De repente, uma folha de papel surgiu diante de Adriana.
Ela estava prestes a recusar, mas uma gota úmida caiu sobre suas mãos.
"Obrigada," disse ela, com a voz abafada.
"Ele está bem, vamos sair primeiro," Antônio a tranquilizou.
Adriana assentiu, virou-se e saiu apressadamente do quarto, enquanto limpava desajeitadamente o rosto.
Junto com Antônio, saiu também Evaldo.
Evaldo não parecia bem, mas sua postura profissional ainda estava lá.
Ele se aproximou de Adriana e, com um tom de desculpas, disse: "Sra. Guerreiro, desculpe, eu não deveria ter agido por impulso."
Adriana balançou a cabeça e perguntou: "Sempre houve alguém assim perto de mim?"
"Sim," Evaldo explicou, "entrar é fácil, sair é difícil. Neste mundo, só os mortos não representam ameaça."
Ao ouvir isso, o rosto de Adriana ficou pálido.
Ela pensou que, ao se afastar de Jaques, tudo voltaria ao normal.
Afinal, sua vida valia tanto, só de pensar nisso era risível.
Por um lado, a desprezavam, por outro, gastavam uma fortuna para se livrar dela.
A grande sala mergulhou em silêncio.
Antônio deu um empurrãozinho em Evaldo, tentando aliviar o ambiente: "Pronto, não a assuste assim, o que aconteceu hoje já deve garantir alguma paz por um tempo."
Evaldo assentiu, olhou para o relógio e disse: "Preciso sair, vou deixar vocês por aqui."
Adriana olhou para Evaldo, curiosa. Jaques ainda estava deitado na cama, então não fazia sentido Evaldo sair.
"Evaldo, para onde você vai?"
"Entregar umas coisas."
Evaldo não deu detalhes e saiu da casa.
Adriana franziu a testa, e Antônio a conduziu gentilmente para se sentar.
"Descanse um pouco, vou preparar um café."
"Tá bom."
Adriana massageou a cabeça confusa.
Antônio escolheu o café que Jaques costumava beber.
Depois de preparar, os dois se sentaram.
Adriana tomou alguns goles, e sua mente começou a se acalmar.
"Se sentindo melhor?" Antônio perguntou.
Adriana apertou a xícara e respondeu suavemente: "O que você quer dizer?"
Antônio sorriu: "O que eu teria para dizer? Não temos desentendimentos, só espero que você dê uma chance aos outros."
"Desentendimento? O que eu sofri foi apenas um mal-entendido?" Adriana riu com amargura.
"Adriana, é difícil ter tudo, e você precisa estar viva primeiro."
Adriana compreendeu o que Antônio queria dizer.
Mas como expressar as mágoas de sua vida?
As palavras ficaram presas, transformando-se em um sorriso amargo nos lábios.
"Antônio, mesmo se eu resistir, minha vida ainda estará em risco."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segunda Chance, Não Pense em Fugir!
Maisssssssssssssssssssssss ótimo...
Só tomara que Heitor não seja o pai 🙏🙏🙏🙏🙏🙏...
Filha de Gabriela será...
Adriana não é filha da vitória já sabemos...
Mistério puro...
Atualização quando...
Por favo, cadê as atualizações??...
Houve um erro importante aqui, a comida não era canjica e sim pão de alho...
Quero a continuação, atualiza por favor🥺...
Onde encontro o restante desse livro?...