POV AMÉLIA.
— Acho que você não deveria se envolver nessa historia. — Falou Ravina em minha mente.
— Por que não? Eu só quero saber quem é Cátia. Vai me dizer que não ficou curiosa? — Perguntei.
— Sim, fiquei curiosa, mas algo me diz para me manter longe desse assunto. Se você for esperta, esquecerá que ouviu esse nome. — Falou Ravina séria. Nunca vi ela agindo assim, acho melhor escutá-la.
— Você está certa, melhor não me envolver em confusão, não quero ser punida de novo. — Falei.
— Ótima decisão, devemos ser cuidadosas e agir sem deixar rastros e nunca ser pega. — Falou Ravina. Do que essa louca está falando?
— Do que você está falando? — Perguntei.
— Acorda Amélia, ainda não percebeu que estamos num mundo perigoso? Não sabemos em quem confiar, somos uma humana no meio de uma matilha de lobos que odeiam humanos. Devemos ser cuidadosas e astuta. Estamos num mundo de intrigas querida. — Falou e se calou. Ravina, minha mente estava certa. Era um lugar perigoso, mas eu não sou ingenua e inocente para ser enganada facilmente.
— Então Amélia, o que você planeja fazer hoje? — Perguntou Eulalia.
— Magnos permitiu que eu visse os arquivos sobre a doença que atingiu os lobos. Ajudarei a encontrar uma cura. — Respondi.
Cassius me olhou espantado e Eulalia arregalou os olhos em surpresa. Os dois se olharam e começaram a conversar mentalmente. Eu agora conseguia saber perfeitamente quando eles faziam isso. Fiquei observando os dois.
— Amélia, posso lhe perguntar uma coisa? — Perguntou Cassius parando de conversar mentalmente com Eulalia.
— Sim. — Respondi. Eu queria saber o que eles tanto conversavam.
— Você sente alguma coisa pelo meu filho? Quando está próxima dele, sente algo diferente? — Perguntou Cassius. E parecia estar esperançoso. Se sinto algo por aquele ogro? Admito que fico excitada às vezes na presença dele. Sinto a falta dele às vezes. E penso em nosso beijo.
— Como assim diferente? — Perguntei tentando tirar aquele beijo dos meus pensamentos.
— Você sente a falta dele quando não está por perto? Ou fica excitada na presença dele, ou pensa nele? — Perguntou Eulalia. Eu senti meu rosto queimar e ruborescer. Como ela sabe que sinto tudo isso? Essa velha deve ser uma mistura de bruxa com loba.
— Pela reação dela, tenho certeza que ela sente muita coisa por nosso filho. — Falou Cassius pela primeira vez sorrindo alegremente.
— Você está certo querido, isso é uma ótima notícia. Há esperança para nosso filho. — Falou Eulalia contente e emocionada. O que esse povo doido está falando?
— Eu não estou entendendo nada que os dois estão falando. — Falei. Eles se olharam e depois me olhou e sorriram gentis para mim. Foi muito estranho.
— Será que Magnos vai aceitar essa história de me chamarem de filha e irmã? — Perguntei curiosa. Eu queria ver a cara do ogro com a novidade louca de seus pais e irmã.
— Você não será irmã do meu filho. Você está gerando os filhotes dele, isso impossibilita você ser irmã dele. — Comentou Cassius. Por que estou com a sensação que entrei numa encrenca enorme?
— Amélia, Magnos me avisou que permitiu que você tenha acesso aos arquivos sobre a doença. Vou te levar até o aquivo geral da alcateia. — Comunicou Cecília sorridente.
— Cecília, cuide muito bem de Amélia e dos seus sobrinhos. — Falou Eulalia.
— Não se preocupe, mãe, não deixarei nada acontecer com minha irmã e meus sobrinhos. — Disse Cecília. Preciso descobrir o que fez esses três mudarem tanto em relação à minha pessoa.
— Vamos, irmã? — Perguntou Cecília. Demorei um tempo para entender que ela estava falando comigo.
— Sim, eu estou ansiosa para começar a trabalhar. — Falei animada, tentando esquecer essa loucura deles.
Fui me levantar, mas os três correram em minha direção, me assustando com suas aproximação. Eles me auxiliaram a me levantar. Cassius queria me carregar nos braços até o carro de Cecília. Mas eu não aceitei, disse estar precisando me movimentar.
Quando entrei no carro, suspirei aliviada de não ter que ficar perto dos três juntos. Acho que preferia quando Eulalia e Cassius não gostavam de mim.
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