Renascida para Romper Laços com os Irmãos romance Capítulo 547

Samuel aproximou sua cadeira de rodas, exibindo um sorriso sarcástico:

— Scarlett, então esse é o namorado pobretão que você arranjou? Não traga ele por aí para envergonhar a família Miller. Se você terminar com ele agora, eu te levo para dentro do Quinta do Paladar hoje mesmo.

— Isso mesmo, Letty. O Quinta do Paladar é exclusivo para membros. Só pessoas de status e com influência podem comer aqui.

Henry, com os lábios finos e frios, respondeu em tom desinteressado:

— É só um Quinta do Paladar. Vale mesmo tanto alarde?

Samuel soltou uma risada de deboche:

— Fala como se fosse grande coisa. Mas você tem um cartão de membro?

Henry respondeu com calma:

— Não.

Ele não precisava de um cartão. Afinal, era um dos acionistas do restaurante.

Amelia ouviu a resposta e imediatamente cobriu a boca, rindo de forma exagerada.

— Sem cartão de membro, você não entra. Letty, você não explicou isso para o seu namorado? Que vergonha!

Antes que Scarlett pudesse responder, o gerente do Quinta do Paladar apareceu, acompanhado de uma equipe. Eles caminhavam apressados em direção à porta.

Amelia, com a cabeça erguida, foi rapidamente em direção ao grupo.

— Só pode ser alguém enviado pelo Aiden para nos receber. — Disse ela, confiante. — Ele com certeza organizou isso por causa do Samuel.

Afinal, Aiden sempre se sentia culpado pelo que aconteceu com Samuel e fazia de tudo para agradá-lo.

Mas, para surpresa de Amelia, o gerente, com um movimento ríspido, a empurrou para o lado. Logo atrás, os funcionários se alinharam em duas filas na entrada, como se estivessem esperando alguém importante.

Amelia tropeçou ligeiramente e, com uma expressão de dor teatral, olhou para Samuel.

— Samuel, me machuquei!

Samuel, furioso, gritou com o gerente:

— Vocês estão cegos? Não viram que havia gente aqui? Foi o Aiden que mandou vocês fazerem isso?

Ele também acreditava que aquele grupo havia sido enviado pelo Aiden, como Amelia havia sugerido.

Mas o gerente, com um olhar frio e altivo, ignorou os protestos de Samuel. Em vez disso, ele empurrou a cadeira de rodas de Samuel para o canto, sem a menor cerimônia.

O rosto de Samuel ficou vermelho de raiva.

— O que você pensa que está fazendo? Tome cuidado! Se o Aiden souber disso, você vai se dar mal!

Amelia também parecia confusa. Se não estavam ali para receber Samuel, então para quem era todo aquele alvoroço?

Nesse momento, o gerente, que antes tinha uma postura arrogante, agora estava em pé diante de Henry e Scarlett, abaixando ligeiramente a cabeça em um gesto de respeito.

— Que humilhação! Samuel, ligue para o Aiden agora mesmo!

Samuel obedeceu, mas o celular de Aiden estava desligado. Sem ter outra opção, os dois ficaram parados na entrada, enfrentando o vento frio.

Enquanto isso, Scarlett e Henry subiram para o segundo andar e entraram em uma sala privativa. Scarlett riu tanto que seu estômago começou a doer.

Henry abriu a janela e puxou Scarlett para perto.

— Continue olhando.

Scarlett percebeu que, do segundo andar, dava para ver a entrada do restaurante. Lá embaixo, Amelia e Samuel continuavam do lado de fora, sozinhos, enfrentando o vento.

Scarlett riu ainda mais, lágrimas escorrendo de seus olhos. Henry, com um sorriso discreto, limpou as lágrimas do rosto dela com os dedos.

— Está feliz agora?

— Muito! Finalmente me livrei de um pouco do estresse.

Scarlett levantou o olhar e encontrou os olhos de Henry. Seu coração acelerou ligeiramente.

A distância entre os dois parecia diminuir. Quando Henry se inclinou para mais perto, Scarlett desviou o rosto, sentindo que ficar tão próxima dele ao lado da janela não era apropriado.

Mas, ao virar a cabeça, ela viu algo inesperado.

— Sra. Amanda?

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