Louis Davenport.
— Senhoritas — disse ele com um sorriso polido, curvando a cabeça num cumprimento —, se me permitem, gostaria de roubar alguns minutos da companhia da bela dama de verde.
Todas riram, achando graça, empurrando gentilmente Celina para frente.
O coração dela pulou dentro do peito.
Ela não queria.
Tudo nela dizia para permanecer ali, onde Thor podia vê-la.
Onde Thor podia protegê-la.
Mas recusá-lo seria causar uma cena.
E naquele salão... cenas eram mortais.
Celina se levantou, o sorriso perfeito nos lábios, e aceitou o braço que Louis ofereceu.
Thor viu tudo.
De onde estava, viu Louis se aproximar.
Viu Celina se levantar.
Viu a mão de Louis tocando, mesmo que de leve, seu braço.
O sangue ferveu em suas veias.
Disfarçando com maestria, Thor terminou sua frase para o magnata ao lado e, de maneira natural, reposicionou-se, colocando-se de frente para onde Celina e Louis agora conversavam.
Não tirava os olhos dela.
Celina sentia o peso do olhar de Thor como uma corrente invisível.
E, ao mesmo tempo, sentia o olhar de Louis sobre ela — não como proteção, mas como desafio.
— Você parece desconfortável, minha cara — disse Louis com um sorriso suave, mas seu tom de voz era calculado. — Esse não é o seu mundo, não é?
Celina manteve o sorriso no rosto.
— Estou apenas aproveitando a noite.
— Ah... — Louis inclinou-se levemente para ela, como quem conta um segredo. — Espero que você saiba que, neste mundo... alianças são feitas com mais do que sorrisos.
Celina recuou discretamente, seu olhar cruzando com o de Thor — que, mesmo de longe, parecia pronto para atravessar o salão inteiro se ela precisasse.
Louis seguiu o olhar dela e sorriu com superioridade.
— Interessante... — murmurou. — Você realmente importa para ele. Isso... é inédito.
Celina sentiu o estômago revirar.
Antes que Louis pudesse dizer qualquer outra coisa, Thor surgiu.
De forma controlada, sem pressa, como um predador que sabe que domina seu território.
— Davenport — disse ele, cortante, sua voz mais baixa e mais perigosa do que o normal. — Acho que está na hora de deixar minha dama respirar.
Louis sorriu, fingindo surpresa.
— Claro, claro. Apenas apreciando a beleza da noite.
Thor não respondeu.
Ele estendeu a mão para Celina, que, aliviada e grata de uma forma que mal podia expressar, colocou sua mão na dele.
Aquela conexão, aquele simples toque, era um porto seguro.
Thor a puxou suavemente para junto de si, como se dissesse a todos, sem palavras: Ela é minha. Tentem chegar perto outra vez.
E assim, sob os olhares curiosos e os flashes insistentes, eles voltaram a circular pelo salão, mas agora...
Agora Celina sentia a proteção firme ao seu redor.
Thor virou-se para Celina, o olhar intenso prendendo o dela.
— Vamos dançar. — a voz era baixa, mas carregada de algo que ela não conseguiu decifrar.
Sem dar-lhe espaço para recusar, Thor segurou sua mão e a conduziu até a pista de dança.
Quando ele a puxou para seus braços, o mundo ao redor pareceu se dissolver.
O toque de sua mão nas costas nuas dela foi um choque elétrico que percorreu todo o corpo de Celina.
Thor a envolvia com firmeza, mas seus movimentos eram lentos, sensuais, como se cada passo da dança fosse uma confissão silenciosa.
Celina ergueu o olhar e encontrou os olhos dele.
Havia dor ali.
Havia desejo.
Havia algo mais, algo que a assustava e a atraía na mesma medida.
A respiração de Thor roçava a pele dela. Seus dedos deslizavam discretamente sobre sua cintura, numa carícia quase imperceptível.
Celina sentia seu coração bater descontrolado, as emoções explodindo em cada toque, cada suspiro contido.
Eles se moviam como se fossem apenas um, presos numa dança feita de tudo aquilo que não podiam dizer em voz alta.
Quando a música cessou, ficaram parados por um instante, os corpos ainda próximos demais, as respirações entrelaçadas.
Depois, sem dizer uma palavra, Thor a conduziu de volta à mesa.
O jantar foi servido, mas Celina mal tocou em seu prato.
A comida parecia não ter sabor, enquanto seus pensamentos giravam em círculos, misturados entre a tensão da dança, o olhar possessivo de Thor e a confusão que corroía seu peito.
Quando terminaram, levantaram-se para deixar a mesa.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR
depois que começou a cobrar ficou ruim seguir com a leitura...
Desde quando esse site cobra? Já li inúmeros livros e é a primeira vez que vejo cobrar....
Pq não abre os capítulos? Mesmo pagando?...
Eu comprei os capítulos, mas eles não abrem. Continuam bloqueados, mesmo depois de pago...
Comprei os capítulos, mas não consigo ler. Só abrem depois de 23:00 horas. Não entendi...