GRÁVIDA DE UM ALFA POR ACIDENTE romance Capítulo 296

POV AMÉLIA.

Nunca pensei que fosse tão exaustivo cuidar de quatro bebês. Meus quadrigêmeos me deixaram desesperada quando acordaram e começaram a chorar. Olhei para Magnos e aquele lobo estava dormindo e demorou para acordar. Já vi que estarei perdida se ele não me ajudar. Eu estava com Íris e Maia nos braços, amamentando, quando meu companheiro resolveu acordar; acho que ele estava muito cansado.

Apolo e Gaia choravam sem parar, e fiquei aliviada quando Magnos acordou, mas ele não conseguiu fazer os dois pararem de chorar. Graças aos céus, minha bisavó Morgana apareceu, e agora os quatro estavam dormindo tranquilos. Eu estava acabada e adormeci rapidamente assim que Magnos me colocou na cama.

Quando acordei de novo, já era entardecer. O sol estava se pondo. Olhei para o lado e encontrei Magnos dormindo com os quadrigêmeos em seus braços; os quatro estavam deitados em cima do peito de Magnos. Ele os cobriu, mantendo-os quentinhos, e os abraçou protetoramente. Era uma imagem linda e encantadora.

Aproveitarei para ir até o banheiro e tomar um banho. Saí com cuidado da cama para não acordá-los. Quando coloquei meus pés no chão, senti todo o meu corpo doer. Caminhei lentamente em direção ao banheiro, cada passo era dolorido. Meu corpo ainda se recuperava, e a dor me lembrava que eu havia dado à luz aos quadrigêmeos há menos de vinte e quatro horas.

Respirei fundo e segurei o gemido de dor para não acordar Magnos. Ele estava tão confortável com nossos filhotes aninhados em seu peito, dormindo profundamente. A cena aquecia meu coração, e a última coisa que eu queria era interromper aquele momento de paz.

Cheguei ao banheiro com certa dificuldade e fechei a porta atrás de mim. O barulho da água enchendo a banheira parecia um convite ao descanso de que eu tanto precisava. Despi-me com lentidão, sentindo o cansaço em cada músculo. Quando finalmente entrei na água morna, um suspiro de alívio escapou dos meus lábios.

Fechei os olhos por um instante, tentando acalmar minha mente e meu corpo. Mas o esgotamento ainda estava lá, como uma sombra persistente. Meu corpo doía, mas eu estava determinada a não mostrar fraqueza.

Saí do banho com dificuldade, vestindo um roupão macio. Ao abrir a porta do banheiro e sair, vi Magnos já acordado, deitado com os quatro em seus braços. Ele sorriu ao me ver, mas seus olhos logo estreitaram com preocupação.

— Está tudo bem? — perguntou ele, sua voz profunda e carinhosa, mas havia uma ponta de desconfiança. Assenti com um sorriso suave, mas era uma mentira.

— Sim, estou bem — respondi, tentando soar convincente, mesmo que meu corpo gritasse o contrário. Magnos arqueou uma sobrancelha, não convencido.

— E por que não me acordou? Eu poderia ter ajudado. — Falou preocupado. Suspirei.

— Você estava dormindo tão bem… e eles também. Não queria que todos acordassem e começassem a chorar de novo. — Comentei. Ele suspirou, frustrado. Deve ter se lembrado dos quatro chorando mais cedo.

— Você deveria ter me acordado, Amélia. Não deveria estar fazendo nada disso sozinha. — Me repreendeu sério.

— Eu só não queria que eles começassem a chorar… — murmurei, desviando o olhar. — Mas, precisava de um banho e me aliviar e agora, preciso de comida, estou com fome. — Falei. Magnos imediatamente tentou se levantar.

— Vou buscar algo para você comer. — Disse.

— Não precisa — recusei, me adiantando antes que ele deixasse a cama. — Posso ir devagar até a cozinha. Você fica com os quadrigêmeos para eles não acordarem. — Falei. Magnos me olhou com uma expressão que misturava incredulidade e irritação.

— De jeito nenhum. Você deveria estar repousando, ainda nem foi examinada por Hélio para sabermos se está tudo bem. — Disse bravo.

— Vamos, querida. Sente-se — disse ela, me conduzindo até o sofá com cuidado. — Você precisa se alimentar, não pode se esgotar assim. — Falou apreensiva.

— Estou bem, de verdade. — Tentei tranquilizá-los, mas ninguém parecia acreditar.

— E os filhotes? — perguntou Jake, sentando-se ao meu lado. — Como eles estão? — Perguntou ansioso. Sorri, pensando nos pequenos.

— Estão ótimos. Dormindo como anjinhos nos braços de Magnos. — Falei sorrindo.

Todos começaram a fazer perguntas sobre os bebês, e eu respondi o melhor que pude. A tensão na sala diminuiu à medida que falávamos dos quadrigêmeos. Depois de um tempo, a comida chegou, e eu me senti um pouco mais forte após me alimentar.

— Agora você vai descansar — declarou Jake, levantando-se e me pegando nos braços antes que eu pudesse protestar. — Não aceito objeções. — Mencionou. Ri suavemente, sem forças para argumentar. Jake me carregou até a porta do quarto e, com um sorriso, me colocou no chão.

— Vá descansar, Amélia — disse ele. — E não faça mais loucuras, por favor. — Pediu meu irmão.

— Prometo — respondi, sorrindo de volta antes de entrar no quarto.

Quando entrei, Magnos me olhou emburrado, ele ainda estava do jeito que o deixei, com nossos pequenos em seus braços. A cena me encheu de paz. Caminhei até a cama e sorri para ele. Magnos suspirou e suavizou sua expressão séria e emburrada. Eu me deitei ao lado deles, sentindo o amor e a proteção que nos envolvia. Magnos não disse nada, só me olhou com amor. Encostei minha cabeça no ombro dele, fechei os olhos e não tardou para adormecer.

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