POV AMÉLIA.
Eu e Cecília entramos no prédio do arquivo geral. Passamos pela recepção e fomos direto para o elevador. Tudo nessa alcateia é luxuoso e elegante.
— Amélia, o prédio do arquivo tem dez andares, três deles são destinados ao arquivo digitalizado e os outros setes são os arquivos físicos. Meu irmão mandou digitalizar tudo, mas ele acha importante ter os registros físicos de tudo. Em caso de um vírus invadir nossa rede e perdemos tudo. — Explicou Cecília. Cada vez me encanto mais com a inteligência desse ogro.
— Iremos para qual arquivo, o físico ou o digitalizado? — Perguntei.
— Primeiro vou te levar para conhecer as dependências do prédio. Quero que você conheça melhor esse lugar. — Falou animada. Eu estava empolgada para descobrir todos os segredos desse lugar.
— Estou ansiosa para começar a ler tudo. — Falei cheia de curiosidade.
— Vá com calma, garota. Você terá tempo para isso. — Disse Cecília rindo da minha empolgação.
Cecília apertou o botão para o primeiro andar. O elevador parou e saímos num corredor que nos levou para uma grande sala que parecia uma biblioteca imensa, cheia de prateleiras. Elas estavam cheias de caixas de arquivos.
— O que está guardado naquelas caixas? — Perguntei curiosa.
— Aqui está guardado nossa história, desde a fundação da alcateia dos meus pais. Nossa alcateia ficava em outro lugar, mas enfrentava dificuldades relacionada a clima, falta de alimentos e caçadores. Quando meu irmão assumiu o posto de alfa, ele decidiu mudar a alcateia de lugar e fundar outra, que foi unida a antiga que havia sido fundada por nossos antepassados. Assim nasceu a Uivantes Negros. — Contou Cecília.
— Que história interessante. — Comentei gostando de ouvir.
— Sim, aqui você encontrará tudo sobre nossa fundação. — Falou enquanto empurrava minha cadeira. Voltamos para o elevador para ir ao próximo andar.
— Para onde vamos agora? — Perguntei. Meu estômago roncou. Cecília me olhou e sorriu.
— Vamos até o refeitório do prédio. Tem alguém com fome. E se meu irmão souber que te deixei passar fome, estou muito encrencada. — Falou e apertou o botão.
Saímos diretamente no refeitório. Que era um local bem grande, parecia um restaurante de luxo. Esses lobisomens só vivem do bom e do melhor. Queria saber de onde vem todo esse dinheiro. Naquele horário havia pouquíssimos lobos fazendo sua refeição. Eles se viraram rapidamente em nossa direção e cumprimentaram Cecília com respeito. Cecília nos levou para nos sentar numa mesa perto da janela. A vista era deslumbrante, eu podia ver uma parte da alcateia. Eu estava distraída olhando pela janela quando ouvi uma voz meiga. Me virei e era Ana.
— Bom dia, Amélia. Como você está se sentindo hoje? — Perguntou com sua voz gentil. Ana parecia o oposto do seu companheiro Ivan.
— Estou bem. Obrigada por perguntar. — Respondi e sorri para ela.
— E então o que eu perdi? — Perguntou Ana.
— Tenho certeza. Ele não é meu tipo ideal de parceiro. — Falei mentindo. Ana assustou quando olhou para o lado do elevador. Cecília abriu a boca em surpresa.
Eu me virei e arregalei os olhos quando vi Magnos saindo do elevador, todo descabelado, suado, sem camisa, vestindo apenas uma calça jean justa e descalço. Que visão excitante, droga, me molhei toda entre minhas pernas. Nunca vi uma imagem tão erótica antes.
Ele caminhou dando cada passos firmes e decidido em minha direção. Eu estava hipnotizada com aquela visão maravilhosa. Que ser gostoso. Ele parou em minha frente e eu não tirei meus olhos dele nenhum momento. De repente ele olhou assustado e depois ficou zangado.
— Cecília, você disse que Amélia estava bem. Por que ela está numa cadeira de roda? — Perguntou zangado e se abaixou perto de mim e tocou em minha barriga, me assustando.
— Amélia está bem alfa. Ela está nessa cadeira para não se cansar usando as muletas e assim é mais fácil dela se locomover. — Explicou Cecília com uma voz tremula.
— Os filhotes estão bem? Você se machucou? — Perguntou cauteloso. Seus olhos não deixaram os meus por nenhum momento.
— Nossos filhotes estão bem. Eu também estou bem, ela não teve chance de me machucar. — Falei. Magnos acariciava minha barriga com cuidado. Era estranho vê-lo ali abaixado, me dando carinho, todo preocupado.
— Ótimo, vou te levar de volta para casa. E depois cuidarei de Susane. — Falou Magnos se levantando.
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