Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 613

"Mas..."

Adriana interrompeu: "No final das contas, seria melhor se naquela noite nada tivesse acontecido."

Dizendo isso, ela colocou a xícara de café sobre a mesa e levantou-se para pegar sua bolsa.

"Já está tarde, não é bom eu ficar aqui. Vou embora."

Sem dar chance para Antônio responder, Adriana foi direto para o hall de entrada para trocar os sapatos.

Para sua surpresa, Antônio a seguiu.

"Adriana, naquela noite, se ele não quisesse, você realmente acha que teria conseguido chegar perto dele? Se fosse assim, Eunice Amaral teve três anos inteiros, e nunca conseguiu."

Adriana parou por um momento enquanto calçava os sapatos, mas logo continuou, como se nada tivesse acontecido.

"Já passou."

"Adriana!" Antônio elevou a voz. "Pelo que ele fez por você hoje à noite, pelo menos espere ele acordar antes de ir."

"Eu..."

Adriana estava prestes a recusar, mas Antônio tirou uma caixa de remédios.

"Ainda tem um machucado na mão dele. Esqueci de cuidar disso, dá uma força."

Adriana hesitou por alguns segundos, mas acabou pegando a caixa de remédios: "Tá bom."

...

Adriana entrou no quarto, onde apenas o abajur estava aceso.

A luz suave iluminava o rosto do homem adormecido com um tom dourado, trazendo uma calma sem precedentes.

Ela ficou hesitante na porta por um bom tempo, certificando-se de que Jaques ainda estava dormindo, antes de se sentar ao lado da cama.

Sua mão repousava inerte sobre o lençol branco, com os dedos marcados por sangue, chamando atenção.

Adriana abriu a caixa de remédios, pegou um cotonete e desinfetante.

Com receio de que o desinfetante pudesse arder, ela soprou suavemente enquanto aplicava o remédio em Jaques.

Na verdade, ela tinha medo que ele acordasse, não sabia como lidar com aquele homem.

Deveria agradecer ou odiá-lo.

Era realmente difícil equilibrar os dois.

Ele a fez passar por tantas dificuldades, mas também foi quem a manteve firme em meio a tantas disputas.

Adriana inclinou levemente a cabeça, tentando controlar a respiração, empurrando toda a mágoa e dor para dentro de si.

Depois que tudo se acalmou, ela não se importou mais, apoiando a cabeça enquanto esperava Jaques soltar sua mão.

Sem perceber, adormeceu ao lado da cama.

Já era madrugada quando Jaques acordou, suado, e olhou para a mulher ao seu lado.

Os cabelos dela estavam espalhados nas costas, seu rosto pálido era sereno e delicado, os cílios longos lançavam uma sombra suave, e seus lábios tinham um tom rosado.

Para Jaques, parecia ter uma atração fatal.

Ele se aproximou lentamente dos lábios de Adriana, mas ela franziu a testa de repente.

Ele parou, seus olhos frios, deixando escapar um sorriso de autodepreciação.

Até nos sonhos ela o odiava tanto?

Mas Adriana... deixá-la ir, realmente não era fácil.

Jaques levantou as mãos entrelaçadas, tocou de leve com os lábios, e cuidadosamente colocou a mecha de cabelo atrás da orelha de Adriana.

"Dorme bem. Quando acordar, vai me odiar de novo."

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