Henry estava parado na porta, com uma expressão tão sombria que parecia um deus da morte.
Os funcionários da TG, ao vê-lo, ficaram completamente paralisados. O herdeiro da família Smith estava ali? Como isso era possível?
A mulher que liderava o grupo gaguejou:
— Se... Senhor...
O rosto de Henry estava rígido, e sua voz saiu cortante:
— Saiam.
A gerente tentou explicar, nervosa:
— Nós estamos aqui a trabalho, para resolver...
Antes que ela pudesse terminar, Henry pegou um copo da mesa e o arremessou com força, fazendo-o se estilhaçar contra a parede.
— Fora. Não me façam repetir pela segunda vez.
A mulher hesitou, claramente contrariada, mas quando tentou continuar falando, foi puxada por um dos seus colegas.
— Chefe, vamos embora.
Ela finalmente percebeu que a situação não era boa. O rosto de Henry estava tão fechado que qualquer outra palavra poderia custar-lhe o emprego.
Scarlett, percebendo o clima tenso, olhou para a mulher e disse:
— Você é gerente, certo? Não me importa quem está por trás da sua empresa, mas eu nunca vou concordar em fazer qualquer declaração para encobrir o que aconteceu.
A gerente pareceu surpresa com a atitude de Scarlett e murmurou:
— Você não sabe quem ele é?
Antes que pudesse dizer qualquer outra coisa, Henry lançou um olhar frio e ameaçador, fazendo a mulher se calar. Com a roupa puxada pelos colegas, ela foi retirada do quarto sem resistência.
Scarlett observou as três pessoas indo embora e comentou, casualmente:
— Eles devem ser o time de relações públicas contratado pelo Alexander. Ouvi dizer que são muito bons, especialmente por terem o apoio da família Smith.
Henry respondeu com uma voz firme e tranquila:
— Não se preocupe com isso. A TG não vai aceitar esse caso. — Ele colocou a comida que havia trazido sobre a mesa. — Coma alguma coisa.
Scarlett olhou para ele de maneira cautelosa e perguntou:
— Você vai falar com o Daniel?
Ela sabia que Henry tinha uma boa relação com Isaac e Daniel. Talvez ele pudesse usar essa conexão para resolver a situação.
— Eu tive uma ideia. — Scarlett continuou.
Henry colocou os talheres na mão dela e disse:
— Fale.
— E se eu contratasse a TG como minha equipe de relações públicas? Eu pago pelo trabalho, assim o Daniel não fica numa posição difícil. O que você acha?
Henry a encarou por um momento, com um olhar profundo, e respondeu:
— Coma primeiro.
— Você acha que é uma má ideia?
— Eu vou falar com o Daniel. Termine de comer.
Scarlett finalmente começou a comer, mas, com o braço direito machucado, teve que usar a mão esquerda para manusear os talheres. No entanto, era difícil para ela pegar os alimentos, e algumas vezes eles caíam da colher.
— Você não disse antes que eu deveria ser independente? Fazer amigos na faculdade e construir minha vida?
Henry a observou por alguns segundos, vendo a jovem em sua frente, machucada e vulnerável.
— Eu me arrependi.
Ele não queria reviver o que sentiu naquele dia, quando a encontrou sozinha em um prédio abandonado, machucada, chorando e implorando.
O rosto de Scarlett ficou quente de repente.
— Você está... Se declarando para mim?
Ela não era ingênua. Podia sentir claramente que a atitude de Henry em relação a ela havia mudado nos últimos tempos.
Henry deu um leve peteleco na testa dela e sorriu.
— Achei que você nunca fosse perceber.
Ele se levantou, mantendo o olhar firme.
— Antes, eu pensava que você era jovem demais. Mas agora, eu posso esperar.
Henry sabia que não queria mais vê-la em situações perigosas como aquela.
Scarlett, quase sem pensar, soltou:
— Você não precisa esperar.
Assim que terminou a frase, sentiu seu rosto queimar de vergonha.
Henry sorriu de lado, os lábios se curvando em um gesto quase imperceptível.
— Pelo menos espere eu resolver o problema lá fora.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Renascida para Romper Laços com os Irmãos
Que livro maravilhoso amo heroínas durona que não se deixam ser pisadas, espero que tenha continuação...