dois juntos. Certamente, ele não queria me envolver com pessoas próximas a ele.

一 Olá, Larissa. É um prazer revê-la. - disse Diogo, sua voz suave e cativante.

Sorri em resposta, me sentindo desconfortável sob o olhar penetrante de Alessandro. Virei para o Sr. Oliveira, esperando começar a apresentação o mais rápido possível para escapar da situação desconfortável.

一 Vamos começar, Sr. Oliveira? - Sugeri, minha voz um pouco trêmula.

O Sr. Oliveira assentiu e então comecei a apresentar o design do projeto, explicando cada aspecto com confiança e precisão. No entanto, eu mal conseguia me concentrar em minhas próprias palavras, distraída pela presença de Diogo e pela frieza de Alessandro.

Ao terminar a apresentação, olhei para Alessandro em busca de uma resposta, meu coração batendo forte com a ansiedade. No entanto, em vez de dar uma avaliação, ele apenas me encarou com frieza, seu olhar cheio de desdém.

一 É isso aí, Larissa? - perguntou, sua voz fria e distante. 一 Você pode sair agora.

Sentindo como se tivesse levado um soco no estômago com a falta de interesse vinda de sua parte, mas me virei para sair do escritório, tentando ignorar a sensação de humilhação que me consumia.

Antes que pudesse deixar a sala, ouvi a voz de Diogo chamando por mim. Me virei, encontrando o olhar gentil dele.

一 Larissa, espere um momento. - disse Diogo, seu sorriso amigável contrastando com a frieza de Alessandro.

Hesitei por um momento, mas decidi me aproximar, esperando pelo que Diogo tinha a dizer enquanto o senhor Oliveira deixava a sala.

一 Eu só queria dizer que seu trabalho é incrível. A embalagem que você projetou é simplesmente deslumbrante.

Senti um calor reconfortante ao ouvir os elogios.

一 Obrigada, Diogo. Significa muito para mim. - respondi, sentindo um leve rubor colorindo minhas bochechas.

Alessandro permaneceu em silêncio, observando a interação com uma expressão impenetrável. Diogo virou-se para ele com um sorriso brincalhão.

一 E então, Alessandro, o que você achou do trabalho de Larissa?

Alessandro permaneceu em silêncio por um momento, sua expressão impassível. Então, ele finalmente falou, sua voz fria e distante.

一 Está ok. - disse ele simplesmente, desviando o olhar.

Meu coração se afundou com a resposta indiferente. Eu sabia que não deveria deixar que meus sentimentos fossem afetados por ele, mas ainda assim, a rejeição doeu.

Diogo percebeu a tensão entre nós e decidiu mudar de assunto, esperando dissipar o clima pesado.

一 Bem, eu vou indo. - disse, levantando-se da cadeira. 一 Foi um prazer vê-la novamente, Larissa. E Alessandro, se precisar de mais alguma coisa, estarei por perto.

Com um último aceno, Diogo saiu da sala, deixando eu e Alessandro sozinhos. A tensão entre nós era palpável, e me senti aliviada quando finalmente saí da sala, fechando a porta atrás de mim.

***

一 O que isso significa, Larissa?

一 Nada. - Disse, tentando pegar o buquê de volta, mas Alessandro com raiva, o arremessou na parede, fazendo com que as pétalas se despedaça se pelo quarto.

一 Por que você fez isso? - Perguntei com raiva, prestes a correr até elas, mas uma mão envolveu o meu braço com força e puxou-me para permanecer na sua frente.

一 Quem te mandou esse buquê? - Gritou, com uma voz tão raivosa que fez meu coração disparar.

一 Me solta! - Tentei puxar meu braço, sentindo que estava me machucando ainda mais.

一 Me diz ou eu vou descobrir e se for dessa maneira, você se arrependerá!

O olhei nos olhos, vendo como eles brilhavam da mais pura raiva. Em um movimento sem pensar, grudei meus dentes no seu braço com força o fazendo me soltar.

O gosto metálico surgiu na minha boca e passei a mão por ela, vendo um rastro de sangue. Alessandro me olhou em choque antes de encarar o seu antebraço, que estava sangrando por causa da mordida.

一 Você ficou louca? Por acaso se tornou um animal?

一 Você está me tornando um! - Gritei, indo até as rosas no chão e as juntando.

Minhas ações pareceu irritar ainda mais, pois Alessandro puxou-me para que eu caísse de bunda no chão e movido pela raiva, pegou as rosas e foi até a janela, às jogando de lá de cima.

Observei a cena, sentindo as lágrimas surgirem nos meus olhos. O que diabos ele queria?

一 Por que você fez isso? Passa três noites com aquela desgraçada e vem aqui para me infernizar?

一 Eu já disse que não perdoo traição. - Respondeu de maneira calma, mas o seu rosto ainda estava sombrio. Alessandro se aproximou, agachando em minha frente e segurando meu queixo para que o encarasse.

一 Você só estará livre para fazer o que quiser quando eu permitir, fora isso, você vai se manter como um cachorro obediente e fazer tudo o que eu mandar.

Acertei um tapa em sua mão, a afastando do meu rosto sentindo a raiva borbulhar dentro de mim. Levantei-me do chão e me tranquei no banheiro.