O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR romance Capítulo 234

Dois dias se passaram desde a noite aterrorizante da perseguição. Thor fez questão de manter Celina ao seu lado, longe de qualquer ameaça. Eles passaram esses dias praticamente recolhidos na cobertura, aproveitando o tempo para descansar, se reconectar e viver momentos simples, mas preciosos. Thor se dedicou inteiramente a ela, afastando qualquer reunião ou compromisso para garantir que Celina estivesse tranquila e protegida, tentando afastar a tensão e o medo que ainda pairavam no ar.

Na manhã de quarta-feira, o advogado de Thor, um homem sério e experiente, chegou à cobertura para tratar de um assunto delicado: os papéis do divórcio de Celina. O elevador abriu-se diretamente na sala de estar, e Celina o recebeu com um sorriso educado, mas havia uma tensão visível em seus olhos.

— Bom dia, senhora Celina. Thor me pediu para trazer esses documentos para darmos início ao processo de divórcio — disse o advogado, estendendo a pasta com os papéis.

Celina respirou fundo, passando a mão nervosamente sobre a barriga. Era um passo que precisava dar, mas sabia que não seria fácil. Ela sentou-se no sofá com ele e folheou as primeiras páginas, respirando fundo.

— Eu preciso ser sincera com o senhor — começou ela, com a voz firme, mas carregada de emoção. — Meu ex-marido, César, vai fazer de tudo para não assinar esses papéis. Ele não quer me dar o divórcio. Vai fazer de tudo para me manter presa a ele. Ele tem muita influência, conhece muita gente nos tribunais, conhece todos os atalhos e vai usar tudo contra mim.

O advogado a observou com atenção, cruzando as pernas e ajeitando os óculos.

— Eu conheço a fama dele, senhora Celina. César é conhecido por ser terrível nos tribunais, mas também sei como enfrentar homens como ele. Além disso, seu histórico pode jogar fortemente a seu favor. Sabemos que você sofreu violência doméstica durante o casamento, e há indícios de traição por parte dele. Agora, você está grávida, seguiu sua vida e está em um relacionamento estável. Isso mostra que você busca um recomeço legítimo.

Celina sentiu um aperto no peito, mas também uma pequena esperança.

— Eu não quero nada dele. Nenhum bem, nenhuma pensão. Eu só quero ser livre. Quero sair dessa prisão que foi o nosso casamento. Só quero poder viver em paz e construir minha vida com o homem que eu amo. Thor é o pai dos meus filhos, e quero me casar com ele sem essa sombra me seguindo.

O advogado assentiu.

— Entendo perfeitamente, e vamos trabalhar com esse foco. Podemos entrar com um pedido de divórcio litigioso, com base nas provas de violência e traição. Vou cuidar de tudo para que você não precise lidar diretamente com ele. É provável que César tente se opor, mas ele não pode impedir o seu direito de seguir em frente. Vamos agir com inteligência. Se ele não quiser assinar, não importa. O juiz pode decretar o divórcio mesmo assim.

Celina repetiu novamente:

— Eu não quero nada dele.— disse com firmeza. — Só quero minha liberdade.

— Isso facilita o processo. Sem partilha, o caso anda mais rápido — explicou o advogado, enquanto organizava os documentos. — Mas precisamos preparar sua defesa para o caso de ele tentar alegar abandono de lar ou qualquer outra estratégia baixa. Ele tem fama de ser cruel, mas eu sou preparado para isso.

Celina assinou os documentos, suas mãos levemente trêmulas, mas seu olhar decidido. Ela respirou aliviada e agradeceu ao advogado, que garantiu que estaria disponível para qualquer dúvida e que começaria o processo imediatamente.

Mais tarde, Thor estava em sua empresa, na imponente sala de reuniões. Ele, frio e concentrado, conversava com o chefe da equipe de segurança.

— Quero respostas — disse Thor, com a voz carregada de tensão. — Quem está tentando acabar com a minha família? Quem ousa me seguir, me atacar, me ameaçar? — seus olhos ardiam com fúria. — Eu não vou permitir que se repita o que aconteceu no passado.

— Continue investigando. Use todos os recursos. Se precisar atravessar o mundo, faça.

O chefe de segurança assentiu, compreendendo a gravidade da ordem. Ele sabia que Thor não estava apenas preocupado. Ele estava disposto a tudo.

— Vamos descobrir, senhor. Estamos trabalhando nisso com prioridade máxima.

— Quero relatórios diários. Se precisar de mais homens, contrate. Se precisar de tecnologia, compre. Não economize em nada.

— Sim, senhor.

Thor sentou na cadeira inquieto, ainda tomado pela urgência de proteger Celina e seus bebês. Nada mais importava. Ele estava disposto a tudo, absolutamente tudo, para garantir que o passado não se repetisse.

Depois de um tempo, voltou para sua sala e encarou a foto de Celina sorrindo que ele havia colocado sobre a mesa. A lembrança da perseguição ainda estava viva em sua mente, o som dos tiros, o medo estampado no rosto dela.

— Eu não vou perder você. Não de novo. — A voz de Thor saiu baixa, mas cheia de convicção.

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