GRÁVIDA DE UM ALFA POR ACIDENTE romance Capítulo 267

POV AMÉLIA.

Me espreguicei toda na cama, sentindo meus músculos se alongarem. Espera… como cheguei na cama se eu estava sentada no colo do meu marido? Abri os olhos e constatei que realmente estava na cama. O quarto estava escuro. Parece que meu lobo mau me trouxe para a cama, e dormi a tarde toda. Virei de lado e, com dificuldade, consegui me sentar. Minha barriga está enorme e me dificulta fazer certas coisas.

Mas não posso reclamar. Isso significa que meus filhos estão próximos de nascer. Amanhã completo cinco meses de gestação, e restará pouco tempo para meus bebês nascerem. Estou tão ansiosa. Levantei-me e fui até o banheiro me lavar e depois procurar meu marido. Entrei no banheiro e me lavei.

Após quinze minutos, saí do banheiro e fui para o closet, onde coloquei um pijama de calça e blusa de manga comprida. Estava frio e a maioria das minhas roupas não me serve mais. Tenho que fazer compras logo, daqui a pouco não terei mais roupa para vestir.

Caminhei devagar e como uma pata até a porta do quarto. Pois é, agora tenho que fazer tudo mais devagar. Me canso rápido se ando depressa, minha coluna está sobrecarregada com o peso do meu corpo e dos mais de quatro bebês. Mas faz parte, e, tirando os incômodos, estou adorando minha gestação.

— Eu também estou adorando estar gerando esses quatro pequenininhos — disse Ravina, empolgada, enquanto caminhávamos pelo corredor. Fomos para a escada e descemos devagar e com cuidado. Não posso cair, então todo cuidado é pouco.

A casa estava silenciosa, como se eu estivesse sozinha aqui. Mas sei que há vários funcionários trabalhando pela casa; eu é que não consigo ouvi-los. A casa estava toda iluminada. Cheguei ao primeiro andar e fui em direção à cozinha, meu estômago estava roncando. Quando passei pela sala de jantar, a mesa estava sendo preparada. Uma fêmea, ômega, me cumprimentou assim que me viu entrar.

— Boa noite, senhora. Pode se sentar, por favor, já vamos servi-la. O alfa ordenou que servíssemos o jantar para a senhora, pois irá demorar a chegar — comunicou.

— Boa noite e obrigada — agradeci. Ela sorriu tímida e saiu em direção à cozinha. Voltou logo, carregando mais comida e colocando na mesa, depois se retirou e não voltou mais. Eu estava sozinha naquela mesa enorme. Onde será que estão Cecília e Jake? — me perguntava enquanto começava a comer.

Era tão ruim comer sozinha, mas antes eu não me importava. Na verdade, depois que meus pais faleceram, passei a fazer minhas refeições sozinha e acabei me acostumando. Suspirei, triste, porque acabei me acostumando com minha nova família sempre em volta de mim.

— Por que minha esposa está tão entediada? — falou Magnos próximo ao meu ouvido, beijando meu pescoço. Eu me assustei com sua aproximação, estava tão distraída que nem percebi que ele se aproximava. Magnos me abraçou por trás, e me senti amada e protegida.

— Eu estava sentindo sua falta e a dos outros. Onde estão todos? — perguntei. Magnos puxou uma cadeira e se sentou ao meu lado.

— Então você estava sentindo minha falta? É bom saber que minha esposa gosta da minha companhia — disse Magnos, sorrindo daquela maneira que me fazia me derreter toda diante de seu charme.

— Não, Morgana continua tentando extrair a poção que Aurora tomou. Descobrimos com o informante que estava na alcateia de Héctor. Lembra que te contei que eu tinha um espião lá? — perguntou.

— Sim, eu lembro. Então foi ele que enviou essa informação? — perguntei.

— Não, ele teve que fugir da alcateia de Héctor porque foi descoberto. Arthur veio até mim em busca de abrigo e proteção. Ele contou que Héctor já sabe que teremos quatro filhotes e que ele soube por uma bruxa. Morgana e eu já desconfiávamos que Hera estava trabalhando com ele — comentou Magnos.

Fiquei assustada e preocupada. Héctor já queria tirar meu filho de Magnos antes, imagine agora que descobriu serem quatro. Aquele alfa invejoso deve estar surtando de inveja. Magnos segurou minha mão firme e me olhou sério. Tremi diante de seu olhar e sabia que havia algo grave acontecendo. Podia ver o brilho de ódio no olhar do meu marido.

— O que foi que você descobriu para te deixar com esse olhar de morte? — perguntei, tremendo, ao ouvir o que ele tinha para me contar.

— Arthur contou que foi Héctor o culpado por essa maldição e pelo roubo do meu sêmen. Ele fez tudo para me atingir — contou Magnos, cheio de ódio. Arregalei os olhos, assustada. Não posso crer que aquele maldito foi capaz de tamanha atrocidade.

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