Na minha mente, restava apenas um pensamento: era necessário esfriar, sentir o corpo fresco para estar confortável.
"Não, não vá..."
Os braços delicados de Amélia se enrolaram nos ombros de Sávio, e seu corpo macio e perfumado se aproximou voluntariamente.
"Tio, estou me sentindo tão mal."
Sávio lutava tanto contra a agitação de seu corpo quanto contra a pena que sentia pela jovem em seus braços.
Seu rostinho estava anormalmente ruborizado, a testa coberta de suor fino, claramente sofrendo muito.
Sávio não pôde evitar gritar em direção à porta: "Onde está o médico?!"
"Sr. Queiroz, o médico está preso no trânsito, temo que não consiga chegar tão cedo, isso..."
Lágrimas pendiam nos olhos de Amélia, que balançava como se fosse desabar.
Seu rosto limpo era a própria imagem da vulnerabilidade, frágil e inocente, evocando uma profunda piedade.
"Estou me sentindo tão mal, desconfortável. Será que estou doente?"
"Você foi drogada, mas vai melhorar quando o médico chegar. Seja forte, aguente mais um pouco."
Amélia o abraçou pelo pescoço, sua voz era suave e fraca, como um gatinho miando.
"Estou me sentindo tão mal, tio, por favor, me ajude..."
Sávio fechou os olhos, seu atraente pomo de adão se movendo para cima e para baixo.
"Quanto tempo mais?"
"Sr. Queiroz, temo que no mínimo vinte minutos para chegar aqui."
Sávio respirou fundo, como se tivesse tomado uma decisão.
Ele ergueu a jovem do sofá, permitindo que ela se aconchegasse firmemente contra seu peito.
Com emoções complexas, Sávio perguntou: "Menina, quando você acordar, vai me culpar?"
Mas a pessoa em seus braços, inevitavelmente, não poderia responder adequadamente à sua pergunta.
Sávio não suportava mais vê-la esperar, afinal, eles já eram marido e mulher, e esse dia estava destinado a chegar eventualmente.
Apesar de tomar essa atitude sob tais circunstâncias, sentia que lhe devia muito.
"Menina, vou quebrar minha promessa."
Ele havia prometido esperar até que seus olhos se recuperassem para consumar o casamento.
Mas, dada a situação, ele simplesmente não podia suportar vê-la sofrer mais.
Se ela acordasse e o culpasse, Sávio só poderia esforçar-se para curar as feridas causadas a ela.
"Uh..."
Amélia soltou um gemido suave, seguido por soluços intermitentes e murmúrios delicados.
Finalmente, o médico chegou às pressas, entrando na sala de estar esplêndida no térreo.
"Onde está o paciente? E o Sr. Queiroz? Eu trouxe o antídoto, uma injeção e garanto que vai melhorar."
"No andar de cima."
Sons ambíguos ecoavam pela mansão.
O rosto do médico corou, e ele tossiu embaraçosamente duas vezes, entendendo a situação e se virou para ir embora, "Parece que não precisam mais de mim."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Virei Seus Olhos Neste Mundo Sujo
Não vai haver novos capítulos?...