POV MAGNOS.
Chegamos ao consultório de Hélio e, como de costume, ele nos aguardava com um sorriso caloroso. Assim que entramos, ele se levantou da cadeira, vindo nos cumprimentar com entusiasmo.
— Alfa! Amélia! — Ele nos saudou com um entusiasmo quase contagiante. — Preparados para ver os filhotes? — Perguntou.
Amélia sorriu para ele, mas eu só consegui responder com um aceno de cabeça, a tensão percorrendo meu corpo. Hélio abriu caminho para que entrássemos na sala de exames, onde todos os equipamentos de última geração já estavam prontos.
Ajudei Amélia a se deitar na mesa de exames, meu olhar fixo em cada movimento de Hélio enquanto ele ajustava o monitor e se preparava para o ultrassom. Amélia segurou minha mão, seu toque suave sempre me trouxe uma sensação de calma. Mas mesmo assim, Cosmo estava inquieto, ansioso para ouvir os corações de nossos filhotes.
— Começa logo esse exame, quero ouvir os corações dos meus filhotinhos e ver suas imagens. — Disse Cosmo impaciente.
— Se acalme, que você está me deixando mais nervoso. — Repreendi Cosmo que resmungo insatisfeito. Hélio espalhou o gel frio na barriga de Amélia, e ela estremeceu um pouco, mas logo relaxou.
— Certo, vamos ver como estão os nossos pequenos hoje. — Hélio murmurou, começando a deslizar o transdutor sobre a barriga de Amélia. Imediatamente, o som dos corações dos filhotes encheu a sala, batidas rápidas e rítmicas que me deixaram em silêncio. Meu peito se apertou de emoção ao ouvir aquele som, era como uma melodia que nunca me cansaria de escutar. Amélia apertou minha mão e, quando olhei para ela, seus olhos estavam brilhando com lágrimas de felicidade.
— Eles estão bem e fortes… — Murmurou ela, sorrindo para mim.
— Estão, sim. — Respondi, minha voz grave e carregada de emoção. Meu coração batia forte, acompanhando o ritmo das batidas dos nossos filhotes. Hélio sorriu, satisfeito.
— Os corações estão perfeitos. Eles estão crescendo muito bem. — Disse ele, virando a tela para nós. No monitor, pude ver as imagens dos nossos quatro filhotes. Eles se moviam, tão cheios de vida.
— Olha só… Eles estão tão ativos hoje. — Amélia sussurrou, emocionada, seus olhos fixos na tela.
Observei cada movimento, sentindo um orgulho imenso brotar dentro de mim. Mas quando Hélio começou a tentar identificar os sexos, os filhotes pareciam brincar com ele, movendo-se em posições que bloqueavam qualquer visibilidade. Hélio começou a ajustar o transdutor.
— Parece que alguém aqui não quer colaborar. — Falou rindo. Eu franzi a testa, frustrado.
— O que está havendo? Não consegue ver? — Perguntei, a impaciência começando a crescer dentro de mim. Cosmo falou em minha mente que queria saber os sexos deles.
— Eles estão se movendo muito… quase parece que estão se escondendo de propósito. — Hélio riu suavemente, tentando uma nova abordagem. — Vou fazer um último ajuste para tentar ver se conseguimos alguma coisa. — Comunicou.
Eu me inclinei para frente, mantendo o olhar fixo no monitor, enquanto Amélia apertava minha mão com força, seu olhar ansioso refletindo o meu. Hélio finalmente parou, seu semblante misturando frustração e esperança.
— Ivan, precisamos de um relatório agora! — convoquei mentalmente, minha mente focada na situação iminente.
— Estamos sendo atacados por um bando de bruxas e lobos de Hector — Ivan respondeu mentalmente, sua voz carregada de urgência. — Eles estão tentando quebrar a barreira. — Disse Ivan. Eu me virei para Amélia, o rosto sério e determinado.
— Amélia, fique com Hélio até que a escolta chegue. Eles vão levá-la para um lugar seguro. — Instruí, minha voz firme e carregada de preocupação.
— Mas e você? — Ela perguntou, seu olhar ansioso e preocupado.
— Vou lidar com isso. — Falei, sem espaço para discussão. — Apenas fique aqui em segurança. — Ordenei e a abracei. Hélio olhou para nós com uma expressão de preocupação.
— O que está acontecendo? — ele perguntou.
— Estamos sob ataque. Preciso ir. — Respondi rapidamente, dando um beijo em Amélia e dirigindo-me para a saída com passos decididos. — Cuide bem dela, Hélio. — falei olhando para ele e depois para a minha companheira.
Amélia me deu um olhar de despedida, seu rosto pálido e cheio de preocupação. Eu a vi se acomodar na mesa de exames, confiando em Hélio para mantê-la segura. O tempo era crucial, e eu precisava garantir que a alcateia e todos que eu amava estivessem protegidos. Com uma última olhada para Amélia, saí do consultório, o som das sirenes ecoando em meus ouvidos, enquanto me preparava para enfrentar os suicidas à nossa porta.
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