O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR romance Capítulo 233

O jatinho de Thor pousou suavemente no angar reservado do aeroporto de São Paulo. Já era tarde da noite quando eles desceram da aeronave e caminhavam até o carro estacionado a poucos metros de onde estavam. Eles estavam exaustos da viagem, mas Celina não conseguia conter a empolgação de finalmente estar de volta ao Brasil e resolver sua vida.

Já dentro do carro, Celina se ajeitou confortavelmente no banco, enquanto Thor manobrava para sair. No trajeto, seu olhar se perdia pelas luzes da cidade. O silêncio foi quebrado por sua voz suave e animada.

— Amor, você já pensou sobre como vamos fazer quando descobrirmos o sexo dos bebês? — Ela sorriu, acariciando a barriga ainda discreta. — Estava pensando se a gente faz um chá de bebê, um chá revelação, ou talvez algo mais íntimo, tipo um jantar com nossos amigos mais próximos.

Thor sorriu de canto, mas seu olhar permanecia atento ao retrovisor. Desde que saíram do aeroporto, algo não estava certo. Um carro preto, com vidros escuros, mantinha uma distância constante deles.

— Eu acho que podemos fazer o que te deixar mais feliz, meu amor. — A voz dele estava calma, mas sua mente trabalhava rápido.

Celina continuou, empolgada, sem perceber a tensão crescente.

— Um jantar pode ser bom, algo leve, sem muita pompa. Mas um chá revelação também seria divertido. Imagina a cor dos balões, as surpresas…

Thor fez uma curva inesperada, observando pelo retrovisor se o carro os seguiria. E seguiu. Ele apertou os lábios, fazendo outra rota, novamente sendo seguido.

— Merda... — Ele murmurou, o olhar ficando cada vez mais frio e concentrado.

— Amor o que está acontecendo? — Celina perguntou, agora preocupada, notando a mudança brusca de velocidade.

Ele não respondeu.

— Thor? — Celina finalmente notou a mudança na direção. — Por que estamos indo por esse caminho?

— Segura firme, Celina. — Sua voz ficou mais séria. — Acho que estamos sendo seguidos.

— O quê? — O coração dela disparou. — Tem certeza?

— Vou tirar essa dúvida agora.

Thor acelerou de forma brusca, tentando despistar o carro preto. Celina se agarrou ao banco, assustada, enquanto ele fazia manobras rápidas pelas ruas.

O carro preto não recuava. Pelo contrário, acelerava também, encurtando a distância.

— Thor, o que está acontecendo? Quem são essas pessoas?

— Eu não sei, mas eles querem nos machucar. Eu não vou deixar que isso aconteça. Não outra vez.

As lembranças de Karina vieram com força. Ele apertou o volante com tanta força que os nós dos dedos ficaram brancos. O som dos tiros ecoou de repente, acertando a traseira do carro deles.

— Thor! — Celina gritou, tentando se abaixar instintivamente.

— Segura firme! — Thor gritou, desviando por uma rua lateral.

O carro preto insistia. De repente, surgiram dois SUVs blindados, fechando a rota do carro perseguidor. Thor não precisou perguntar. Ele já sabia quem eram.

— Senhor Thor, estamos com você. Pode seguir. — A voz do chefe de segurança veio pelo comunicador integrado ao painel.

Celina olhou para Thor, chocada.

— Amor, você… você tem segurança?

— Eu contratei faz um tempo. Desde que percebi que poderíamos estar correndo risco. Não queria te assustar, então não te contei.

— Meu Deus, Thor… — Ela segurou a mão dele, tremendo. — Você acha que tudo isso é por minha causa?

— Eu tenho certeza que é. E eu não vou perder você ou nossos filhos. Nunca.

Os SUVs isolaram o carro preto, forçando-o a parar. Houve uma breve troca de tiros entre os seguranças e os perseguidores, até que o carro preto foi finalmente desativado.

Thor seguiu rapidamente para um local seguro, parando o carro apenas quando teve certeza de que Celina estava fora de perigo.

— Que bom te ver, minha querida. Thor falou que você estava ainda mais linda grávida. Eu estava ansiosa para te ver, te pedir perdão. Você não sabe a felicidade que sinto em saber que vocês estão juntos e com esses dois milagres a caminho.

Celina retribuiu o abraço, emocionada.

— Dona Sara, a senhora não precisa pedir perdão. Nada foi culpa sua. Estou muito feliz de estar aqui de novo vendo a senhora.

Dona Sara olhou para Thor, percebendo o semblante tenso.

— Aconteceu alguma coisa meu filho?

Thor suspirou, sem esconder:

— Fomos perseguidos, mas está tudo sob controle. Graças à segurança.

— Graças a Deus que vocês estão bem.

Thor e Celina foram para o quarto. Thor ajudou Celina a tirar os sapatos e a levou para o banho.

— Vamos tirar esse estresse todo. — Ele disse, ligando a água morna e sendo carinhoso o tempo todo, tentando acalmá-la.

No quarto, Celina ainda recusava o prato, mas Thor insistiu, dando-lhe o caldo na boca, fazendo-a ceder com um sorriso cansado.

— Obrigada por cuidar de mim, amor. Mesmo quando é notório que está cansado, cheio de problemas, você sempre cuida.

Thor a beijou na testa, com ternura.

— Eu sempre vou cuidar de você. Porque você é minha vida.

Mas dentro dele, a tempestade estava apenas começando. Alguém os queria mortos, e Thor estava decidido a encontrar o mandante e acabar com essa ameaça de uma vez por todas.

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