POV MAGNOS.
Entrei na cela novamente e me aproximei da bruxa jogada no chão. Eu sabia que ela talvez ainda não tivesse revelado nada a Héctor, o que significava que os segredos de Amélia estariam seguros por enquanto. Mas, se ela estiver trabalhando com o espião, essa m*****a pode ter passado informações para ele. Ela me olhou com olhos cheios de medo e submissão, claramente ciente de que seu tempo estava se esgotando. Eu precisava arrancar cada pedaço de informação antes de decidir o que fazer com ela.
— Quer dizer, a maneira de matá-la. — Corrigiu-me Cosmo, rindo.
— Exatamente. Ainda não resolvi como matarei essa m*****a. — Comentei e comecei meu interrogatório.
— Héctor não recebeu suas informações, não é? — Perguntei, minha voz baixa e ameaçadora. Ela balançou a cabeça rapidamente, sua respiração acelerada. Eu a observei por um momento, permitindo que o silêncio se tornasse insuportável antes de continuar.
— Então me diga, o que ele queria que você descobrisse? Por que ele arriscaria tanto ao enviar você até minha alcateia? E não me venha com aquela história de que ele quer se vingar e quer tudo que seja meu. Eu já sei disso há muito tempo, não é novidade para ninguém. — Minhas palavras eram afiadas como lâminas, prontas para cortar qualquer tentativa de mentira ou omissão. A bruxa hesitou por um momento, como se estivesse tentando reunir coragem para falar. Dei um passo à frente, aproximando meu rosto do dela, e pude sentir o pânico emanar de cada poro de sua pele.
— Héctor está desesperado. — Ela finalmente falou, com sua voz trêmula. — Ele está procurando algo que possa dar a ele vantagem sobre você. Ele acredita que existe algo em Amélia, pois uma humana seria incapaz de gerar um filhote de alfa que nem companheiro dela é. E ele está certo. Vi o que Aurora viu quando olhou o interior de Amélia. Há algo poderoso trancado dentro dela. Héctor seria invencível se pudesse libertar o que há dentro de Amélia. — Comentou, com um olhar de cobiça pelo que viu em Amélia. Meus olhos se estreitaram ao ouvir isso. A ideia de Héctor ter Amélia me encheu de uma fúria silenciosa, mas mantive a calma.
— E o que mais você descobriu? — Pressionei.
— Eu ainda não sei tudo… mas havia uma conexão, uma energia diferente em torno dela. Algo que eu nunca senti antes. — A bruxa falou rapidamente. Eu me aproximei mais uma vez, minha voz um sussurro mortal.
— Você tem sorte de não ter conseguido entregar essa informação a Héctor. Se tivesse, você já estaria morta. — A ameaça era clara, e ela sabia que eu estava falando sério. Ela engoliu, em seco, o medo estampado em seu rosto.
— Vou… cooperarei, direi tudo o que sei. — Ela implorou, a voz falhando.
— Muito bem, me diga como soube que Aurora estava voltando de viagem do círculo dela. Quem te informou sobre a saída de Aurora? — Perguntei.
— Já que não sabe, continuará na ignorância. — Respondi friamente, virando-me para sair da cela.
— Espera, eu disse tudo o que você me perguntou. Não vai me soltar? — Perguntou. Essa bruxa é burra; ela acha que será solta. Deixa ela sonhando.
— Eu ainda não terminei com você. Quero descobrir todos os planos de Héctor. E quem melhor para me contar do que sua bruxa? Você ficará aqui enquanto ainda me for útil. — Comentei e abri a porta.
Fechei a porta da cela com força, deixando a bruxa no escuro novamente. Héctor havia feito um movimento arriscado, mas ele não sabia que eu estava sempre um passo à frente. Eu não permitiria que ele se aproximasse de Amélia, não enquanto eu respirasse.
Agora preciso descobrir quem está nos espionando. Mas primeiro voltarei à casa de Aurora. Ainda temos muito o que conversar. Afinal, eu estive conversando com uma impostora. Tenho que contar tudo o que está acontecendo para Aurora.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: GRÁVIDA DE UM ALFA POR ACIDENTE