POV AMÉLIA.
O ambiente já estava tenso quando o estrondo da porta revelou Verônica com uma expressão de puro ódio no rosto. Seus olhos faiscavam de raiva, e ela parecia estar à beira de um ataque. Mal tive tempo de me preparar mentalmente para o que estava por vir.
— Que palhaçada é essa aqui, Héctor? — Gritou Verônica, sua voz vibrando com indignação. Ela deu alguns passos largos até o meio do quarto, os punhos cerrados ao lado do corpo.
Meu coração disparou. Eu não tinha como me defender dessa loba raivosa. O olhar dela, afiado como uma lâmina, estava fixo em mim, como se eu fosse a raiz de todos os seus problemas. Héctor permaneceu inabalável, sem sequer se levantar. Ele suspirou, claramente aborrecido com a interrupção, mas não demonstrou nenhum sinal de preocupação com a fúria de Verônica.
— O que está acontecendo aqui? Você quer fazer essa… essa humana ridícula sua Luna? — Verônica praticamente rosnou, o ódio em sua voz ficando mais evidente a cada palavra.
— Verônica, cale-se. Você está fora de controle. — A voz de Héctor foi fria como gelo, sem um pingo de emoção. Ele se levantou lentamente, sua figura imponente dominando o espaço.
Verônica se voltou para mim com um brilho perigoso nos olhos, seu corpo tremendo de raiva. As mãos dela começaram a se contorcer, os dedos se alongando em garras, o corpo começando a se transformar. Essa louca está se transformando para me atacar?
— Isso tudo é culpa dela! — Ela gritou, sua voz se transformando em um rosnado selvagem. — Ela te seduziu, Héctor! Essa… humana nojenta! — Gritou Verônica, furiosa.
Meu corpo congelou. O que ela acabara de dizer? Ela estava insinuando que eu havia seduzido Héctor? Minhas mãos suaram e o medo começou a apertar meu peito. Eu estava em um lugar desconhecido sem a proteção do meu lobo mau.
O pânico se espalhou por mim como uma onda avassaladora. Eu estava indefesa, sem poder me defender contra uma loba raivosa. Verônica avançava em minha direção, quase transformada, e eu sabia que não tinha como escapar.
Meu corpo enrijeceu de terror. Eu sabia que Ravina não poderia me ajudar, ela estava furiosa dentro de mim querendo me ajudar, mas com minha gravidez e o feitiço a impediam. Sem poder recorrer à força dela. Minhas mãos instintivamente se levantaram para me proteger, mas era inútil. Verônica estava a poucos passos de chegar a mim, pronta para atacar. Senti o pavor e o medo pelos meus filhos tomarem conta de mim.
De repente, Héctor se moveu. Num piscar de olhos, ele atravessou o quarto e agarrou Verônica pelo pescoço antes que ela pudesse chegar até mim. Ele a ergueu como se ela não fosse nada. Os olhos de Verônica se arregalaram em choque enquanto Héctor a jogava com brutalidade contra a parede. O impacto foi tão forte que rachaduras apareceram no gesso, e o corpo de Verônica caiu no chão como um boneco de pano.
— Está louca, Verônica? — Héctor rugiu, sua voz reverberando pelo quarto como trovão. Ele se aproximou dela, que ainda estava no chão, e parecia respirar com dificuldade. — Ousa atacar a minha Luna? Eu deveria arrancar sua cabeça por isso! — Disse Héctor cheio de ódio.
O quarto inteiro parecia tremer com a voz furiosa de Héctor. Verônica, que antes exibia uma raiva incontrolável, agora demonstrava estar apavorada. Ela se encolheu, seu corpo parcialmente transformado, voltando ao normal. Ela olhou para ele com uma mistura de medo e confusão.
— Vou providenciar algo para você comer. — Ele se levantou e caminhou em direção à porta. — Fique calma. Logo trarei comida. — Falou rindo, se divertindo com a situação.
Assim que ele saiu, o clima do quarto ficou mais leve, eu dei um suspiro de alívio. Fiquei ali, sozinha, tentando entender tudo o que havia acontecido. Minhas mãos tremiam, e o som do meu estômago vazio ainda ecoava pelo quarto.
Pensei na louca da Verônica. Ela não iria desistir de se vingar de mim, achando que roubei essa alfa maldito dela. Eu sabia que ela iria voltar, e da próxima vez, talvez Héctor não estivesse por perto para me proteger.
— Ravina, o que faremos? — Perguntei, mentalmente.
— Precisamos ser inteligentes. Ele acredita que você será a Luna dele… Podemos usar isso para ganhar tempo. Mas precisamos ter cuidado. Verônica é uma ameaça real. Temos que fugir antes que ela nos pegue sozinha e acabe nos matando, pois agora somos uma ameaça para os planos dela. — Ravina respondeu, sua voz firme em minha mente.
Eu sabia que Ravina estava certa. Eu teria que jogar esse jogo perigoso com cautela. Mas, acima de tudo, eu precisava de forças. Não só por mim, mas pelos meus filhos. Temos que fugir quanto antes. E Magnos… Onde você está?
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