Samuel aproximou sua cadeira de rodas, exibindo um sorriso sarcástico:
— Scarlett, então esse é o namorado pobretão que você arranjou? Não traga ele por aí para envergonhar a família Miller. Se você terminar com ele agora, eu te levo para dentro do Quinta do Paladar hoje mesmo.
— Isso mesmo, Letty. O Quinta do Paladar é exclusivo para membros. Só pessoas de status e com influência podem comer aqui.
Henry, com os lábios finos e frios, respondeu em tom desinteressado:
— É só um Quinta do Paladar. Vale mesmo tanto alarde?
Samuel soltou uma risada de deboche:
— Fala como se fosse grande coisa. Mas você tem um cartão de membro?
Henry respondeu com calma:
— Não.
Ele não precisava de um cartão. Afinal, era um dos acionistas do restaurante.
Amelia ouviu a resposta e imediatamente cobriu a boca, rindo de forma exagerada.
— Sem cartão de membro, você não entra. Letty, você não explicou isso para o seu namorado? Que vergonha!
Antes que Scarlett pudesse responder, o gerente do Quinta do Paladar apareceu, acompanhado de uma equipe. Eles caminhavam apressados em direção à porta.
Amelia, com a cabeça erguida, foi rapidamente em direção ao grupo.
— Só pode ser alguém enviado pelo Aiden para nos receber. — Disse ela, confiante. — Ele com certeza organizou isso por causa do Samuel.
Afinal, Aiden sempre se sentia culpado pelo que aconteceu com Samuel e fazia de tudo para agradá-lo.
Mas, para surpresa de Amelia, o gerente, com um movimento ríspido, a empurrou para o lado. Logo atrás, os funcionários se alinharam em duas filas na entrada, como se estivessem esperando alguém importante.
Amelia tropeçou ligeiramente e, com uma expressão de dor teatral, olhou para Samuel.
— Samuel, me machuquei!
Samuel, furioso, gritou com o gerente:
— Vocês estão cegos? Não viram que havia gente aqui? Foi o Aiden que mandou vocês fazerem isso?
Ele também acreditava que aquele grupo havia sido enviado pelo Aiden, como Amelia havia sugerido.
Mas o gerente, com um olhar frio e altivo, ignorou os protestos de Samuel. Em vez disso, ele empurrou a cadeira de rodas de Samuel para o canto, sem a menor cerimônia.
O rosto de Samuel ficou vermelho de raiva.
— O que você pensa que está fazendo? Tome cuidado! Se o Aiden souber disso, você vai se dar mal!
Amelia também parecia confusa. Se não estavam ali para receber Samuel, então para quem era todo aquele alvoroço?
Nesse momento, o gerente, que antes tinha uma postura arrogante, agora estava em pé diante de Henry e Scarlett, abaixando ligeiramente a cabeça em um gesto de respeito.
— Que humilhação! Samuel, ligue para o Aiden agora mesmo!
Samuel obedeceu, mas o celular de Aiden estava desligado. Sem ter outra opção, os dois ficaram parados na entrada, enfrentando o vento frio.
Enquanto isso, Scarlett e Henry subiram para o segundo andar e entraram em uma sala privativa. Scarlett riu tanto que seu estômago começou a doer.
Henry abriu a janela e puxou Scarlett para perto.
— Continue olhando.
Scarlett percebeu que, do segundo andar, dava para ver a entrada do restaurante. Lá embaixo, Amelia e Samuel continuavam do lado de fora, sozinhos, enfrentando o vento.
Scarlett riu ainda mais, lágrimas escorrendo de seus olhos. Henry, com um sorriso discreto, limpou as lágrimas do rosto dela com os dedos.
— Está feliz agora?
— Muito! Finalmente me livrei de um pouco do estresse.
Scarlett levantou o olhar e encontrou os olhos de Henry. Seu coração acelerou ligeiramente.
A distância entre os dois parecia diminuir. Quando Henry se inclinou para mais perto, Scarlett desviou o rosto, sentindo que ficar tão próxima dele ao lado da janela não era apropriado.
Mas, ao virar a cabeça, ela viu algo inesperado.
— Sra. Amanda?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Renascida para Romper Laços com os Irmãos
Que livro maravilhoso amo heroínas durona que não se deixam ser pisadas, espero que tenha continuação...