POV AMÉLIA.
Me espreguicei toda na cama, sentindo meus músculos se alongarem. Espera… como cheguei na cama se eu estava sentada no colo do meu marido? Abri os olhos e constatei que realmente estava na cama. O quarto estava escuro. Parece que meu lobo mau me trouxe para a cama, e dormi a tarde toda. Virei de lado e, com dificuldade, consegui me sentar. Minha barriga está enorme e me dificulta fazer certas coisas.
Mas não posso reclamar. Isso significa que meus filhos estão próximos de nascer. Amanhã completo cinco meses de gestação, e restará pouco tempo para meus bebês nascerem. Estou tão ansiosa. Levantei-me e fui até o banheiro me lavar e depois procurar meu marido. Entrei no banheiro e me lavei.
Após quinze minutos, saí do banheiro e fui para o closet, onde coloquei um pijama de calça e blusa de manga comprida. Estava frio e a maioria das minhas roupas não me serve mais. Tenho que fazer compras logo, daqui a pouco não terei mais roupa para vestir.
Caminhei devagar e como uma pata até a porta do quarto. Pois é, agora tenho que fazer tudo mais devagar. Me canso rápido se ando depressa, minha coluna está sobrecarregada com o peso do meu corpo e dos mais de quatro bebês. Mas faz parte, e, tirando os incômodos, estou adorando minha gestação.
— Eu também estou adorando estar gerando esses quatro pequenininhos — disse Ravina, empolgada, enquanto caminhávamos pelo corredor. Fomos para a escada e descemos devagar e com cuidado. Não posso cair, então todo cuidado é pouco.
A casa estava silenciosa, como se eu estivesse sozinha aqui. Mas sei que há vários funcionários trabalhando pela casa; eu é que não consigo ouvi-los. A casa estava toda iluminada. Cheguei ao primeiro andar e fui em direção à cozinha, meu estômago estava roncando. Quando passei pela sala de jantar, a mesa estava sendo preparada. Uma fêmea, ômega, me cumprimentou assim que me viu entrar.
— Boa noite, senhora. Pode se sentar, por favor, já vamos servi-la. O alfa ordenou que servíssemos o jantar para a senhora, pois irá demorar a chegar — comunicou.
— Boa noite e obrigada — agradeci. Ela sorriu tímida e saiu em direção à cozinha. Voltou logo, carregando mais comida e colocando na mesa, depois se retirou e não voltou mais. Eu estava sozinha naquela mesa enorme. Onde será que estão Cecília e Jake? — me perguntava enquanto começava a comer.
Era tão ruim comer sozinha, mas antes eu não me importava. Na verdade, depois que meus pais faleceram, passei a fazer minhas refeições sozinha e acabei me acostumando. Suspirei, triste, porque acabei me acostumando com minha nova família sempre em volta de mim.
— Por que minha esposa está tão entediada? — falou Magnos próximo ao meu ouvido, beijando meu pescoço. Eu me assustei com sua aproximação, estava tão distraída que nem percebi que ele se aproximava. Magnos me abraçou por trás, e me senti amada e protegida.
— Eu estava sentindo sua falta e a dos outros. Onde estão todos? — perguntei. Magnos puxou uma cadeira e se sentou ao meu lado.
— Então você estava sentindo minha falta? É bom saber que minha esposa gosta da minha companhia — disse Magnos, sorrindo daquela maneira que me fazia me derreter toda diante de seu charme.
— Não, Morgana continua tentando extrair a poção que Aurora tomou. Descobrimos com o informante que estava na alcateia de Héctor. Lembra que te contei que eu tinha um espião lá? — perguntou.
— Sim, eu lembro. Então foi ele que enviou essa informação? — perguntei.
— Não, ele teve que fugir da alcateia de Héctor porque foi descoberto. Arthur veio até mim em busca de abrigo e proteção. Ele contou que Héctor já sabe que teremos quatro filhotes e que ele soube por uma bruxa. Morgana e eu já desconfiávamos que Hera estava trabalhando com ele — comentou Magnos.
Fiquei assustada e preocupada. Héctor já queria tirar meu filho de Magnos antes, imagine agora que descobriu serem quatro. Aquele alfa invejoso deve estar surtando de inveja. Magnos segurou minha mão firme e me olhou sério. Tremi diante de seu olhar e sabia que havia algo grave acontecendo. Podia ver o brilho de ódio no olhar do meu marido.
— O que foi que você descobriu para te deixar com esse olhar de morte? — perguntei, tremendo, ao ouvir o que ele tinha para me contar.
— Arthur contou que foi Héctor o culpado por essa maldição e pelo roubo do meu sêmen. Ele fez tudo para me atingir — contou Magnos, cheio de ódio. Arregalei os olhos, assustada. Não posso crer que aquele maldito foi capaz de tamanha atrocidade.
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