O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR romance Capítulo 181

Tatiana fez carinho na barriga de Celina com ternura.

— Esses bebês já começaram a vida sendo amados por todos nós.

Alguns minutos depois, o telefone de Celina tocou. Era Gabriel.

— Estou aqui na recepção. Pode descer, Cel.

— Tati perguntou se você quer subir um pouco. — disse Celina.

— Não vou subir Celina, porque precisamos ainda ir ao supermercado.

— Tá bom. Estou descendo.

Com a mala em mãos, Celina desceu com Roberto e Tatiana. Ao ver Gabriel, ela sentiu o peito se aquecer. Ele estava sorrindo, com as bochechas vermelhas do frio e os olhos brilhando.

— Oi, Gabriel! — disse ela, indo até ele.

— Oi, moça dos olhos quase felizes. Seja bem-vinda à nossa nova vida.

Roberto apertou a mão de Gabriel com firmeza.

— Cuida dela, meu amigo. Ela é preciosa.

— Pode deixar, Roberto. Irei cuidar. Palavra de honra. — respondeu Gabriel.

— Desejo só coisas boas pra você Gabriel — disse Tatiana abraçando ele.

— Obrigado Tatiana, digo o mesmo para vocês. Façam uma boa viagem. — respondeu Gabriel no abraço.

Tatiana deu um último abraço em Celina e sussurrou:

— Já deu tudo certo. Você será muito feliz.

Celina disse:

— Avisa quando chegar, tá bom?

— Aviso sim. Vamos embarcar à noite. Amo vocês. — respondeu Tatiana.

Com os corações apertados e olhos marejados, eles se despediram. Celina entrou no Uber com Gabriel. O carro tinha o aquecedor ligado, e logo o silêncio da despedida foi substituído pelo aconchego da amizade.

— Amanhã eu vou resolver as coisas na empresa onde vou trabalhar. Assim já pego o carro e a gente fica mais independente. — disse Gabriel, tirando as luvas.

— Boa! A empresa é perto do apartamento?

— Uns 20 minutos. Nada que o Uber não resolva até lá. Mas prefiro dirigir nesse frio.

— Entendo. E como foi sua viagem? — perguntou Celina.

— Tranquila. Dormi o voo quase todo. E a sua?

— Também. Longa, mas tranquila. — respondeu Celina.

Dez minutos depois, o carro parou em frente ao prédio.

Gabriel desceu e correu até o porta-malas para pegar a mala de Celina. Com um sorriso, estendeu a mão para ela e disse:

— Vem comigo. Vamos entrar com o pé direito, juntos. Porque essa é uma nova vida pra nós dois.

— Você me convenceu.

Foram caminhando pela calçada úmida, desviando das poças de neve derretida, passando por vitrines iluminadas e lojas charmosas. Em alguns pontos, a calçada ainda escorregava, e Gabriel instintivamente segurava o braço dela a cada passo mais duvidoso.

— Obrigada. Você parece um guarda-costas de filme. — disse ela, divertida.

— Sou multiuso. Amigo, motorista, cozinheiro, guarda-costas e ouvinte oficial de desabafos existenciais.

— Esqueceu "anjo particular". — disse ela sorrindo.

— Ah, esse é o cargo vitalício. — respondeu ele, piscando um olho.

Chegaram ao supermercado, uma grande rede orgânica com fachada moderna e carrinhos limpos esperando na entrada. O calor interno contrastava com o frio da rua, e Celina tirou o gorro, sentindo-se menos embrulhada.

Gabriel pegou um carrinho e começaram a andar pelos corredores. Celina olhava tudo com curiosidade, como se cada item nas prateleiras fosse parte de um novo mundo. Observava os rótulos, os preços, os formatos diferentes dos produtos comuns no Brasil.

Passaram pelas frutas, e Celina riu ao ver os morangos.

— Quinze dólares. Você não estava brincando.

— Eu nunca brinco quando o assunto é morango.

Colocaram legumes, frutas, arroz, massas, suco, café e algumas besteiras. Celina insistiu em pegar biscoito recheado — "porque ninguém começa uma nova vida sem besteiras".

Chegando na parte de produtos para casa, Gabriel pegou papel toalha, sabão em pó e velas aromáticas.

— Pra quê vela? — perguntou ela.

— Tem cheiro de lavanda. Vai deixar o apê com cara de lar. — disse ele com simplicidade.

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