POV MAGNOS.
Eu observava atentamente a conversa que minha irmã e Amélia estavam tendo. Percebi que aquela humana não sabia ser submissa. E respondia à minha irmã sem medo e com uma certa petulância. Já prevejo essa infeliz causando confusão pela minha alcateia. O estômago de Amélia roncou alto e ela ficou um pouco com vergonha.
— Magnos está esperando o que para alimentar nossos filhotes. Amélia não come há dias. Aquela água que vocês estavam dando na veia dela não nutrirá meus filhotes. Eles precisam de proteína para se desenvolverem forte. — Disse Cosmo me chamando atenção.
Ele está cada dia mais exigente em relação aos filhotes. Mas ele está certo, devo alimentar Amélia pelo bem dos meus filhotes. Eu me aproximei dela e a envolvi em meus braços a fim de carregá-la até a mesa. Mas Amélia envolveu seus braços em volta do meu pescoço, me deixando desconfortável e rígido. Ela se manteve firme, agarrada ao meu pescoço. Tive vontade de arrancar seus braços e jogá-la longe.
— Não ouse fazer isso. Ela está grávida. — Ordenou Cosmo em minha mente.
— Essa infeliz está agarrada em meu pescoço e continua com a cabeça encostada no meu peito. Você sabe que nenhum lobo permite que alguém se aproxime dessas áreas vitais. — Falei irritado.
— Eu sei, e essa aproximação dela também me incomoda, mas você não pode deixá-la cair. Lembre-se de que Amélia está grávida dos nossos filhotes. Você terá tempo de educá-la sem machucar os filhotes. — Falou Cosmo tentando me acalmar, o que era engraçado, pois ele era a parte sanguinária, cruel e impiedosa. Agora fica me aconselhando a ser paciente.
Ter Amélia tão próxima do meu corpo estava me incomodando. Andei rápido até a sala de refeições. Queria tirá-la de perto de mim. Amélia parecia um fogo queimando minha pele. Coloquei-a sentada na cadeira e me afastei apressado, e me sentei em meu lugar na cabeceira da mesa. Percebi minha irmã parada em pé e olhando para nós. Ela estava com uma expressão de surpresa e um tanto assustada, nos observando.
Cecília deve estar surpresa por eu permitir que Amélia ficasse tão próxima de mim. Eu nunca deixo ninguém abraçar meu pescoço. A única que tinha permissão era minha ex companheira traidora. Os lobisomens só permitem que suas companheiras se aproxime de suas partes vitais e sensíveis do corpo.
Logo minha irmã se recuperou do choque e se sentou.
Amélia estava olhando para Cecília, parecendo não entender sua expressão de surpresa. O estomago mal-educado de Amélia roncou mais uma vez. Até o barulho de seu estômago me irrita.
— Para de reclamar e manda alimentar meus filhotes. Esse barulho é eles pedindo comida. O estômago de Amélia não estaria fazendo esse barulho se você a tivesse alimentado. Falou Cosmo irritado comigo.
— Cosmo, você está do lado de quem? Você é meu lobo, tem que estar do meu lado. — Falei não gostando de seu comportamento.
— Estou e sempre estarei ao lado dos meus filhotes. E se para cuidar deles tenho que defender essa humana, então o farei. — Comentou Cosmo.
— Eu não vou discutir com você por causa de Amélia. Pois sei que está certo em relação aos nossos filhotes. — Falei.
— Ótimo. — Disse Cosmo e se calou. Cosmo está cada dia mais insuportável, ele era mais calado, só falava quando era preciso. Mas desde que essa humana apareceu grávida de nós, ele mudou totalmente, agora fica falando toda hora na minha cabeça e questionando.
Os ômegas entraram trazendo a comida. Observei Amélia e seus olhos estavam brilhando de antecipação. Ela demonstrava estar faminta. Era até engraçado ver a fome estampada em seu rosto, ela parecia que iria quebrar os talheres com tanta firmeza que os seguravam.
Quando os recipientes com comida foram colocados sobre a mesa, Amélia parecia que iria saltar sobre eles como um animal faminto salta sobre sua presa. Mas algo estranho aconteceu no momento em que ela olhou para a comida. Seus olhos demonstraram decepção e desgosto. Fiquei sem entender o que havia de errado. E percebi que minha irmã estava do mesmo jeito.
— Você está bem, Amélia? — Perguntou Cecília, preocupada.
— Estou. — Respondeu Amélia com uma voz insatisfeita.
— Não parece que está bem. — Disse Cecília, não acreditando em sua resposta e se mostrando ainda mais preocupada.
— Conversei com o lobo do Hélio. E ele me explicou algumas coisas. — Falou Cosmo todo orgulhoso por saber mais que eu. Quando pensei em responder a Cosmo, Amélia se levantou rápido.
— Preciso ir ao banheiro agora. Estou enjoada. — Falou agitada.
— Você não vai sair dessa mesa enquanto não alimentar meus filhotes. Então, sente-se antes que eu te faça sentar. — Falei com raiva. Eu não ficarei fazendo as vontades dessa humana. Foi então que Cecília resolveu ficar ao lado de Amélia e pedir por ela.
— Irmão, deixa ela ir ao banheiro rapidinho. Depois ela volta para comer. — Pediu Cecília, nervosa. Virei minha cabeça na direção de Cecilia e me levantei rápido e furioso. Vi Cecília ficar pálida de medo. Ela havia percebido seu grande erro.
— Como você ousa se meter em meus assuntos. Quem é você para questionar uma ordem de seu Alfa? Esqueceu qual é seu lugar, devo te lembrar o que acontece com quem me questiona? — Eu disse, usando minha voz de alfa misturada com a do Cosmo, fazendo minha irmã se submeter a mim. Eu sabia que estava lhe causando dor, mas ela merecia por me questionar.
— Me perdoe, alfa. Não foi minha intenção te questionar. Isso não vai mais acontecer. — Falou Cecilia com dificuldade. Recolhi minha dominância e ela suspirou de alívio.
Tirei minha atenção de Cecília e olhei para Amélia, que me olhou amedrontada. Eu iria fazê-la comer essa comida, nem que fosse forçada. Meus filhotes têm fome e precisam ser alimentados.
Quando pensei em obrigá-la a comer, aquela infeliz fez algo que fez minha alma sair do corpo de tanto nojo que senti.
— AMÉLIA. — Gritei, não conseguindo acreditar que essa m*****a ousou vomitar em meus pés. Coisa mais nojenta. Humanos são seres asquerosos, esse maldito cheiro empesteou o ambiente. Esse cheiro horrível era insuportável.
— Esse maldito cheiro vai dar trabalho para sair. — Pensei revoltado e querendo esfolar Amélia.
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Os comentários dos leitores sobre o romance: GRÁVIDA DE UM ALFA POR ACIDENTE