O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR romance Capítulo 180

Arthur a abraçou com carinho e abriu a porta do carro pra ela. No caminho até a faculdade, conversaram sobre o dia difícil dela.

Arthur segurou suavemente a mão de Zoe enquanto dirigia. Olhou de relance para ela, que estava com os olhos fixos na janela, claramente abalada.

— Zoe… eu sei que o Thor estará impossível esses dias — começou ele, com um tom calmo. — Mas ele é assim mesmo quando se sente rejeitado. Fecha a cara, vira um chefe duro… como se quisesse controlar tudo porque perdeu o controle do que realmente importa.

Zoe suspirou, sem desviar o olhar.

— Eu percebi… ele chegou a demitir três pessoas hoje, Arthur. Sem nem piscar. Sério, ele está extremamente insuportável!

— Eu sei. — Arthur assentiu. — E vai continuar sendo insuportável por um tempo. Mas ouve o que vou te dizer: tenha paciência. Faz teu trabalho do jeito impecável que você sempre faz e, por favor… evita mencionar o nome da Celina perto dele. Agora é como uma ferida aberta.

Zoe enfim virou-se para ele, os olhos preocupados.

— Mas tudo isso… não foi ela que causou.

— Não foi — disse Arthur, com firmeza. — Isso tudo aconteceu por causa das atitudes impulsivas dele. Ele cavou esse buraco com as próprias mãos. Mas ainda é um cara bom, só… perdido. Com o tempo, e com as terapias, ele vai encontrar o equilíbrio de novo.

Arthur deu um leve aperto na mão dela.

— Enquanto isso, você segue firme. Ele confia em você, mesmo sem demonstrar. E vai precisar muito disso. Por isso está ocupando aquele cargo. Mesmo que ele tenha solicitado uma funcionária no RH, se ele não confiasse, pode ter certeza que ele teria feito a seleção que ele sempre fez.

Ao chegar na faculdade, Zoe colocou as flores no banco de trás.

— Vou deixá-las aqui. Depois coloco num vaso quando chegar em casa.

Quando ia sair, Arthur segurou sua mão, a puxou levemente e a beijou com carinho.

— Boa aula, linda. Pensa no que conversamos aqui. Até daqui a pouco.

Zoe sorriu e saiu do carro, ainda com o gosto do beijo nos lábios.

Na cobertura de Thor, a senhora Cortez o recebeu com um sorriso cansado.

— Vai querer algo para jantar, meu filho?

— Não. Vou treinar. — E seguiu para o quarto, trocando de roupa rapidamente antes de ir para a academia particular.

Naquela noite, Thor extravasou tudo nos pesos, correndo na esteira, levantando barras como se quisesse expulsar sua raiva do corpo.

Enquanto isso, Angélica ligava para a senhora Cortez.

— Como está o Thor? Ele não me atende.

— Ele bebeu bastante. No domingo acordou com ressaca e saiu à noite. Está muito calado.

Angélica suspirou.

— É isso que eu gosto de ouvir! — disse Gabriel animado. — Você já almoçou?

— Sim, com o Roberto e a Tati. Agora estou terminando de arrumar as coisas.

— Então me manda a localização do hotel. Vou te buscar. Tá frio, hein? Se agasalha direitinho.

Celina riu levemente e enviou o endereço. Gabriel olhou a localização no mapa e sorriu.

— Ah, tá pertinho daqui. Tô saindo agora. Até já, Cel!

— Até já, Gabriel.

Desligou, enfiou o celular no bolso, pegou a carteira, as chaves e saiu. Enquanto isso, no hotel, Celina saía do quarto arrastando a mala, vestindo um sobretudo bege claro e uma touca de lã branca. O coração dela batia forte, uma mistura de ansiedade e gratidão. Ao chegar no sala, encontrou Roberto e Tatiana a esperando com sorrisos emocionados.

— Gabriel já chegou. Está vindo me buscar. — anunciou Celina, e os olhos de Tatiana brilharam, mas também se encheram de lágrimas.

— Ai, Celina… — disse Tatiana, segurando as mãos dela. — Que você se encontre aqui nesse país. Que realize tudo o que deseja… e que, quando chegar o momento certo, volte pro Brasil sendo outra mulher. Mais forte.

— Você vai ser feliz, Musa. E nós vamos estar sempre por perto, mesmo longe. — disse Roberto, emocionado. — Qualquer coisa, me liga. Promete?

— Prometo. — disse ela, emocionada.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR