Virei Seus Olhos Neste Mundo Sujo romance Capítulo 307

Independente dos motivos que trouxeram Sávio até aqui, o mais importante era que ela precisasse sair rapidamente.

Helena correu em direção à escada de incêndio, mas não havia ido muito longe quando viu que seguranças guardavam cada entrada.

Que situação complicada!

Helena, como um rato tentando cruzar a rua, escondeu-se entre os andares, até que finalmente encontrou um uniforme de limpeza descartado em uma lixeira.

Ao retirá-lo, um cheiro nauseante se espalhou, quase fazendo-a vomitar.

Mas Helena não tinha escolha, a não ser segurar sua respiração, vestir o uniforme, pegar algumas ferramentas e entrar no banheiro, de onde escapou pelo duto de ventilação.

Assim que conseguiu fugir, Helena não pôde evitar e apoiou-se na parede para vomitar. Ao olhar para baixo, viu que sua roupa amarela já estava coberta de sujeira.

Ela rapidamente se desfez da roupa, mas ainda assim, um cheiro desagradável persistia em seu corpo, torturando-a até quase enlouquecer!

Ela gravaria aquela humilhação em sua memória!

Por que Amélia tinha tanta sorte? Por que sempre que enfrentava perigo, conseguia escapar por um triz?

Será que ela era realmente favorecida pelos céus?

Se não fosse pela chegada precoce do Sr. Queiroz, seu plano teria sido um sucesso!

Mesmo que o Sr. Queiroz chegasse uma hora ou meia hora mais tarde, mas ele precisava aparecer justo naquele momento!

O ódio dentro de Helena crescia cada vez mais, mas ela não ousava confrontar Sávio.

Então, ela direcionava todo o seu rancor contra Amélia!

Um dia, ela faria com que Amélia perdesse tudo! Voltaria a ser aquela caipira, uma simples coxinha!

...

"Amélia, Amélia..."

Entre sonhos e realidade, Amélia parecia ouvir a voz de seu tio.

Mas como seu tio poderia estar ali? Deve ser um sonho.

Ela se sentiu sendo levantada, como se alguém a carregasse às pressas.

Essa pessoa cuidava dela com todo o cuidado, como se fosse um tesouro frágil.

Ele segurou suas mãos bagunceiras, "Aguente firme, o médico já está a caminho."

Mas seu toque trouxe a Amélia um alívio fresco.

Inconscientemente, ela se aproximou dele, buscando mais daquela sensação refrescante.

"Confortável, me abrace..."

Ela estava tão quente, querendo se agarrar àquele 'bloco de gelo' para sempre, pois era extremamente confortável.

Sávio, embora não estivesse sob efeito de nenhum medicamento, era um homem normal.

A mulher que amava se esfregava e tocava nele, e mesmo com toda a sua força de vontade, era difícil não se sentir afetado, suas palavras saíram roucas e ásperas, exalando a sensualidade de um homem maduro.

"Não se mexa."

Sávio lutava contra a tensão, segurando as mãos inquietas dela.

Mas Amélia, mais desobediente que uma pessoa embriagada, não tinha consciência de suas ações naquele momento.