No interior do carro.
Eunice já havia avistado Adriana de longe e, sem hesitar, decidiu beijar Jaques diante dela, aproveitando a ocasião.
Ela queria deixar claro para Adriana que uma noite com ele não significava nada. No final, ela era a mulher que Jaques escolheria.
Porém, antes que seu beijo alcançasse a bochecha de Jaques, ele ergueu o braço, interrompendo sua aproximação.
Eunice ficou imóvel, atônita por alguns instantes, até que seu rosto se contorceu em uma expressão de mágoa: "Sr. Jaques, aconteceu alguma coisa?"
Jaques puxou um lenço de papel, limpando a manga onde ela havia tocado, e comentou despreocupadamente: "A cor do seu batom não combina muito com você."
Na mesma hora, o rosto de Eunice perdeu toda a cor, e ela mordeu instintivamente os lábios, enquanto seus dedos apertavam o tecido de seu vestido.
Jaques lançou-lhe um olhar de soslaio: "Por que o nervosismo?"
Como se tivesse levado um susto, Eunice esforçou-se para se recompor.
"Não é nada... Acho que exagerei no lanchinho da tarde e estou um pouco indisposta. Afinal, somos colegas, e é importante manter uma boa convivência."
"O que? Até achei que fosse eu quem deveria manter uma boa relação com suas colegas..."
Jaques atirou o lenço no lixo. Sua voz era baixa, mas parecia preencher o carro, tornando o ambiente sufocante, dificultando a respiração de Eunice.
Ela pressionou os lábios com força, e o batom brilhante praticamente desapareceu, restando apenas leves vestígios que contrastavam com a palidez natural de sua boca.
Jaques sabia de tudo.
Até mesmo o lanchinho da tarde que ela havia oferecido em seu nome, ele sabia.
Eunice tentou se justificar: "Sr. Jaques, somos noivos. Eu só queria que todos soubessem o quanto você é atencioso comigo. Sou mulher, um pouco de vaidade é algo normal, não prejudica ninguém."
"Um pouco de vaidade?" - Jaques girava o anel em seu dedo polegar, com a pedra de rubi contrastando com o brilho frio do metal. Sua voz carregava uma frieza cortante: "Então, o colar no seu pescoço também é parte dessa 'pequena vaidade'?"
Eunice cobriu rapidamente o colar com a mão, revelando seu nervosismo.
Ele acendeu um cigarro, olhando para Eunice através da fumaça.
A insinuação era clara, misturada com uma ameaça velada.
Ao ver que Jaques permanecia em silêncio, o sorriso de Eunice se tornou ainda mais pronunciado: "Sr. Jaques, minha mãe preparou o jantar. Que tal ir à minha casa para uma refeição simples?"
Próxima à Família Amaral, ela havia persuadido sua mãe, Fernanda Silva, a contratar paparazzi com antecedência.
Se Jaques visitasse sua casa dois dias seguidos, e as fotos fossem divulgadas estrategicamente, os internautas certamente acreditariam que o noivado estava próximo.
Aqueles que a ridicularizaram antes... Vejam só o que vai acontecer!
Eunice estava certa de que Jaques não recusaria, mas o olhar que ele lhe lançou transbordava desprezo e frieza, fazendo-a estremecer involuntariamente.
Jaques ergueu os olhos para o motorista que conduzia o carro.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segunda Chance, Não Pense em Fugir!
Maisssssssssssssssssssssss ótimo...
Só tomara que Heitor não seja o pai 🙏🙏🙏🙏🙏🙏...
Filha de Gabriela será...
Adriana não é filha da vitória já sabemos...
Mistério puro...
Atualização quando...
Por favo, cadê as atualizações??...
Houve um erro importante aqui, a comida não era canjica e sim pão de alho...
Quero a continuação, atualiza por favor🥺...
Onde encontro o restante desse livro?...