"Mas..."
Adriana interrompeu: "No final das contas, seria melhor se naquela noite nada tivesse acontecido."
Dizendo isso, ela colocou a xícara de café sobre a mesa e levantou-se para pegar sua bolsa.
"Já está tarde, não é bom eu ficar aqui. Vou embora."
Sem dar chance para Antônio responder, Adriana foi direto para o hall de entrada para trocar os sapatos.
Para sua surpresa, Antônio a seguiu.
"Adriana, naquela noite, se ele não quisesse, você realmente acha que teria conseguido chegar perto dele? Se fosse assim, Eunice Amaral teve três anos inteiros, e nunca conseguiu."
Adriana parou por um momento enquanto calçava os sapatos, mas logo continuou, como se nada tivesse acontecido.
"Já passou."
"Adriana!" Antônio elevou a voz. "Pelo que ele fez por você hoje à noite, pelo menos espere ele acordar antes de ir."
"Eu..."
Adriana estava prestes a recusar, mas Antônio tirou uma caixa de remédios.
"Ainda tem um machucado na mão dele. Esqueci de cuidar disso, dá uma força."
Adriana hesitou por alguns segundos, mas acabou pegando a caixa de remédios: "Tá bom."
...
Adriana entrou no quarto, onde apenas o abajur estava aceso.
A luz suave iluminava o rosto do homem adormecido com um tom dourado, trazendo uma calma sem precedentes.
Ela ficou hesitante na porta por um bom tempo, certificando-se de que Jaques ainda estava dormindo, antes de se sentar ao lado da cama.
Sua mão repousava inerte sobre o lençol branco, com os dedos marcados por sangue, chamando atenção.
Adriana abriu a caixa de remédios, pegou um cotonete e desinfetante.
Com receio de que o desinfetante pudesse arder, ela soprou suavemente enquanto aplicava o remédio em Jaques.
Na verdade, ela tinha medo que ele acordasse, não sabia como lidar com aquele homem.
Deveria agradecer ou odiá-lo.
Era realmente difícil equilibrar os dois.
Ele a fez passar por tantas dificuldades, mas também foi quem a manteve firme em meio a tantas disputas.
Adriana inclinou levemente a cabeça, tentando controlar a respiração, empurrando toda a mágoa e dor para dentro de si.
Depois que tudo se acalmou, ela não se importou mais, apoiando a cabeça enquanto esperava Jaques soltar sua mão.
Sem perceber, adormeceu ao lado da cama.
Já era madrugada quando Jaques acordou, suado, e olhou para a mulher ao seu lado.
Os cabelos dela estavam espalhados nas costas, seu rosto pálido era sereno e delicado, os cílios longos lançavam uma sombra suave, e seus lábios tinham um tom rosado.
Para Jaques, parecia ter uma atração fatal.
Ele se aproximou lentamente dos lábios de Adriana, mas ela franziu a testa de repente.
Ele parou, seus olhos frios, deixando escapar um sorriso de autodepreciação.
Até nos sonhos ela o odiava tanto?
Mas Adriana... deixá-la ir, realmente não era fácil.
Jaques levantou as mãos entrelaçadas, tocou de leve com os lábios, e cuidadosamente colocou a mecha de cabelo atrás da orelha de Adriana.
"Dorme bem. Quando acordar, vai me odiar de novo."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segunda Chance, Não Pense em Fugir!
Maisssssssssssssssssssssss ótimo...
Só tomara que Heitor não seja o pai 🙏🙏🙏🙏🙏🙏...
Filha de Gabriela será...
Adriana não é filha da vitória já sabemos...
Mistério puro...
Atualização quando...
Por favo, cadê as atualizações??...
Houve um erro importante aqui, a comida não era canjica e sim pão de alho...
Quero a continuação, atualiza por favor🥺...
Onde encontro o restante desse livro?...