O motorista deu uma olhada no celular e sugeriu:: "Posso tentar pelo condomínio. Evitamos alguns semáforos, mas não posso garantir que chegaremos em meia hora."
"Vamos tentar."
Não havia outra escolha melhor.
Com habilidade, o motorista conseguiu deixar Adriana perto do estúdio exatamente no tempo prometido.
Contudo, ao descer do carro, ela olhou para seu tornozelo inchado e franziu a testa, preocupada.
Se Eunice notasse seu ferimento, surgiriam perguntas desconfortáveis. Era essencial inventar uma desculpa convincente antes de encontrá-la.
Pensando nisso, ela avistou um canteiro de concreto próximo.
Determinada, ela esfregou o tornozelo inchado na borda áspera. A dor foi tão intensa que a fez sentar-se no chão, respirando com dificuldade e suando frio.
Com a mão cerrada, lutando contra a dor, ela pegou o celular e ligou para Luciana.
Naquele momento, ela precisava de uma testemunha.
Luciana.
A pessoa que certamente havia alertado Eunice era ela.
Por isso, ninguém seria melhor do que ela para servir como testemunha.
Luciana atendeu rapidamente: "Adriana? Onde você está? A Sra. Amaral trouxe um monte de coisas para o lanchinho da tarde."
"Luciana, me ajude! Eu caí e não consigo andar."
"Caiu? Ok, estou indo agora."
Em poucos minutos, Luciana chegou ao local. No entanto, em vez de demonstrar preocupação imediata, começou a observar ao redor.
Só acreditou na queda de Adriana quando viu marcas de sangue na borda do canteiro.
Ela rapidamente estendeu a mão para ajudar Adriana: "Como você caiu?"
Adriana disse, resignada: "O carro do motorista parou muito para dentro. Eu não vi o degrau quando desci e tropecei."
Sem desconfiar, Luciana assentiu e ajudou-a a se apoiar: "Vamos, eu te ajudo a voltar para o estúdio, mas... leva tanto tempo assim para chegar da empresa da Diretora Rocha até aqui?"
Adriana, olhando para o ferimento enquanto respondia distraidamente: "Trânsito. Você sabe como é o trânsito perto da empresa da Diretora Rocha nessa hora... muitos carros indo e vindo."
Sua explicação soou tão natural que Luciana não suspeitou de nada.
E o coração apreensivo de Adriana também se acalmou.
A tarde transcorreu sem maiores incidentes, embora Eunice estivesse claramente de mau humor.
No entanto, assim que chegou a hora de partir, sua expressão mudou subitamente para uma alegria forçada.
"O Sr. Jaques veio me buscar. Estou indo."
E então ela saiu apressada, mancando levemente em seus saltos altos.
Pobrezinha.
Adriana pegou sua bolsa e começou a mancar em direção à saída.
Ela até tinha aplicado gelo à tarde, mas o inchaço continuava piorando. Cada passo parecia uma picada dolorosa no pé.
Parando para descansar na calçada, ela viu o carro de Jaques passar, levando Eunice.
Através da janela entreaberta, Adriana encontrou o olhar frio e impassível de Jaques. Um segundo depois, Eunice se inclinou e o beijou suavemente.
Sem qualquer mudança de expressão, Jaques fechou a janela do carro, como se não tivesse sequer notado a presença de Adriana.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segunda Chance, Não Pense em Fugir!
Maisssssssssssssssssssssss ótimo...
Só tomara que Heitor não seja o pai 🙏🙏🙏🙏🙏🙏...
Filha de Gabriela será...
Adriana não é filha da vitória já sabemos...
Mistério puro...
Atualização quando...
Por favo, cadê as atualizações??...
Houve um erro importante aqui, a comida não era canjica e sim pão de alho...
Quero a continuação, atualiza por favor🥺...
Onde encontro o restante desse livro?...