GRÁVIDA DE UM ALFA POR ACIDENTE romance Capítulo 55

POV MAGNOS.

Sai do meu escritório e voltei para casa, quando cheguei todos já havia se recolhido. Subi as escadas em direção ao quarto de Amélia. Cosmo não parava de resmungar que queria sentir os filhotes. Lobo chato.

Cheguei na porta do quarto dela e abri a porta devagar para não acordá-la. Entrei e caminhei até a cama, como sempre aquela humana dormia feito uma pedra. O que será dos nossos filhotes quando nascerem e precisarem dela de madrugada? Coitados dos meus filhotinhos terão uma mãe inútil, que dorme demais. Terei que ensiná-los assim que possível a serem independentes.

Sentei na cama e Cosmo já começou a infernizar pelo controle. Deixei ele assumir e fiquei de telespectador. Ele colocou a mão na barriga de Amélia, ela se mexeu e abriu os olhos meio sonolenta, nos viu e sorriu. Meu coração acelero quando os filhotes se moveram agitados na barriga, eu não canso dessa emoção.

— Cosmo. Por que demorou para chegar? Os meus bebês sentiram a falta dos dois. — Falou sonolenta, se referindo a mim e ao Cosmo. Ela deve ter notado os olhos amarelo-ouro dele, por isso o chamou.

— Desculpe Amélia. Mas tivemos muito trabalho no escritório. Agora estou aqui, como lhe prometi estar, para sentir nossos filhotes. — Falou Cosmo, todo amável. Fiquei contente em ouvi-la falar que os filhotes sentiram nossa falta. Mas me senti incomodado com a interação dos dois.

— Eles estavam agitados hoje. Acho que acostumaram com sua presença. — Falou Amélia e abriu a boca com sono. Ela foi fechando os olhos e dormiu. Dorme fácil essa humana.

Cosmo devolveu o controle e se retirou para a profundeza da minha mente. Sai do quarto de Amélia me sentindo feliz por saber que meus filhotes sentem minha falta e se agitam quando sentem minha presença. Eu dormiria feliz hoje e ninguém atrapalharia minha alegria e minha noite de sono.

No meio da madrugada, fui acordado com o barulho de Amélia se mexendo na cama dela. Por que essa humana não dorme? Geralmente, era não acordar no meio da madrugada. O que ela tem hoje, por que não para de pular naquela cama e não me deixa dormir?

— Acho que foi uma péssima ideia colocá-la nesse quarto sem isolamento acústico e ligado ao meu quarto. Posso escutar tudo que ela faz. — Reclamei.

— Você deveria ir ver o que está acontecendo. Não é normal ela está acordada essa hora. — Disse Cosmo. Ele estava certo, aquela pedra não acordava depois que caia morta na cama.

— Ela deve estar sem sono. Dormiu o dia todo. É isso que acontece. — Falei irritado.

— Pois enquanto ela não adormecer, nós não conseguiremos dormir também. — Falou Cosmo irritado por ser acordado. De repente ouvimos passos e aquelas muletas batendo no chão enquanto ela caminhava lentamente. Aonde essa infeliz vai a essa hora?

— Para onde ela está indo? Inferno, ela não pode ficar quieta. — Falei irritado, pois teria que ir atrás dela.

— Vamos logo ver para onde ela vai a essa hora. Amélia pode cair e se machucar. — Falou Cosmo preocupado. Sai do quarto e a vi caminhando devagar no corredor, ela nem notou nossa presença na sombra lhe vigiando.

— Meus filhotes estão perdidos com uma mãe desatenta dessa. — Reclamei mentalmente. Amélia caminhou devagar na direção da escada, isso me preocupou bastante. Cosmo já ficou desesperado com a possibilidade dela cair e rolar naquela escada.

— Magnos impeça essa louca de descer a escada com aquelas muletas e no escuro. — Falou cosmos desesperado.

Amélia caminhou em direção à cozinha, parou e parecia maravilhada assim que entrou nela. Ela sorria enquanto observava tudo. Ficou assim por alguns segundos, até caminhar em direção à geladeira com muita determinação. Abriu a geladeira e sorriu, feliz com o que viu lá dentro.

— Humana esfomeada, parece que adora comer. — Falei.

— Não fique aí parado, Magnos, vai ajudar Amélia a alimentar nossos filhotes. — Disse Cosmo, todo mandão. Não era só eu, que era mandão nessa história. Comecei a falar e minha voz ecoou na cozinha. Isso assustou Amélia.

— Sabia que é muito feio assaltar a geladeira alheia no meio da madrugada. — Falei bem atrás dela. Amélia deu um grito de susto. Que quase estourou meus tímpanos e me deixou surdo. Meus ouvidos doeram.

— Seu idiota, não assuste ela assim. Pode machucar os filhotes e nos deixar surdos. — Falou Cosmo rosnando de raiva em minha mente.

— Desculpa, não deveria ter feito isso. — Falei arrependido e com a cabeça doendo devido ao grito agudo de Amélia.

— Peça desculpas à Amélia também. — Falou mandão.

— Isso nunca. — Falei. Amélia virou e me olhou nada contente. Parecia querer me matar e jogar meu corpo num rio. Gostei desse olhar assassino dela.

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